Estrangeiros no INESC Porto
consideram adaptação satisfatória
Conseguir alojamento, integrar esposa/marido no mercado de
trabalho, tratar de transportes e, porventura, inscrever os
filhos em escolas portuguesas ... não são tarefas fáceis para
quem vem a Portugal pela primeira vez e, normalmente, nem sabe
falar a nossa língua.
Sempre atento à componente humana de cada colaborador, o BIP
procurou avaliar as dificuldades que sente investigador ou
bolseiro estrangeiro que chega ao nosso país com a família e
tem que se adaptar ao país, à cidade e ao INESC Porto.
Questões |
1
- Desde quando está em
Portugal e no INESC Porto?
2 - A sua família veio
consigo?
3 - A sua esposa/namorada
encontrou emprego em Portugal? O que é que ela faz actualmente?
4 - O que pensa sobre a
adaptação ao nosso país? Tem sido difícil?
5 - Na sua opinião, o que
podia ser feito para facilitar essa adaptação?
6 - Que principais diferenças
encontra entre o modo de viver em Portugal e no seu país?
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Gerald Bernard Sheblé, americano, Unidade de Sistemas de
Energia
1- Vim em Setembro de 2002 e vou estando cá por pequenos
períodos de tempo. Neste semestre vou ficar dois meses
seguidos para trabalhar no INESC Porto e na Universidade do
Porto.
2- Sim, a minha esposa veio comigo.
3 - Não, a minha esposa está a trabalhar na coreografia do
seu próximo espectáculo (que decorrerá nos E.U.A.).
4 - Não é difícil, só é necessário ser paciente e ter
vontade de aprender os costumes locais.
5 - Aprender a saber quais são as diferenças.
6 - Tal como já referi noutra entrevista, as principais
diferenças têm a ver com a condução (os portugueses têm uma
legislação mais aberta), as lojas (vocês ainda têm muitas
lojas pequenas, nós só temos grandes superfícies), a
qualidade da comida (a vossa é consideravelmente melhor do que
a dos EUA). As pessoas também são bastante acessíveis. Apesar
de o meu português não ser muito bom, sinto que cá as pessoas
são comunicativas e integram-nos perfeitamente.
Edgardo Castronuovo, argentino, Unidade de Sistemas de
Energia
1- Desde Novembro 2002.
2- Sim, trouxe a minha esposa.
3 - A minha esposa não pode trabalhar no país pelo visto
concedido (de acompanhante). Ela está a concluir a sua tese de
mestrado, a ser apresentada na Fiocruz, Rio de Janeiro, Brasil.
4 - Não, a gente é muito boa e tem nos recebido muito bem.
Os integrantes da Unidade de Energia tem se preocupado muito em
ajudar-nos nesta etapa de adaptação.
5 - O INESC Porto poderia ter alojamentos temporários (o
convénio com algum hotel) para albergar a baixo preço os
numerosos pesquisadores estrangeiros que vem por pouco tempo, ou
estão procurando apartamento para alugar.
6 - Não tem muitas diferenças. Argentina, como tantos
outros países, tem sido colonizado pelos europeus, pelo que a
maioria dos costumes são os mesmos. Somente diferenças de
idioma, algumas de alimentação (muito mais peixe e carne de
porco). Uma diferença importante é na antiguidade dos prédios
da região central do Porto, a qual é muito antiga e bem
mantida.
José Lima Barreiros, brasileiro, Unidade de Sistemas de
Energia
1- Desde Janeiro deste ano.
2- Sim, a minha esposa e a minha filha.
3 - Minha esposa (Márcia) ainda não encontrou emprego. Ela
só tem estado a cuidar do lar e de nossa filha, mas pensa em
fazer algum curso (línguas estrangeiras ou aprimoramento
profissional, visto que é Assistente Social), ou trabalhar,
mesmo que como voluntária, em expediente reduzido (duas vezes
por semana).
4 - A adaptação a Portugal não é difícil para
brasileiros. Como chegámos em pleno inverno, só estranhamos o
frio.
5 - De modo geral, o pessoal tem sido amistoso e facilita a
adaptação. Qualquer proposta adicional para facilitar mais a
adaptação poderia ser bem-vinda.
6 - Não muitas. A maioria das coisas é bem semelhante.
Bogdan Lucus, romeno, Unidade de Sistemas de Energia
1- Estou em Portugal desde Fevereiro de 2001 e no INESC Porto
desde Julho de 2002.
2- Só a namorada.
3 - Sim, encontrou, mas não gosta. Trabalha numa pastelaria.
4 - No início foi difícil, mas agora não tenho nenhum
problema.
5 - Nada.
6 - A Roménia e Portugal são muito semelhantes, então.....
Marcus Vinicius Nunes, brasileiro, Unidade de Sistemas de
Energia
1- Cheguei no dia 8 de Janeiro de 2003.
2- Sim, a minha esposa.
3- Não encontrou. Actualmente realiza pesquisas com vistas
ao doutoramento.
4- Não achei a adaptação difícil.
5- Possivelmente algum esquema de confraternização no INESC
Porto para as pessoas que chegarem.
6- Do meu ponto de vista, são mais os aspectos culturais e
as características geofísicas próprias.
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