Por Marcus Dahlem *
A vida do estudante
universitário é bastante complicada. Os professores são exigentes e
o tempo é pouco, assim como a vontade de estudar. Entre copos,
festas, fados e guitarradas - sim, porque quem canta, seus males
espanta - metem-se umas aulas e uns exames.
Nesta sinuosa
caminhada em busca de um tão desejado diploma, quem não arrisca não
petisca. E, como quem procura sempre alcança, lá se fazem uns exames
de vez em quando, se possível, com estatuto de dirigente associativo.
Água mole em pedra
dura tanto bate até que fura e, ao fim de algumas tentativas
falhadas, é conseguido um mísero 10. Para eliminar este stress todo,
não faltam as festas das faculdades e cursos, bem como a semana da
queima. Quem corre por gosto não cansa e qualquer desculpa é boa
desculpa para não perder um único destes grandiosos eventos.
O que não mata
engorda e, depois de uns copos, no melhor pano cai a nódoa. Depois da
tempestade, vem a bonança e os dias que se seguem são dias de
repouso absoluto. E o estudo? E os exames? Bem, mais vale tarde que
nunca. Mas já é tarde demais... O ano está perdido. E depois do mal
feito, todos o tinham previsto.
Mas, na vida, há
sempre uma desculpa para tudo, menos para a morte. Por morrer uma
andorinha não acaba a Primavera. Enquanto há vida há esperança!
Mas não há duas sem três e a história repete-se no ano seguinte.
Mais vale uma mão inchada que uma enxada na mão. Devagar se vai ao
longe e à má sorte boa cara!
Há três coisas na
vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada
e a oportunidade perdida.
O que vale é que a
estupidez não paga imposto!
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Colaborador da Unidade de Optoelectrónica e Sistemas Electrónicos (UOSE) |