Por
Joel Carvalho *
Em tempo de festejos para uns, de descanso e balanço para
todos os outros, resta-nos deixar algumas notas relevantes.
A iniciativa de promover um torneio do género não sendo
inovadora, parece-me encaixar que nem uma luva nas
pretensões de uma instituição como a nossa. Como tal julgo
que é uma iniciativa a continuar e promover diante todos os
inesquianos. Os jogos de futebol permitem respirar,
transpirar e quem sabe inspirar e motivar a todos os
participantes. Em boa verdade, julgo que mais uma vez os
quase três meses de ‘bola’ contribuíram para que isso
acontecesse. Esperamos é que agora (os investigadores e
bolseiros) não desatem a publicar compulsivamente e esgotem
o dinheiro da instituição em prémios... :)
No entanto, e não poderia deixar de mencioná-lo,
parece-me que este ano algumas coisas estranhas se passaram.
Primeiro de tudo não posso deixar de contestar a desistência
à partida de uma equipa, bem como também a de uma outra
durante o torneio. Em segundo lugar, a triste constatação de
que a arbitragem foi inexistente.
É digno de nota que num torneio como este o objectivo não
é cilindrar, ganhar ou espezinhar colegas com quem
partilhamos o mesmo espaço. A competição é sem sombra de
dúvidas um dos aspectos menos relevantes. Infelizmente nem
todos pensam assim... e motivados, talvez, pela constatação
de que vencer seria difícil, alguns (quer equipas, quer
jogadores) acabaram por decidir-se pela não comparência a
tão louvável iniciativa. É triste... Ainda mais quando
consideramos a principal actividade do INESC Porto é a
investigação, que entre muitas outras coisas pode ser
definida como a busca incessante por algo de novo e
inovador. Sendo esta busca incessante, ela não deveria ter
lugar para desistentes ou para aqueles que se sentem
derrotados à partida.
Veja-se por exemplo a prestação da equipa da USIC. O
lugar da classificação!? Pouco importa. Importante foi notar
a predisposição com que compareceram a todas as partidas, a
alegria demonstrada, o desportivismo, a simpatia... Isto
sim, isto é perene... vale mais do que vitórias.
Mas note-se que foram muito mais os apontamentos
positivos do torneio, do que os negativos. Como sempre
acontece, a presença de alunos estagiários foi constante e
muito importante para a promoção da sua adaptação à
instituição enquanto incubadora dos seus trabalhos de final
de curso. E fosse o jeito ‘prá bola’, o único avaliador
disponível, diríamos que este ano teria vários recém
licenciados contemplados com a nota 20. E já que falamos em
nomes de equipas, porque não mencionar os nomes do João
Furtado (UTM) e do Nuno Silva (UOSE) sem dúvida as duas
grandes revelações da época?! Para vocês e para todos os
outros estagiários, as mais sinceras felicidades e sucesso
profissional.
Um aspecto importante, que merece toda a consideração é:
Onde estão as colaboradoras? Porque não se inscrevem no
torneio? Jogar a bola não é só para os rapazes! Contamos com
todas as inesquianas na próxima época...
Lesões? Sim algumas... Mas julgo que nenhuma foi motivada
por jogo violento ou maldade implicitamente empregue. Jogar
futebol é mesmo isso. Uma entorse, uma pisadela, uma
luxação, uma caímbra... Enfim, a razão pela qual as
namoradas, as mães ou até as esposas não gostam que
coloquemos os pés no ringue!
O formato do torneio, reformulado esta época, pareceu-nos
também apropriado. É certo que foi longa a época, mas talvez
no próximo ano isso possa ser colmatado caso o torneio
comece logo no início de Abril.
Importante é definir a existência de arbitragem. Não é
que os jogos sejam quezilentos ou violentos. Mas existem
coisas que se podem evitar com a existência de um árbitro!
Por isso, propomos que na próxima época seja promovida
uma reunião de lançamento do torneio, onde todas as equipas
indicarão 2 ou 3 elementos que poderão ser usados como
árbitros e serão definidas a regras gerais do jogo. A
presença de árbitro em todas as partidas será obrigatória e
a não comparência do mesmo implicará a perda de um ponto
para a equipa que deveria ter feito comparecer o juiz.
Também é vital precaver os adiamentos consecutivos de
partidas. Estando elas definidas com muita antecedência não
há motivos para esquecimentos. Como tal os adiamentos devem
apenas ser possíveis caso sejam requeridos até 48h antes da
partida e apenas aceites caso haja entendimento entre as 3
partes (equipas em jogo, e arbitro). A falta de comparência
de uma equipa deveria ser punida com derrota (9-0) e ainda a
penalização acrescida de um ponto.
Por último resta-nos agradecer à direcção o financiamento
disponibilizado para a realização do Torneio de Futsal do
INESC Porto. E à semelhança do que fizemos com as
inesquianas, lembrar os membros da Direcção e os
responsáveis pelas Unidades de que os gostaríamos de ver a
chutar o esférico no 5.º Torneio de Futsal do INESC Porto.
Um abraço e boas férias a todos.
* Colaborador
da Unidade de Optoelectrónica e Sistemas Electrónicos (UOSE)