INESC Porto
Galeria Jorge de Sena
Boletim INESC Porto
 
B o l e t i m N ú m e r o : 3 4 ( i n t e r n o ) / 2 0 ( p ú b l i c o )
 
 


O p i n i ã o

A Vós a Razão
Leitor partilha:"Argumenta-se frequentemente que não conseguimos inovar porque o investimento em I&D não é suficiente. Este argumento, na minha opinião é apenas parcialmente verdade."»

Galeria do Insólito
Orlando Frazão da UOSE apresenta-nos a segunda parte do seu “Dicionário Óptico”. Aqui fica uma amostra: “Estrafuheida-se - Palavrão do século. É difícil de dizer e de escrever, soa mal, e não diz nada. Nota: poucos conseguem dizer à primeira”»

Asneira Livre
Leitor desabafa: “Quando aqui cheguei, o INESC era quase como uma família, hoje não é assim... é triste ver que as pessoas quase não falam nem discutem os problemas que a todos interessam, chegando à situação de nem um simples “Bom Dia” ser dito”. »

Biptoon
Bamos Indo Porreiros »

Especial
Fomos "apanhados" na reunião mensal do BIP. Pelas fotos pode perceber como é monótono e aborrecido produzir o BIP todos os meses...»

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Ao celebrar o terceiro aniversário

BIP “salvo” pelos leitores

Em Outubro de 2000 era lançado o número zero do Boletim do INESC Porto. Os anos foram passando e a nossa criança já sabe andar e falar... Em jeito de balanço, quisemos saber o que os leitores pensam REALMENTE do BIP, pelo que pedimos desculpa, mas fizemos “bluff”. Enviámos um e-mail a uma amostra significativa de inesquianos dizendo que o BIP corria perigo de extinção e pedimos uma oração fúnebre. O resultado foi muita tristeza e indignação, o que nos deixa obviamente felizes.

O nascimento do BIP
Na sequência de um inquérito realizado em Maio de 2000 sobre a comunicação no INESC Porto, foi notória a necessidade de se criar um órgão de informação interna que mantivesse mensalmente os colaboradores informados sobre as actividades e projectos do INESC Porto.

Assim nasceu o Boletim do INESC Porto, mais conhecido por BIP. Nesse mesmo inquérito, pedia-se aos colaboradores que atribuíssem um nome a um hipotético boletim informativo. Poucos devem saber que José Silva Matos (UTM) e João Cardoso (UESP) sugeriram “BIP”, a Direcção apreciou  e assim foi baptizado o nosso boletim.

A equipa redactorial

Todos os meses, normalmente na primeira semana do mês, Vladimiro Miranda, José Luís Santos, António Lucas Soares, José Carlos Sousa, Rute Ferreira e Sandra Pinto reúnem-se na sala de reuniões da Direcção. É a típica reunião de Agenda onde se decidem os assuntos em foco de cada edição do BIP.

Vladimiro Miranda é director do INESC Porto e professor catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. É também, desde o seu início, o director do BIP e, indiscutivelmente, uma das mentes mais criativas da equipa. Já teve várias experiências em jornalismo, desde os tempos em que participou activamente na concepção do jornal do "famoso" Liceu de Gaia até colaborações no Jornal de Notícias e mesmo num pasquim que dava pelo nome de “O Porto” e que era o jornal oficial do FCP.

O director aprecia a comunicação e a escrita e considera nobre fazê-lo com ética. Relativamente às secções do BIP, Vladimiro Miranda admite que adora o cartoon “Bamos Indo Porreiros”. “Passo horas de gargalhada a pensar nele, antes e depois... mas gosto também muito de "A Vós a Razão", porque muita coisa séria tem sido vertida em verbo pelos nossos colaboradores, ganhando dimensões que, de outro modo, não seriam possíveis”, justifica.

Se pudesse convidar uma figura pública para integrar a equipa do BIP, Vladimiro Miranda hesita entre “Mário B. Resendes, pela competência que traria, Larry King, pela mediatização que implicaria, e Laeticia Casta, por, enfim”...

