Em tempo de partir para férias, estamos confrontados
com remodelações nos cargos dirigentes do
nosso país. Na área da ciência, a esperança
é que esta possa merecer uma nova atenção
e uma nova prioridade.
Não sabemos ainda quem vai ficar responsável
pela área governativa. Mas sabemos o que queremos:
uma política que aposte e apoie a excelência,
uma acção que privilegie a responsabilização
e a avaliação, uma transparência em
cada processo de decisão - e uma prioridade à
cultura e ao conhecimento.
Sabemos que desejamos que seja reconhecido e valorizado
o papel estruturante que podem ter os Laboratórios
Associados. Sabemos que desejamos que haja uma forte motivação
de todos os que devotadamente se dedicam a promover o gosto
pela ciência nos jovens, como é o caso dos
envolvidos no Ciência Viva.
Sabemos que queremos uma política estável
de apoio à atracção de recursos humanos
altamente qualificados.
Sabemos que queremos uma (sempre inexistente) política
portuguesa de ciência em Bruxelas - e que queremos
deixar de ser contribuintes líquidos da União
Europeia em programas como o IST.
Sabemos que não queremos mais políticas de
calote e de stop-and-go.