Por Luís Miguel Proença*
Em breve se iniciarão as hostilidades num dos
campeonatos mais competitivos do velho continente. Mais
intenso do que uma novela mexicana, mais empolgante que o
caso Jardel, mais arrebatador do que o Big Brother!
É a Premier League! É a Super-Liga! É a Liga
Espanhola!
Não! É a Ninguém-Me-Liga! É o torneio do INESC Porto!
Depois de um merecido repouso de vários meses e de uma
época festiva profundamente desgastante a nível físico e
psicológico, as equipas reforçadas e em plena forma vão
iniciar em Maio essa autêntica maratona desportiva, essa
extraordinária aventura, essa batalha sem quartel que é o
inefável torneio de futebol de sala do INESC Porto!
A época ainda está no seu começo e já os dirigentes
de cada grupo movimentam-se fervorosamente nos bastidores,
tentando pressionar e influenciar os jogos antes mesmo de
eles terem início!
Os jogadores, conscientes de que depois do bolo-rei vem o
desporto-rei, sabedores de que os olhos do
nacional-futebolismo estão postos sobre as suas fintas e
golos, afinam a sua cuidada linguagem com mais e melhores
palavrões.
Os árbitros, acima de todas as polémicas geradas pela
sua actividade, lêem afanosamente o livro de regras
tentando determinar com quantas bolas se joga e de quantas
balizas deverão estar no campo.
E, claro, nunca esquecer a sempre ignorada e maltratada
bola, vítima da extraordinária qualidade dos nossos
jogadores. O jogo não estaria completo sem essa desgraçada
que os árbitros usam para levar os jogadores a cometer
faltas!
Bute nessa, pessoal! Vamos lá gastar os milhares de
KiloJoules acumulados em filhós e rabanadas e dar grandes
alegrias a essa imensa massa de adeptos do desporto do povo!
Bute nessa, retirar as chuteiras do pó e os calções do
fundo dos armários e dar uns pontapés na rapaqueca!
E que ganhe o melhor... (ou seja, nós! :-)
*
Colaborador da Unidade de Sistemas de Energia (USE)