INESC Porto
Galeria Jorge de Sena
Boletim INESC Porto
 
B o l e t i m N ú m e r o : 3 0 ( i n t e r n o ) / 1 6 ( p ú b l i c o )
 
 


O p i n i ã o

A Vós a Razão
Leitora brasileira confessa: "Quando eu cheguei aqui, especificamente em Porto, minha principal dificuldade de adaptação foi o clima…muito frio hghhh!!" »

Galeria do Insólito
"Nesta coisa das cobranças, por vezes é muito difícil contactar com as pessoas, ou porque estão em reunião, ou porque não podem atender, enfim, mil e uma desculpas..." »

Asneira Livre
Leitor-jogador divaga “por entre corridas titânicas (onde parece que o pessoal bebeu todo Red Bull antes do jogo), fintas mirabolantes em que às vezes o próprio jogador que finta não sabe o que acabou de fazer...” »

Biptoon
Bamos Indo Porreiros »

Especial
Apreciámos tanto a veia poética dos colaboradores que concorreram, que resolvemos alargar o concurso até ao dia 10 de Julho. Até lá, divirta-se com as quadras que se seguem, envie-nos as suas e não deixe de nos dizer qual destas gostou mais. Bom S. João!»

Notícias »

 

Apresentação pública de projectos financiados pela UE 


INESC Porto divulga resultados

More Care, Redes de Cooperação Empresarial e G-FORS foram os projectos do INESC Porto apresentados publicamente no Porto, Lisboa e Funchal nos últimos dias de Maio. Permitir a integração em larga escala de energia renovável em redes isoladas, promover modelos de negócio inovadores e disponibilizar um novo sistema de produção de programas de televisão digital são os objectivos destes projectos financiados pela Comissão Europeia e co-financiados pelo Plano Operacional da Economia (POE).

Energia na Luz
No dia 29 de Maio, foi apresentado no auditório da Casa da Luz no Funchal o projecto More Care (Sistema Avançado de Apoio ao Controlo de Redes Isoladas com Elevada Penetração de Energias Renováveis e Armazenamento de Energia), desenvolvido pela Unidade de Sistemas de Energia (USE).

De uma forma simplificada, pode dizer-se que o More Care é um sistema que ajuda os operadores das redes eléctricas de ilhas (e outras redes isoladas) a tomar decisões sobre a produção de electricidade de forma económica e aumentando a segurança de funcionamento, permitindo o reforço da incorporação de energia renovável, em particular eólica.

Creta e Funchal
Desenvolvido entre Março de 2000 e Fevereiro de 2003, o More Care envolveu várias instituições de investigação e empresas de Portugal, Grécia e Holanda e resultou na instalação de protótipos para apoio à gestão da rede eléctrica em Creta (Grécia) e na ilha da Madeira, no despacho da Empresa de Electricidade da Madeira (EMM).

Com esta iniciativa pretendeu-se também divulgar soluções tecnológicas avançadas que permitem um crescimento da integração das energias renováveis nos sistemas de energia sem comprometer a segurança de exploração do sistema. Face ao cenário de grande integração de energia eólica, este tipo de ferramentas será fundamental para permitir a gestão dos sistemas de energia.

Estreia Positiva
Apesar de se tratar de uma estreia neste tipo de apresentações, Manuel Matos, coordenador da USE, considera que a sessão correu muito bem. "Para além de satisfazer os objectivos prescritos pelo POE, demonstrando o funcionamento real do sistema More Care, a sessão ajudou à integração do projecto na empresa e permitiu divulgar a nossa actividade através dos jornais e da televisão regional", sublinha o coordenador.

Manuel Matos afirma que o interesse dos convidados foi notório, "nomeadamente das autoridades regionais de energia da Madeira e dos Açores, e também pela Electricidade dos Açores (que vai adquirir um sistema do tipo do que se demonstrou)". "O impacto desta apresentação para a imagem do INESC Porto foi muito positivo, numa Região Autónoma onde temos tido e temos agora diversos trabalhos de consultoria", finaliza o professor.

