Infelizmente, o ano de 2003 está a desenvolver-se
ao longo das linhas mais pessimistas de todos os cenários
que se poderiam ter construído em 2002.
Temos que reconhecer que nos vem causando perplexidade a
actividade do Ministério da Ciência e do Ensino Superior,
nomeadamente via Fundação para a Ciência e Tecnologia e
GRICES.
O problema de raiz é que não conseguimos perceber qual
a política, se é que há política e não apenas gestão
da falta de dinheiro. Na verdade, durante um ano permaneceu
no governo uma figura funcionalmente decorativa ocupando o
lugar de Secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, da
qual não se conhece um pensamento ou a indicação de uma
linha de rumo.
No entretanto, a correspondência mais significativa
recebida foi a explicar que o Estado não estava em
condições de assumir as obrigações a que se
comprometera, mas que o INESC Porto fizesse favor de
continuar a cumprir com as suas obrigações ou sofreria
sanções.
Saudamos o novo Secretário de Estado Adjunto, Prof.
Pinto Paixão, na expectativa de que a sua acção possa vir
a representar um salto quântico no quadro em que nos
movimentamos. O conhecimento pessoal que dele temos
permite-nos essa esperança.