B O L E T I M Número 74 de Julho 2007 - Ano VII

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O p i n i ã o  

  • A Vós a Razão
  • Colaborador afirma: "Na minha opinião, o INESC Porto LA tem assumido um papel cada vez mais activo na divulgação e promoção de ciência, exercendo uma estreita relação com os órgãos de comunicação social..."

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  • Colaborador propõe: "Levando os troféus ainda mais a sério, seria bastante recompensador ver o nome da equipa vencedora na taça, e do jogador vencedor na respectiva medalha".

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  • O INESC Porto tem atletas de alta competição? Para que não haja dúvidas preste atenção à foto... Identifica? Pois leia.

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E D I T O R I A L


O NOVO REGIME JURÃDICO E A ANTECIPAÇÃO DO FUTURO

Disse Maquiavel, que os preconceitos têm mais raízes que os princípios. Que o mesmo é dizer que as emoções se sobrepõem à razão quando as circunstâncias não lhes evitam o conflito.

Quando podemos ter ideia de mudar algo, o que é mais difícil é conseguir que as pessoas descolem das ideias pré-concebidas em que ancoram a sua existência. É como se certas coisas fossem objecto, no espírito humano, de processos de impressão análogos aos descritos por Konrad Lorenz nos animais: uma estrutura mental, uma vez fixada, vira dogma e toda a racionalidade se perde como vaga de encontro a essa falésia.

A racionalidade impõe-nos a análise do nosso sistema de ensino superior, mas quanta dessa análise está enviesada pelas impressões que nos comandam?

Admiremos, portanto, os homens e mulheres corajosos que vêem mais longe e com mais lucidez, e constroem soluções transgressoras, que chocam com o dogma e estremecem os acomodados.

O engessamento a que está votada a organização e o espartilho legal que envolve a gestão da Universidade são racionalmente indicados como factores de atraso, ineficiência, imobilização, irresponsabilidade. Porém, quando um novo figurino é sonhado ou proposto, a primeira agressão vem daqueles que nele vêem logo uma violação do dogma, do “como deveria ser” que não é mais do que o que já conhecem.

Os tempos são o que são e não o que deveriam ser. O contexto é o que é e não o que se gostaria que fosse. As pessoas reagem como reagem e não como seria bom que reagissem. Mas, se estivermos atentos e formos lúcidos, constataremos que nunca como dantes convergiram os factores necessários para conseguir uma evolução triunfadora e que rasgue, rompa, subverta virtuosamente o paradigma anterior de gestão académica.

A Universidade, a FEUP não pode continuar autista e ignorar a mudança de contexto com a nova lei de regime jurídico das instituições de ensino superior.

Temos, urge discutir o futuro para podermos antecipá-lo.

Disse Victor Hugo que nada é tão poderoso no mundo como uma ideia cuja oportunidade chegou. Pois é. Mas apetece responder-lhe com Einstein, que o único local onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.



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