B o l e t i m Número : 4 2 ( interno ) / 2 8 ( público ) Julho 2004
 
 


O p i n i ã o

A Vós a Razão
Leitor atento e oportuno levanta a questão sobre os critérios de atribuição de lugares de estacionamento do INESC Porto. »

Galeria do Insólito
No dia que se seguia às vitórias da nossa selecção, era notória a alegria dos inesquianos que entravam no edifício aos saltinhos, diziam bom dia a toda a gente e, mesmo nas segundas-feiras, eram simpáticos com os colegas. Alguns ainda foram mais longe... »

Asneira Livre
A propósito do Torneio de Futebol do INESC Porto, colaborador questiona: "Onde estão as colaboradoras? Porque não se inscrevem no torneio? Jogar a bola não é só para os rapazes! Contamos com todas as inesquianas na próxima época..." »

Biptoon
Bamos Indo Porreiros »

Especial
Contra a nossa vontade, temos mesmo que ir de férias no mês de Agosto. Assim, os rapazes vão para as Fiji, Polinésia Francesa, Seychelles e Austrália. As raparigas são mais modestas, vão só para as Maldivas, Bora Bora e Egipto. É a crise, não há dinheiro para mais! »

Notícias »

 

Jogar a bola não é só para os rapazes!
 


 Por Joel Carvalho  *

Em tempo de festejos para uns, de descanso e balanço para todos os outros, resta-nos deixar algumas notas relevantes.

A iniciativa de promover um torneio do género não sendo inovadora, parece-me encaixar que nem uma luva nas pretensões de uma instituição como a nossa. Como tal julgo que é uma iniciativa a continuar e promover diante todos os inesquianos. Os jogos de futebol permitem respirar, transpirar e quem sabe inspirar e motivar a todos os participantes. Em boa verdade, julgo que mais uma vez os quase três meses de ‘bola’ contribuíram para que isso acontecesse. Esperamos é que agora (os investigadores e bolseiros) não desatem a publicar compulsivamente e esgotem o dinheiro da instituição em prémios... :)

No entanto, e não poderia deixar de mencioná-lo, parece-me que este ano algumas coisas estranhas se passaram. Primeiro de tudo não posso deixar de contestar a desistência à partida de uma equipa, bem como também a de uma outra durante o torneio. Em segundo lugar, a triste constatação de que a arbitragem foi inexistente.

É digno de nota que num torneio como este o objectivo não é cilindrar, ganhar ou espezinhar colegas com quem partilhamos o mesmo espaço. A competição é sem sombra de dúvidas um dos aspectos menos relevantes. Infelizmente nem todos pensam assim... e motivados, talvez, pela constatação de que vencer seria difícil, alguns (quer equipas, quer jogadores) acabaram por decidir-se pela não comparência a tão louvável iniciativa. É triste... Ainda mais quando consideramos a principal actividade do INESC Porto é a investigação, que entre muitas outras coisas pode ser definida como a busca incessante por algo de novo e inovador. Sendo esta busca incessante, ela não deveria ter lugar para desistentes ou para aqueles que se sentem derrotados à partida.

Veja-se por exemplo a prestação da equipa da USIC. O lugar da classificação!? Pouco importa. Importante foi notar a predisposição com que compareceram a todas as partidas, a alegria demonstrada, o desportivismo, a simpatia... Isto sim, isto é perene... vale mais do que vitórias.

Mas note-se que foram muito mais os apontamentos positivos do torneio, do que os negativos. Como sempre acontece, a presença de alunos estagiários foi constante e muito importante para a promoção da sua adaptação à instituição enquanto incubadora dos seus trabalhos de final de curso. E fosse o jeito ‘prá bola’, o único avaliador disponível, diríamos que este ano teria vários recém licenciados contemplados com a nota 20. E já que falamos em nomes de equipas, porque não mencionar os nomes do João Furtado (UTM) e do Nuno Silva (UOSE) sem dúvida as duas grandes revelações da época?! Para vocês e para todos os outros estagiários, as mais sinceras felicidades e sucesso profissional.

Um aspecto importante, que merece toda a consideração é: Onde estão as colaboradoras? Porque não se inscrevem no torneio? Jogar a bola não é só para os rapazes! Contamos com todas as inesquianas na próxima época...

Lesões? Sim algumas... Mas julgo que nenhuma foi motivada por jogo violento ou maldade implicitamente empregue. Jogar futebol é mesmo isso. Uma entorse, uma pisadela, uma luxação, uma caímbra... Enfim, a razão pela qual as namoradas, as mães ou até as esposas não gostam que coloquemos os pés no ringue!

O formato do torneio, reformulado esta época, pareceu-nos também apropriado. É certo que foi longa a época, mas talvez no próximo ano isso possa ser colmatado caso o torneio comece logo no início de Abril.

Importante é definir a existência de arbitragem. Não é que os jogos sejam quezilentos ou violentos. Mas existem coisas que se podem evitar com a existência de um árbitro!

Por isso, propomos que na próxima época seja promovida uma reunião de lançamento do torneio, onde todas as equipas indicarão 2 ou 3 elementos que poderão ser usados como árbitros e serão definidas a regras gerais do jogo. A presença de árbitro em todas as partidas será obrigatória e a não comparência do mesmo implicará a perda de um ponto para a equipa que deveria ter feito comparecer o juiz.

Também é vital precaver os adiamentos consecutivos de partidas. Estando elas definidas com muita antecedência não há motivos para esquecimentos. Como tal os adiamentos devem apenas ser possíveis caso sejam requeridos até 48h antes da partida e apenas aceites caso haja entendimento entre as 3 partes (equipas em jogo, e arbitro). A falta de comparência de uma equipa deveria ser punida com derrota (9-0) e ainda a penalização acrescida de um ponto.

Por último resta-nos agradecer à direcção o financiamento disponibilizado para a realização do Torneio de Futsal do INESC Porto. E à semelhança do que fizemos com as inesquianas, lembrar os membros da Direcção e os responsáveis pelas Unidades de que os gostaríamos de ver a chutar o esférico no 5.º Torneio de Futsal do INESC Porto.

Um abraço e boas férias a todos.

 

* Colaborador da Unidade de Optoelectrónica e Sistemas Electrónicos (UOSE)

 

Asneira livre

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