G A L E R I A D O I N S Ó L I T O
Sapato de Mestre
Todos temos o direito de ter as nossas superstições mas há quem as leve demasiado a sério. Foi o caso verídico (o BIP nunca inventa, por mais insólito que pareça) de um jovem inesquiano que decidiu trazer os seus sapatinhos da sorte no dia em que foi apresentar a sua tese de mestrado.
Até aqui nada de estranho (quer dizer...), não fosse o facto de os sapatos-amuleto chegarem ao INESC Porto desfeitos. Literalmente - e a foto acima não diz nada do que foi. Estava chuva, o material era fajuta, enfim... desfeitos mesmo, mas atenção: complementados com uma bela meia branca, visível até por baixo se ele acaso se sentasse e cruzasse a perna, revelando a lacuna da sola...
Ora este criativo investigador, face ao gáudio dos colegas e apercebendo-se porventura que os sapatos pudessem não conferir assim tanta sorte (podia o júri de avaliação ver o seu calcanhar de Aquiles…), iniciou então uma tão afanosa quão desesperada demanda por um sapatinho que servisse ao seu singelo pé nº 45.
A tarefa foi árdua mas no INESC Porto não há impossíveis, embora as coisas saiam às vezes ao contrário das fábulas: em vez de um sapato procurar o pé que lhe sirva, por cá cada Cinderela é que encontra encontra a sua chinela.
Depois de ter gasto as meias (sim, porque as solas, essas, já nem existiam…) a percorrer a Unidade de Energia em busca do calçado que servisse ao seu pezão, o jovem lá encontrou alguém caridoso e com sapatos à medida! E passou nas provas... (com concorrida assistência e alguém descalço na plateia, presume-se, e de pés grandes).
Desfecho feliz para uma Cinderela com calcanhar de Aquiles mas, espera-se (em nome da saúde do seu benfeitor), sem pé de atleta.
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