B O L E T I M Número 64 de Julho/Agosto/Setembro 2006 - Ano VI

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E S P E C I A L

III - Visita da Comissão Científica ao INESC Porto

UTM na conquista de resultados científicos e áreas de aplicação

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Até Outubro de 2006, a secção Especial do BIP será dedicada à visita da Comissão Científica e mais concretamente ao trabalho que cada Unidade de I&D teve na preparação da visita. No terceiro “capítulo”, o BIP entrevistou José Ruela, coordenador da Unidade de Telecomunicações e Multimédia e Teresa Andrade colaboradora da Unidade.

A Unidade está organizada em três áreas – Redes e Serviços de Comunicação, Tecnologias e Sistemas Multimédia e Tecnologias Óptica e Electrónica.

BIP: Que trabalho foi feito para a preparação da Visita?
UTM:
Foram feitas reuniões com a Direcção e a vários níveis na Unidade, envolvendo o coordenador, responsáveis de áreas e de projectos. Nesta reuniões foi decidido como organizar as apresentações, nomeadamente no que se refere a conteúdo, estrutura e mensagem a transmitir. Concluiu-se que, para além de apresentações genéricas sobre a Unidade e áreas, seria vantajoso preparar posters e demonstrações, para apoio durante as visitas aos laboratórios, caso tal se revelasse de interesse por parte dos membros da Comissão Científica.

BIP: Que imagem de conjunto, de Unidade deram à Comissão Científica?
UTM:
A Unidade cobre uma grande diversidade de tópicos de investigação, o que justificou a sua organização actual em três áreas. Deste ponto de vista, houve em primeiro lugar a preocupação de apresentar cada uma das áreas e respectivas estratégias, salientando-se as principais linhas de orientação e objectivos e a coerência da integração dos principais tópicos de investigação em torno de grandes projectos mobilizadores e formação pós-graduada. Embora as áreas não sejam (ou não devam ser) estanques, o certo é que a sua articulação e a exploração de sinergias não foram ainda totalmente conseguidas; este aspecto ficou patente durante a visita, como aliás resulta das conclusões da Comissão, e constitui naturalmente um aspecto a merecer reflexão a curto prazo.

BIP: Que apresentação foi feita? E que objectivos tentaram cumprir?
UTM:
Inicialmente o coordenador (José Ruela) fez uma apresentação global da Unidade, que se centrou em aspectos estratégicos e de organização, caracterização sucinta das áreas, análise de indicadores de desempenho ao longo dos últimos quatro anos e perspectivas futuras. Foi ainda proposto o plano para a visita, organizada em torno de cada uma das áreas, segundo um modelo comum. Assim, houve uma apresentação inicial de cada área (a cargo de Henrique Salgado, Teresa Andrade e Manuel Ricardo, respectivamente), em que se evidenciaram os vários tópicos e actividades de investigação em curso e as respectivas contribuições para atingir os objectivos estratégicos identificados em cada uma. Foi feito um historial das competências existentes, com referência aos principais projectos de investigação e parcerias e sua importância e aos principais resultados obtidos, e foram também perspectivadas as principais linhas de orientação a curto e médio prazo. De seguida realizou-se a visita aos laboratórios, em que houve uma participação activa dos investigadores, quer em demonstrações seleccionadas, quer na discussão pormenorizada das actividades de I&D e seu enquadramento na estratégia da Unidade e do INESC Porto.

BIP: Quais são as visões para o futuro esperadas pela UTM?
UTM:
Pensamos que, do ponto de vista científico, as linhas de orientação estabelecidas em cada área estão bem identificadas e claramente assumidas e que serão cumpridas com sucesso. Esperamos que o know-how existente e os resultados obtidos e a capacidade de os integrar, permitam reforçar alguns aspectos que ultimamente se têm revelado mais débeis, nomeadamente em consultoria e transferência de tecnologia.

BIP: Actividades futuras?
UTM: Não nos parece necessário (nem tal seria exequível) introduzir mudanças significativas ao nível das principais áreas de trabalho em que a Unidade apostou, e nas quais foi possível criar massa crítica e obter alguns resultados prometedores. É, no entanto, necessário estabelecer uma maior e melhor interligação entre os resultados científicos e as áreas de aplicação em que possam ser valorizados, abrindo, se necessário, novas linhas de trabalho em áreas próximas, e repensar alguns aspectos de organização, de modo a aumentar a coesão interna e evitar alguma dispersão de esforços.
As actividades de I&D decorrerão no âmbito de projectos Europeus do 6º Programa Quadro, em que a Unidade tem estado e continua a estar fortemente envolvida e empenhada e de novos projectos em preparação e a submeter ao concurso de Projectos de I&D da FCT, e que se espera venham a ser aprovados. Conforme referido, estão a ser desenvolvidos esforços no sentido de aplicar o know-how e resultados existentes em novos contratos de consultoria, desenvolvimento e transferência de tecnologia.

BIP: Que novas parcerias esperam conseguir para a Unidade?
UTM:
Esperamos continuar (ou, nalguns casos, recomeçar) a trabalhar com os nossos parceiros tradicionais, a nível nacional e Europeu, nos quais se incluem operadores e fornecedores de serviços de Telecomunicações, broadcasters, produtores de conteúdos, fabricantes de equipamento e integradores de sistemas.
Temos já estabelecidos laços fortes com alguns parceiros interessantes, em especial Europeus, e tudo leva a crer que poderemos manter e reforçar essas parcerias. No entanto, durante a visita à UTM, e no âmbito das discussões então mantidas, os membros da Comissão de Avaliação foram da opinião que deveríamos tentar ganhar independência, mesmo a nível “psicológico”, em relação a alguns dos parceiros estratégicos tradicionais. Teremos, naturalmente, de avaliar esta recomendação.



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