O INESC Porto e o IMOPPI (Instituto dos Mercados de Obras
Públicas e Particulares e do Imobiliário) deram, no dia 18
de Março, um passo importante para que este sector passe a
fazer parte da sociedade digital. No edifício do INESC
Porto foi assinado um protocolo na área das Tecnologias de
Informação, presidido por Jorge Magalhães da Costa,
Secretário de Estado da Habitação. Os presidentes do
INESC Porto e do IMOPPI, Pedro Guedes de Oliveira e
Hipólito Ponce de Leão, assinaram o protocolo e dois
contratos que constituem o início de uma cooperação
eficaz.
A cerimónia
Um ano depois da assinatura do contrato que o tornou
Laboratório Associado do Ministério da Ciência e
Tecnologia, o INESC Porto voltou a receber ilustres
visitantes e jornalistas em mais um evento de singular
importância para a instituição.
Quem
entrou no edifício do INESC Porto às 15 horas do dia 18 de
Março, encontrou o átrio repleto de convidados que vinham
assistir à assinatura do protocolo entre o INESC Porto e o
IMOPPI. Pode ter ainda assistido à chegada do presidente do
IMOPPI e do Secretário de Estado da Habitação, que
começaram por efectuar uma breve visita ao edifício.
O protocolo
Após a visita, o evento continuou, já no auditório, com
uma apresentação técnica de José Pereira Pontes,
administrador do IMOPPI, que clarificou os objectivos do
protocolo e das áreas de colaboração, com especial
destaque para o aconselhamento e consultoria, o estudo e
especificação de sistemas e aplicações informáticas, o
desenvolvimento de sistemas e aplicações informáticas e
acompanhamento e fiscalização.
De
acordo com o protocolo, as áreas de intervenção
prioritárias passam pela interligação com as
associações empresariais sectoriais, autarquias e
administração central, não esquecendo a simplificação
de processos internos, a observação do mercado e o
cumprimento das obrigações exigidas pela União Europeia
de disponibilização e publicação de dados.
O INESC Porto
Seguiu-se o discurso de Pedro Guedes de Oliveira, que
começou por realçar a necessidade de se aumentar a
eficiência e a eficácia da administração pública, o que
pode ser conseguido através da "melhoria de métodos e
processos".
O
presidente do INESC Porto lembrou que, se a área dos
sistemas de informação e comunicação é por natureza uma
chave para a simplificação dos métodos e processos, o
INESC Porto apresenta já um curriculum de mais de 15 anos.
"Recordemos o desenvolvimento do SIGMA - Sistema de
Informação de Gestão Municipal e Autárquica - que ao
longo do tempo veio a estar instalado em mais de 100
autarquias, se iniciou ainda na década de 80 e foi sendo
assegurado por um constante apoio técnico prestado a
várias Câmaras Municipais e às Comissões de
Coordenação da Região Norte e Alentejo", reflectiu.
Para terminar, o presidente do INESC Porto afirmou-se
satisfeito com a assinatura deste protocolo, garantindo ao
Secretário de Estado da Habitação o empenho do INESC
Porto. "Pode contar connosco se nos quiser ver como
parceiros estratégicos nos mais variados aspectos da
modernização da Administração Pública, na certeza de
que poremos à vossa disposição a nossa visão, o nosso
profissionalismo e, acima de tudo, o nosso total
empenhamento", afirmou.
O IMOPPI
O presidente do IMOPPI falou das incertezas que existiam
sobre o século XXI e das que ainda hoje existem. "Não
sabemos se a aventura em que estamos empenhados com o INESC,
a partir de hoje, vai demorar 2, 5 ou 15 anos",
realçou, salvaguardando no entanto, que "estamos em
cima de uma estrada e sabemos onde ela vai dar mesmo que
ainda tenhamos de construir alguma obra de arte em
falta!"
Lembrando que todas as empresas têm que assinar as suas
obras e que "cabe ao Estado nas suas múltiplas formas,
desde do IMOPPI às autarquias, julgar e pagar ou
penalizar", Hipólito Ponce de Leão afirma que o
Estado tem que estar atento às fontes, talvez impróprias,
de financiamento.
O presidente do IMOPPI considera que todas as decisões
tomadas por quem de direito têm que se fundamentar em
informações credíveis, em previsão de consequências e
em previsão correcta de objectivos. Assim facilmente se
entende que "associações, autarquias e institutos da
Administração Central devem trabalhar com a
informação de interesse para o sector, disponibilizada na
hora". "O IMOPPI não quer papel e não quer
perder tempo", finaliza.
A
assinatura
A assinatura propriamente dita do protocolo constituiu o
momento alto do evento, tendo sido convenientemente
acompanhada pela assinatura de dois projectos que
desencadeiam o início da vigência do protocolo.
Em síntese, pode afirmar-se que a celebração deste
protocolo tem por objectivo o apoio técnico à
incorporação de soluções baseadas em Tecnologias de
Informação e Comunicações, no relacionamento deste
Instituto com as autarquias, Administração Central e
associações empresariais sectoriais. Como resultado
espera-se uma agilização da intervenção do IMOPPI, com a
consequente melhoria de processos e com a disponibilização
de mais e melhor informação às entidades com as quais se
relaciona.
O Secretário de Estado da Habitação
Para finalizar a sessão, tomou a palavra o Secretário de
Estado da Habitação que destacou a importância deste
protocolo ao contribuir para "o desenvolvimento do
país que deve ser o objectivo pelo qual se deve pautar a
actividade económica".
Antes
de deixar o edifício, Jorge Magalhães da Costa foi
"assediado" pelos jornalistas presentes, a quem
foi revelando que o Governo pretende substituir os actuais
programas de incentivo à recuperação do património
habitacional degradado por um novo conjunto de propostas
legislativas com vista à reabilitação dos centros urbanos
com património edificado devoluto.
Mais valias para o INESC
Porto
Segundo António
Gaspar, coordenador da Unidade de Sistemas de Informação e
Comunicação, este protocolo irá reforçar o envolvimento,
já antigo, do INESC Porto no sector da Administração
Pública.
"Reforçará igualmente as nossas actividades no
campo da Governação Electrónica (e-Government), onde
paralelamente às actividades de desenvolvimento e
prestação de serviços, estamos a lançar uma linha de
investigação, coordenada pelo Prof. João Correia
Lopes", concluiu António Gaspar.