Por
Sílvio Macedo*
Fui hoje convidado para cometer a asneira do mês. O tema
é livre e a secção desresponsabiliza - Asneira Livre.
Assumindo que não há censura do Editor, seria portanto
expectável encontrar numerosas e profundas críticas ao INESC
Porto nas edições anteriores desta secção do BIP. Mas não...
Porquê? Sem demoras, aqui vai asneira!
Na minha opinião, o INESC Porto é de facto uma
instituição Excelente. Comparando com o que conheço de
outros locais, em Portugal e fora, há de facto poucas razões
para críticas sérias, de fundo, ao INESC Porto, com que
colaboro desde 1994.
Vários aspectos, que se calhar alguns desprezam,
contribuem para o sucesso: alguns simples (mas caros!) como
o acesso a boas instalações, 24h/dia, 365 dias/ano, com
segurança permanente, bar, eventos desportivos, bom ambiente
social; outros menos simples, como o BIP, apoio legal,
técnico e de secretariado, uma direcção acessível e
empenhada que até dá prémios por publicações; ou ainda
outros, complexos, como o apoio a spin-offs, numerosos
projectos com instituições públicas e privadas, o papel na
FEUP e no Porto, ou o difícil balanço entre o tamanho do I e
o tamanho do D...
Não é fácil encontrar instituições assim que
sobrevivam, e o INESC Porto vive!
No entanto...pois tinha de vir o “mas”...também na minha
opinião, o INESC Porto devia fazer mais marketing do seu
trabalho: tanto para consumo interno com relatórios e
métricas de performance em placares e e-mail; como externo,
principalmente junto dos media e em outras instituições,
seja através das suas publicações, dos seus projectos ou dos
eventos em que participa.
Feliz ou infelizmente, os Europeus são muito maus na
implementação do modelo de ciência-espectáculo que os Norte
Americanos dominam e que a CE, e a FCT adoptaram.
Concordando ou não com esta forma de fazer ciência, o certo
é que o financiamento e a qualidade dos recursos humanos
captados depende pois, hoje em dia e cada vez mais, da
imagem exportada. Publicar, anunciar ou até vender, devem
assumir a maior importância.
Finalmente, vai um “mas” também para a falta de árvores
no INESC Porto, no Campus, e até no Porto. Infelizmente, já
nem notamos a quantidade de betão cinzento que nos rodeia...
Uma visita ao MIT (http://tinyurl.com/2jr34)
e ao Imperial
(http://tinyurl.com/2ts2q)
justificará a crítica.
Se sobre as árvores, o INESC Porto pouco poderá fazer,
quanto ao marketing, esse está mesmo nas mãos de cada um de
nós!
Saudações Inesquianas!
* Colaborador
da Unidade de Telecomunicações e Multimédia (UTM)