N O T Í C I A S
Comissária Europeia ausculta o Porto sobre energia e cidadãos
A Comissária Meglena Kuneva, que detém o pelouro da defesa dos consumidores, solicitou ao Reitor da Universidade do Porto (U.Porto) um encontro com especialistas de energia do norte de Portugal para auscultar a sua sensibilidade relativamente ao problema da energia.
A reunião decorreu na Reitoria no dia 12 de Abril e o INESC Porto esteve representado pelos colaboradores João Peças Lopes e Vladimiro Miranda, juntando-se a outros representantes da FEUP e da U.Porto e ainda de empresas de relevo como a EDP, EFACEC ou Metro do Porto.
A intervenção de Peças Lopes reforçou outras intervenções no sentido de explicar como o projecto INOVGRID, promovido pela EDP com a participação do INESC Porto, poderá contribuir para um funcionamento do mercado de electricidade com mais rigor e justiça, com a tecnologia a apoiar os cidadãos. Neste sentido, e apoiado por outros presentes, exprimiu a satisfação por Portugal estar a apetrechar-se das tecnologias necessárias e a ser promotor de investigação tecnológica na matéria.
A contribuição de Vladimiro Miranda decorreu noutro tom, alertando para o facto de os consumidores sofrerem custos agravados com certos modelos de mercado, dado serem a parte mais fraca (custos de ignorância, de perda de oportunidades, de necessidade de monitorar o mercado e de necessidade de se protegerem contra incertezas).
Estes custos não são normalmente tomados em conta nos modelos que propõem mecanismos de mercado, daí que certas "virtudes" do funcionamento de mercados sejam mais aparentes que reais e, na verdade, possam causar prejuízo aos consumidores. Por isso, o director sugeriu que se deveriam promover medidas de imunização dos consumidores relativamente a certas perversidades dos mercados, dando aos cidadãos o que eles exigem: sistemas simples e estáveis ou previsíveis.
A Comissária, na sequência, aproveitou para explicar a sua visão política referindo a missão que sente de exercer vigilância sobre os mercados cujas implementações correrm o risco de serem "good for the business but bad for the citizens".
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