Ao participar na produção mensal do BIP, o director sente “paixão, solidariedade, resmas de gozo”... Questionado sobre o que o BIP tem melhor face aos melhores jornais nacionais, Vladimiro Miranda tem resposta pronta: “Tem mais de nós”. Et voilá...

José Luís Santos é o coordenador da Unidade de Optoelectrónica e Sistemas Electrónicos (UOSE) do INESC Porto e professor associado da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (Campo Alegre).

Integra a equipa do BIP desde a sua formação e não é com pouca dificuldade que consegue participar nas reuniões mensais do Boletim, mas o seu esforço é unanimemente apreciado, pois a sua presença é considerada por todos imprescindível.

Apesar de sentir que a ciência o atrai mais, o físico José Luís Santos confessa que o jornalismo não andava longe na seriação dos sonhos profissionais.

Quando lhe pedem para escolher uma personalidade, nacional ou estrangeira, para integrar a equipa do BIP, José Luís Santos admite a sua imodéstia. “Escolhia o Secretário Geral das Nações Unidas”, afirma com convicção.

Em relação ao BIP, não consegue escolher a secção que mais gosta, pois todas lhe agradam muito. Orgulhoso por participar na produção mensal do boletim, José Luís Santos revela três sentimentos distintos: “Angústia, (meu Deus, mais uma reunião!), Libertação (isto está a ter piada - durante as reuniões) e Relaxe (uma autêntica massagem mental - depois da reunião do BIP)”.

António Lucas Soares é o benjamim do grupo, não pela sua idade, mas por ter sido o último a integrar a equipa. Investigador da Unidade de Engenharia de Sistemas de Produção (UESP) e professor na FEUP, Lucas Soares admite que o jornalismo foi um sonho sempre presente na sua vida. “Sempre sonhei apresentar o jornal nacional ao lado da MMG”, declara bem disposto.

A exemplo da generalidade dos leitores do BIP, a secção que Lucas Soares mais aprecia é o cartoon “Bamos Indo Porreiros”. Se lhe oferecessem a hipótese de convidar uma figura pública para integrar a equipa do BIP, o professor escolheria Bárbara Guimarães. “Para a Galeria Jorge de Sena”, justifica. Questão da equipa: quem fotografaria esta peça de arte de carne e osso?

António Lucas Soares confessa que participar na produção mensal do BIP desperta nele sentimentos de euforia, êxtase e surpresa. Talvez seja porque, na sua opinião, o que o BIP tem de melhor do que as destacadas publicações nacionais é a equipa redactorial.

José Carlos Sousa é técnico do Departamento de Comunicações e Informática (DCI) e frequenta actualmente o mestrado em “Redes e Serviços de Comunicação” da FEUP.

Integrando desde sempre a equipa do BIP, José Carlos Sousa tem uma participação na produção do boletim que ultrapassa largamente o foro informático, sendo muitas vezes responsável pelas ideias mais criativas e originais.

No que diz respeito às secções do BIP, José Carlos Sousa é fã nº 1 do cartoon “Bamos Indo Porreiros” porque, na sua opinião, podem dizer-se umas 'berdades' a 'vrincar'... Para integrar a equipa redactorial, o técnico escolheria a Ministra das Finanças. “O nosso grande desafio seria tentar convencer a senhora de que o BIP devia ter pelo menos 2 páginas...”, justifica.

Questionado sobre o que tem o BIP melhor do que as grandes publicações nacionais, José Carlos Sousa não tem dúvidas. “A informação é gerada dentro do Instituto...é um novo filho todos os meses”, explica.

Na equipa redactorial desde a formação do BIP, José Carlos confessa que sente “Orgulho”, pelos três verões do Boletim, “Saudade”, ao desfolhar o nosso álbum de recordações e “Satisfação”, quando divulgamos o que de melhor se faz no INESC Porto.

Rute Ferreira pode não ser internacionalmente conhecida, mas os seus desenhos são de certeza conhecidos e apreciados pelos colaboradores do INESC Porto. A mais nova da equipa tem formação em Design e Multimédia e é a cartoonista do BIP. É ela quem desenha todos os meses os bonecos do “Bamos Indo Porreiros”, que fazem as delícias dos leitores do BIP.

