Um grupo de jovens investigadores da UTM e UOSE reuniu-se
no Gerês com o objectivo de reflectir sobre um plano
estratégico que tornasse, num prazo de 10 anos, a área de
Telecomunicações no INESC Porto, uma área de excelência
internacionalmente reconhecida. Apesar de ser uma missão
ambiciosa, o balanço deste brainstorming inédito no INESC
Porto foi considerado pelos participantes francamente
positivo.
A
iniciativa inédita
No dia 21 de Novembro, Francisco Araújo, Henrique Salgado,
Henrique Miranda, José Machado da Silva, Luís Alberto
Ferreira, Luís Gustavo Martins, Luís Teixeira, Manuel
Ricardo, Paula Viana, Teresa Andrade e Vítor Tavares rumaram
ao Gerês para um pacato fim-de-semana com a família. O
encontro foi, no entanto, muito além da simples
confraternização.
Como explica Luís Ferreira, investigador doutorado da UTM,
“o objectivo último era obter dos mais jovens indicações
sobre caminhos que permitissem colocar as telecomunicações
no Porto (INESC Porto, FEUP, FCUP, etc.) no lugar cimeiro em
termos nacionais e com excelência reconhecida
internacionalmente” .
A
autoria da ideia
A ideia do
fim-de-semana brainstorming partiu da Direcção do INESC
Porto, depois de identificada a necessidade de se
encontrarem áreas estratégicas para a UTM e UOSE e, se
possível, um grande projecto integrador.
Assim, o coordenador da UTM, José Ruela, e os directores
Pedro Guedes de Oliveira, Artur Pimenta Alves e Vladimiro
Miranda visitaram, nesse fim-de-semana, o grupo de jovens
investigadores, com o intuito de desfazer eventuais dúvidas
que pudessem surgir relativamente aos objectivos do
encontro. Teoricamente tratava-se de uma visita breve,
mas... após a apresentação de algumas das conclusões, o
coordenador e os directores acabaram por participar nas
discussões, que duraram quase até à uma da manhã!
O
balanço do encontro
Segundo Teresa
Andrade, que fez parte deste brainstorming, concluiu-se que
“existe vontade de dinamizar as áreas com planos concretos
de re-equipamento, de implementação de medidas na forma de
trabalho (de preparação e execução de projectos e exploração
dos resultados obtidos nos projectos) e de metas a atingir”.
Outra das investigadoras presentes, Paula Viana,
considera que o encontro foi produtivo, uma vez que permitiu
a troca de ideias entre pessoas que habitualmente não
trabalham juntas. “Todos concordamos que a área das
Telecomunicações é vital e que será potencialmente vantajoso
criar colaborações pontuais entre áreas periféricas como a
óptica e electrónica e as telecomunicações”, esclarece.
A
vantagem do brainstorming
Na opinião de
Luís Gustavo Martins, outro investigador que participou no
brainstorming, “em todas as discussões que emergiram (e
foram muitas, e muitas delas calorosas!), apesar de algumas
vezes se ter corrido o risco de dispersar o debate de
ideias, o espírito construtivo de todos os participantes foi
uma constante”.
Luís Ferreira concorda que tudo foi conseguido através de
discussões francas e muito vivas, que permitiram não só uma
definição clara das diversas posições, mas também um
aprofundar das relações de camaradagem entre investigadores
que desenvolvem o seu trabalho na mesma instituição. “Este
último aspecto foi, para mim, particularmente importante”,
admite.
A
determinação do grupo
Devido à
diversidade de ideias e ao escasso tempo disponível, não foi
possível terminar o trabalho durante o fim-de-semana. “Isso
significa que o grupo ainda está a trabalhar para terminar o
documento que irá entregar à Direcção”, esclarece Paula
Viana.
Apesar de o trabalho ainda não ter terminado, Luís
Ferreira garante existir uma vontade generalizada de
trabalhar no sentido de fortalecer a área das
telecomunicações no INESC Porto. “Há também algumas ideias
acerca de áreas de trabalho que podem ser aglutinadoras da
contribuição de todos no cumprimento de uma mesma missão”,
acrescenta.
O
relatório final das conclusões
Para tratar da
primeira versão do relatório final das conclusões, foi
nomeada uma comissão composta por José Machado da Silva,
Luís Ferreira, Luís Teixeira e Luís Gustavo Martins. Em todo
o caso, Teresa Andrade está convicta de que esse não será o
documento final. “Acredito que iremos continuar a
trabalhar”, afirma.
Para já, Luís Gustavo Martins adianta que um dos pontos
consensuais nesta reunião foi a definição de uma Área de
Excelência Comum, que potencie o crescimento e a excelência
das Telecomunicações e Áreas conexas no universo INESC
Porto. “A área identificada foi a da "Inteligência
Ambiente", que é também a área identificada pela Comissão
Europeia como sendo a que agregará e mobilizará em torno de
si, durante a próxima década, áreas de actividade e de
conhecimento ligadas às Telecomunicações”, revela.
A
discussão inter-unidades
Esta iniciativa
do brainstorming poderia ser seguida por outras Unidades do
INESC Porto. “Traduzir-se-ia concerteza num conhecimento
alargado das áreas específicas de trabalho de cada grupo (e
até individualmente) e, eventualmente, na identificação de
colaborações e re-aproveitamento de resultados”, argumenta
Teresa Andrade.
Luís Gustavo Martins tem a mesma opinião. “Mais do que
realizar reflexões como esta dentro de cada Unidade, a
reunião de pessoas de diferentes Unidades, com actividade e
conhecimentos em diferentes áreas, perspectivas e objectivos
distintos e variados métodos de trabalho, pode ser uma
experiência mais enriquecedora e de onde podem sair
estratégias mais abrangentes e mobilizadoras, podendo atrair
a si as várias áreas que constituem o INESC Porto”, realça.
O
caminho para voar mais longe
Seguindo a linha
de pensamento dos colegas, Luís Ferreira considera que a
restrição da discussão ao âmbito das Unidades é muito
redutora. “No caso da reunião em questão, penso que teria
sido mais produtiva se tivessem participado mais elementos
da UOSE, até porque isso faria todo o sentido atendendo ao
papel fundamental das tecnologias dominadas por essa Unidade
na área das telecomunicações”, exemplifica.
O investigador garante até que a necessidade de alargar o
âmbito da discussão ficou bem patente aquando da visita dos
mais seniores. Luís Ferreira sublinha a ideia de que a
discussão é sempre sadia. “Do deixa andar”, “vai-se indo e
vai-se vendo” é que nunca saiu nada”, reflecte.