B O L E T I M Número 84 de Junho 2008 - Ano VIII

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Projecto RCM termina com a abertura de novas portas

INESC Porto coordena Centro de Excelência

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Foi há pouco mais de dois anos que surgiu a ideia de criar uma Rede de Competência em Mobilidade (RCM), que viria a englobar 13 entidades distintas numa sinergia e complementaridade de competências que hoje se traduz em resultados em áreas como os transportes, o ambiente, a cooperação empresarial ou o lazer. A primeira fase da rede de mobilidade termina com um workshop que se vai realizar no dia 30 de Junho onde serão apresentados os resultados obtidos, e serão abertas as portas a que outras entidades se juntem a esta rede numa nova fase.

A sinergia de competências
A Rede de Competência em Mobilidade arrancou em Julho de 2006, em consequência de uma candidatura à Iniciativa Centros de Excelência, cuja principal missão é proporcionar a cooperação entre os vários associados numa lógica de complementaridade de competências e ao mesmo tempo estimular a criação e execução de projectos conjuntos, tanto nacionais como internacionais.

A Rede de Competência em Mobilidade pretendia assim “agregar, mobilizar e promover o desenvolvimento de competências, bem como o desenvolvimento de produtos inovadores na área do suporte das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) à Mobilidade”, afirma José Correia, elemento escolhido pelos parceiros da RCM para coordenador da rede.

INESC Porto como coordenador
Além do INESC Porto, que foi o promotor da RCM, fazem parte desta rede mais 12 entidades, envolvendo operadores de transportes, como a STCP, empresas fornecedoras de tecnologia, como a Elo Sistemas de Informação, EFACEC Sistemas de Electrónica, MobiComp, Optimização e Planeamento de Transportes, SisTrade, e TRENMO, centros de I&D, como o Centro de Computação Gráfica e INEGI, e ainda instituições do ensino superior: Escola de Gestão do Porto, FEUP e Universidade de Aveiro.

A participação na RCM proporcionou ao INESC Porto várias vantagens, entre as quais, para José Correia, se destacam o “aprofundamento de competências em sub-áreas da mobilidade e o estabelecimento de parcerias com outras entidades da rede, no âmbito de estudos, projectos de I&D e candidaturas a programas de financiamento”.

Os objectivos da Rede

O estabelecimento de uma rede com algumas entidades relevantes nas áreas das TIC e da mobilidade visou “a complementaridade e consolidação de competências que potenciassem o desenvolvimento de serviços e produtos, sustentáveis nos mercados nacional e internacional, para que esta rede crescesse em dimensão e portfólio de produtos, de forma a tornar-se, a médio prazo, num player relevante no mercado nacional e em alguns nichos do mercado internacional”, revela José Correia.

Inter-modalidade, bilhética, monitorização de mobilidade, telemática em transportes, sistemas de transportes flexíveis, planeamento operacional de transportes colectivos, teletrabalho e colaboração em mobilidade, comunicação e cooperação entre empresas, serviços móveis baseados em localização, plataformas para serviços móveis, lazer em mobilidade, mobilidade para cidadãos com necessidades especiais são as principais áreas de intervenção da RCM, em torno das quais foram feitos estudos e desenvolvidas soluções com impacto e benefícios para a sociedade.

Fases de desenvolvimento
Inicialmente foi realizado um diagnóstico e desenvolvida a estratégia da rede, tendo sido feita a análise de cada um dos parceiros da RCM e a elaboração de um mapa com as suas competências. Depois disso arrancaram as actividades de elaboração de estudos, desenvolvimento de projectos de I&D e dinamização de grupos temáticos, as quais, em alguns casos, se cruzaram entre si, com os resultados obtidos numa delas a potenciarem o arranque de outras.

A par destas actividades, “foi concebida e desenvolvida uma plataforma colaborativa que, por um lado, suporta a comunicação e articulação entre os parceiros da RCM, e por outro serve de base ao Website da RCM. Para além dos documentos oficiais do projecto, a plataforma aloja diferentes tipos de conteúdos, desde actas de reuniões a notícias, passando pelo agendamento de eventos (internos e externos), entre outros”, refere o coordenador da RCM, que acrescenta que “a plataforma possui cerca de 90 utilizadores (alguns dos quais externos) e 11 grupos de utilizadores”.

Balanço e resultados

“A criação de uma rede de entidades que funcionam de forma articulada em torno de um conjunto de objectivos, ideias e projectos, tentando obter soluções é, por si só, o maior resultado alcançado”, considera José Correia, e acrescenta que os projectos que surgiram a partir da rede fazem com que o balanço seja muito positivo, ao trazer vantagens para a sociedade. Foram cerca de 20 projectos que a Rede desenvolveu ao longo de dois anos, com impacto em áreas tão diversas como a medicina, o ambiente, os transportes, e até o desporto. Por exemplo, com o projecto “ADEmobile” desenvolveram-se formas de permitir a avaliação de mobilidade dos utilizadores de uma roupa inteligente, através de um dispositivo integrado de avaliação móvel de dispêndio energético, que pode por isso ser útil tanto para fins medicinais como desportivos.

Na área do ambiente, o projecto “Congestionamento nos impactes ambientais” destinou-se a estudar os impactos ambientais induzidos pelas principais tendências políticas do desenvolvimento regional na Área Metropolitana do Porto para um perfil dinâmico de 24 horas utilizando dados de contagens de tráfego. Um outro projecto da Rede teve como público-alvo os clientes invisuais da STCP, o qual visa disponibilizar informação nas paragens, relativamente às linhas que servem a mesma e os tempos previstos de chegada de veículos. Nesse sentido, o projecto visou o desenvolvimento de um sistema que conjuga um teclado em Braille com um sistema de sonorização na paragem, que difunde as respostas. Deverá ainda ser possível sinalizar ao condutor do veículo da linha inquirida que existe na paragem um cliente que deseja subir a bordo.

Novas oportunidades
Com a RCM desenvolveram-se produtos e serviços inovadores, através das competências aglomeradas na Rede. A primeira fase da RCM termina agora com um workshop onde irão ser apresentados alguns dos projectos desenvolvidos no âmbito desta rede. No fundo, este workshop promete ser apenas um início, ao abrir portas a novos projectos e a novas parcerias. “Iremos continuar a estudar qual o melhor modelo para dar continuidade à rede de mobilidade no futuro, que pode vir a abranger não só os treze parceiros que já existiam, mas também outros que queiram participar”, declara José Correia.

O workshop, que vai estar dividido em quatro áreas temáticas - Transportes e Inter-modalidade; Redes, Cooperação e Mobilidade; Dispositivos móveis e usabilidade; Mobilidade: ambiente, lazer e necessidades especiais -, vai-se realizar no dia 30 de Junho, a partir das 9 horas, no Hotel Ipanema Park, no Porto.



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