Por Flávia Santos Ferreira
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Para quem não sabe,
a revolução dos cravos desencadeou várias mudanças na sociedade
portuguesa. E a comemoração do Dia Internacional da Mulher, no dia 8
de Março, foi uma das mudanças ocorridas depois do 25 de Abril.
Contudo, apesar de
ser comemorado desde 1909, o Dia Internacional da Mulher só foi
proclamado oficialmente pelas Nações Unidas em 1975. E, somente em
1979 foi aprovada a Convenção para a eliminação de todas as formas
de discriminação contra as mulheres.
A justificada luta
pela igualdade, reforçada naquele dia, continua, porém, a
desencadear-se perante um cenário de vida de muitos milhões de
mulheres, marcadas por múltiplos factores discriminativos.
No mundo do trabalho,
antes dominado pelos homens, a mulher ainda se confronta com a
necessidade de provar as suas capacidades, tendo vindo a ultrapassar a
diferença de oportunidades, apostando numa maior formação, de forma
a alcançar uma posição de destaque.
Como é sabido, a
percentagem de mulheres que frequenta o Ensino Superior ultrapassa a
percentagem de homens. No entanto, uma "massa crítica" de
mulheres continua a ser impedida de entrar em lugares de importância
numa sociedade onde as oportunidades deveriam ser dadas com base na
capacidade profissional e sem olhar ao sexo, origem étnica, religião
ou a qualquer outro factor discriminativo.
Se muitos defendem
que já não faz sentido falar de uma sociedade machista, não será
de todo despropositado salientar que ainda são muitos aqueles que se
referem às mulheres como sendo o "sexo fraco".
Então nós,
mulheres, mães, trabalhadoras, esposas, estudantes, lutadoras,
devemos continuar a nossa luta para que um dia possamos ser ainda
melhores e desempenhar um papel ainda mais importante na nossa
sociedade.
VIVAM AS MULHERES!
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Secretária da Direcção do INESC Porto |