O BIP congratula-se pela
cooperação, neste número, do Prof. Luís Borges de Almeida, que
entra assim na nossa distinta categoria de "Tribunos", feito
não acessível a qualquer mortal.
A reorganização do
que agora se chama "universo INESC" teve, para nós, aqui,
no Porto, reflexos muito positivos quando avaliados na globalidade.
Neste momento, o
INESC Porto é a instituição inesquiana de maior dimensão, e tem
acontecido de ser também a mais equilibrada. A isto não será alheia
a opção tomada de conservar, no Porto, o maior grau de sinergia
possível entre actividades de I&D e de desenvolvimento. Foi
possível fazê-lo, e foi bom - e coloca-nos, curiosa e ironicamente,
como o núcleo que se conserva mais próximo do conceito original de
INESC, já lá vão vinte anos... Não sei se é por isso que o
resultado é bom, mas pelo menos serve para demonstrar que o modelo
não é mau.
Mas há sempre
aspectos ou consequências negativas em função das decisões, por
mais justificadas que sejam.
Um dos aspectos menos
positivos da evolução recente do universo INESC foi o afastamento,
nalguns casos radical, entre os núcleos geograficamente dispersos de
investigadores.
A longo prazo, isso
não é bom para o país nem para nós.
Importa, pois,
reconstruir pontes ou construir novas. Esse objectivo tem que
conseguir-se ancorado em motivações práticas - mas os responsáveis
não podem perder o sentido estratégico das coisas. Por isso,
há-de-se assistir à procura das formas adequadas, no actual contexto
histórico, de nos reganharmos a todos como parceiros, muito
particularmente em acções internacionais que é o terreno onde menos
devemos competir e mais nos devemos aliar.
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