Empresas em Rede
O "estado da arte" das Redes de Cooperação Empresarial, incluindo modelos de negócio inovadores, estratégias de integração, tecnologias e soluções disponíveis, foi divulgado pela Unidade de Engenharia de Sistemas de Produção (UESP) na sessão pública que decorreu no dia 29 de Maio, na Fundação Dr. Cupertino de Miranda, no Porto.

O objectivo da sessão foi demonstrar os resultados obtidos com quatro projectos desenvolvidos pelos INESC Porto que visam melhorar a competitividade empresarial e que já estão a ser praticados por empresas portuguesas: Co-Operate, Damascos, Mediat-SME e Smart-SME.

Competitividade Máxima
O Co-Operate, correntemente instalado na Jefar-Indústria de Calçado, SA, procurava soluções para melhorar a coordenação no planeamento e controlo de produção de uma rede ou cadeia de fornecimento. Por sua vez, no Damascos foi desenvolvido um conjunto de aplicações para redes de empresas, incluindo previsão de vendas, gestão de forças de vendas, gestão de cadeia de fornecimento e acompanhamento de produção. Está instalado na empresa Kyaia-Fortunato Frederico & Cª Lda.

A Lirel - Lima e Resende, Lda. já aplica o Mediat-SME, ou seja, uma metodologia e ferramentas para implementação de soluções de negócio electrónico nas PME, reduzindo os custos e os riscos. O Smart-SME inclui funcionalidades como configuração de encomendas, consulta automatizada aos stocks, negociação de encomendas, acompanhamento da produção, previsão da procura, entre outros. Está actualmente instalado nas empresas Sampedro, IPF e Peruma Têxteis.

Experiência Favorável
Na UESP este evento não foi uma estreia, uma vez que já tinham organizado a apresentação de resultados de diversos projectos: Qshop, MANTIS e X-CITTIC, entre outros. Luís Carneiro considera que o evento correu muito bem e que a imagem do INESC Porto saiu reforçada. "Penso que foram cumpridos os objectivos de divulgar junto das empresas os resultados destes projectos e as competências desenvolvidas pelo INESC Porto", afirma o coordenador-adjunto.

Relativamente a eventos anteriores, Luís Carneiro refere que se registou um número bastante elevado de pessoas que se inscreveram, mas não compareceram na sessão. "Na véspera do evento tivemos de recusar inscrições porque já tínhamos atingido o número máximo de participantes tendo em atenção a sala escolhida (90 inscrições) e no dia da sessão apenas compareceram 60 pessoas", lamenta o engenheiro.

Flexibilidade nos Conteúdos
A sessão de apresentação pública do projecto G-FORS (Generic Format for Storage), desenvolvido pela Unidade de Telecomunicações e Multimédia (UTM), decorreu no dia 30 de Maio na Casa do Futuro, em Lisboa.

O projecto G-FORS desenvolveu e demonstrou um sistema inovador de produção de programas de televisão, baseado numa arquitectura genérica de ficheiros - MXF (Media eXchange Format). Esta arquitectura permite reduzir os custos de produção ao disponibilizar os conteúdos duma forma eficiente e flexível.

Cenários Possíveis
Os ficheiros MXF são criados logo na própria câmara e podem ser distribuídos ao longo da cadeia de tratamento dos conteúdos até chegar à produção final, o que vem revolucionar o chamado workflow de uma estrutura de produção de TV.

A utilização conjunta deste formato de ficheiros com câmaras, servidores de vídeo e estações de edição devidamente equipados, permite ainda a busca com acesso rápido a qualquer parte de um programa e a transferência rápida de conteúdos, tornando mais fácil a sua reutilização e alteração. 

A TVCabo manifestou interesse em adoptar a tecnologia MXF por forma a automatizar o tratamento dos conteúdos anotados, indispensáveis para a implementação das aplicações de televisão interactiva, tendo sido demonstrada uma aplicação usada para esse efeito. A MOG Solutions constituida pelos responsáveis da equipa do INESC Porto que trabalhou no projecto, que nos apoiou na demonstração, está a desenvolver um conjunto de produtos baseados no MXF para comercializar no mercado internacional.