Os números não mentem. Em 2004, registaram-se 60 notícias
sobre o INESC Porto na Imprensa, enquanto no ano anterior
foram apenas 21. Em 2005, até à data de saída desta edição,
já foram publicadas 12 notícias. Em pleno ano de comemoração
dos 20 anos do INESC no Porto, o BIP resolveu investigar o
motivo desta crescente visibilidade. Questionámos os
directores e coordenadores das Unidades. Não perca as
respostas...
Vladimiro
Miranda, director
“Fico algo satisfeito pelo aumento de cobertura
noticiosa sobre o INESC Porto, mas estou muito longe de
estar muito satisfeito. Porém, a situação anterior era muito
má. Julgo que a acção, em 2004, do nosso colega Pimenta
Alves, redefinindo orientações para a relação com a
comunicação social, teve algum efeito no crescimento
apontado.
Por outro lado, também é verdade que se nota que os
jornais portugueses têm vindo a evoluir na percepção das
coisas da ciência e da técnica. Gostaria de ter esperança
que isso representasse também uma evolução no público
leitor, mas também tenho que ter em conta o efeito educativo
dos media e a avaliação é globalmente positiva.
Acho, por isso, de extrema importância que também
internamente os nossos investigadores se preparem para uma
relação com os media mais exigente mas, ao mesmo tempo, mais
prestável e disponível. Vem-me à memória a iniciativa que a
DIP tomou de organizar um encontro com um jornalista sobre
este tema e julgo que haveríamos de repetir.
Seria muito importante que, no ano dos 20 anos, a
cobertura jornalística fosse RELEVANTE...”
Graça
Barbosa, responsável do DIL
“Talvez estejamos a fazer coisas mais interessantes -
para a imprensa e para o público em geral! Se for isso, acho
que estamos no bom caminho!
Ou talvez porque a Ciência e Tecnologia / Investigação,
Desenvolvimento e Inovação (já para não falar do
Empreendedorismo!) tenham, nos últimos tempos, passado a
estar na moda e os "Media" seguem muito essas tendências!
Tanto melhor para nós e oxalá saibamos aproveitar as
oportunidades!
Provavelmente, a nossa atitude perante a comunicação
social também se alterou, mas penso que este não será o
factor mais determinante!”
Ireneu
Dias, coordenador-adjunto da UOSE
O INESC Porto tem tido uma maior visibilidade nos media.
Parece-me o corolário de um trabalho longo, esforçado, de
bastidores e bem feito. Por outro lado, tem havido uma maior
sensibilidade dos investigadores do INESC Porto para a
relevância da visibilidade da nossa actividade junto dos
decisores públicos.
Luís Maia Carneiro, coordenador da UESP
“O aumento da presença do INESC Porto nos Media tem
aumentado significativamente nos últimos meses. Penso que um
trabalho mais intenso do Serviço de Comunicação e da Mediana
(empresa que presta o serviço de assessoria de imprensa ao
INESC Porto) conjugado com o debate sobre as questões da tecnologia e
inovação durante a campanha eleitoral terão contribuído para
este aumento.”
Manuel
Matos, coordenador da USE
“É difícil saber ao certo as razões (e mesmo se é uma
situação transitória ou sustentada), mas não tenho dúvidas
de que existe uma maior sensibilidade no INESC Porto em
relação a este assunto, até por reacção a uma anterior falta
de visibilidade que tínhamos a sensação de ser injusta, por
comparação com a visibilidade de outras instituições que
conhecemos.
Suponho que já passámos também a fase seguinte, que é
reconhecer que a tal possível injustiça ocorrerá em grande
parte por nossa culpa, ao não nos darmos a conhecer. Em
consequência, parece-me existir uma maior predisposição para
trabalhar no sentido da divulgação da nossa actividade e
resultados, mas ainda estamos no início do processo de
transformar isso num hábito, contrariando uma cultura de
excessiva modéstia com raízes muito fundas na sociedade
portuguesa.
Portanto, e apesar destes sinais positivos, o aumento de
visibilidade é capaz de ser ainda fundamentalmente resultado
do empenho do Serviço de Comunicação, na sequência de
orientações estratégicas da DIP. O seu a seu dono.”
José
Carlos Caldeira, director
“Acho que esse aumento se deve à conjugação de diversos
factores, nomeadamente:
- À crescente importância mediática e política da ciência e
sobretudo da inovação.
- À actividade do INESC Porto se posicionar em áreas que têm
estado na "moda", como, por exemplo, a votação electrónica,
o MIBEL, etc.
- Ao esforço que tem sido feito no sentido de aumentar a
visibilidade externa da instituição.
- Por último (mas mais importante) ao facto do INESC Porto
ser realmente uma instituição de referência a nível nacional
e internacional em diversas vertentes, nomeadamente em
algumas áreas científicas e tecnológicas, em transferência
de tecnologia e gestão de inovação e também no que diz
respeito ao seu próprio modelo organizacional e de gestão.”
Isabel Correia, interlocutora da Mediana
“Creio que a visibilidade do INESC Porto tem aumentado em
proporção com o estreitamento da ligação que se tem vindo a
estabelecer com os jornalistas. Em 2004, notou-se uma
receptividade maior dos jornalistas para os projectos, bem
como uma predisposição e abertura do INESC Porto para a
transmissão da actividade da instituição.”
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