Integrando a Unidade de Sistemas de Energia, Rute Ferreira tem sido responsável por outros trabalhos de carácter geral, como o design actual (e anterior) do BIP e o último postal de Natal electrónico do INESC Porto.

Quanto ao Boletim, não é de espantar que a secção preferida de Rute Ferreira seja o cartoon “Bamos Indo Porreiros”. “É esta secção que faz a diferença no BIP”, reforça.

A desenhadora divide em três momentos a concepção do cartoon do BIP ao longo dos tempos: “Inicialmente era divertido, depois começou a ser de rir, agora tem dias que é à gargalhada”. Quando lhe perguntámos qual foi a pessoa do INESC Porto que lhe deu mais trabalho a desenhar, Rute Ferreira não hesita em nomear José Carlos Dores (DIL/RH). “Um verdadeiro «cromo» como aquele não é possível fazer igual”, explica.

Se pudesse convidar uma figura pública para integrar a equipa do BIP, Rute Ferreira responde bem humorada: “escolhia o Valentim Loureiro, porque assim o Prof. Vladimiro dizia «mata» e ele dizia «esfola» :)))”.

Sandra Pinto trabalha no Serviço de Comunicação e é responsável pela recolha de artigos e redacção de notícias para o BIP. Desde pequena que adora ler, escrever, enfim... comunicar. “Na escola primária, apanhei várias reguadas por falar demais”, revela.

A técnica de comunicação sente dificuldades em indicar a secção de que mais gosta no BIP por estar envolvida em todas. Admite que sente um carinho especial pelas secções “Bamos Indo Porreiros”, “Galeria do Insólito” e “Roleta Russa” pois considera que “fazem a diferença em relação às publicações institucionais cinzentas e chatas”.

Para integrar a equipa do BIP, Sandra Pinto convidaria Gabriel García Marquez (para conviver uma vez por mês com um dos seus escritores preferidos) e todos os colaboradores do INESC Porto (um em cada mês). “A sério, não é para passar a graxa, só gostava que soubessem como é divertido fazer o BIP”, argumenta.

Questionada sobre o que o BIP tem melhor do que as melhores publicações nacionais, a técnica de comunicação não precisou de pensar muito: “É mais barato, mais divertido e não suja as mãos”. Para terminar, Sandra Pinto confessa que fazer o BIP a realiza profissionalmente, além de a encher de alegria e de orgulho, sobretudo por saber que a publicação agrada aos leitores..

Não seríamos justos se não destacássemos ainda o empenho incondicional de António Carlos Sá do DCI, que trata de gerar a versão electrónica do BIP, mês após mês. Os nossos agradecimentos pelo profissionalismo, paciência e dedicação.

Os momentos mais marcantes

Após o seu lançamento em Outubro de 2000, o BIP já tem uma história para contar. Em Fevereiro de 2001, Flávia Ferreira (DIP) vencia o BIP Concurso, que pedia sugestões para concursos. “Rir para Descontrair” foi a ideia eleita, que entrou em vigor em Março de 2001. As anedotas vencedoras das três fases do concurso foram as de Marco Rocha (USIC), Fernando Garrido Silva (USIC) e Pedro Branco (Custos e Benefícios Comuns).

Em Junho de 2001 foi lançado o concurso de fotografia “Olho BIP”, vencido por António Lucas Soares (UESP), Marcus Dahlem (UOSE), Ireneu Dias (UOSE) e Fernando Sousa (DCI). Os prémios foram entregues numa sessão comemorativa do primeiro aniversário do BIP, que contou com uma exposição das fotografias a concurso e de algumas secções destacadas do BIP e com um painel sobre "A Comunicação como Instrumento de Coesão e Afirmação nas Instituições de Ciência e Tecnologia”.

Em Fevereiro de 2002, ao lançarmos o 15º número, o BIP tornou-se pela primeira vez acessível do exterior. Em Abril do mesmo ano, António Lucas Soares substituiu João José Pinto Ferreira, que devido a missões importantes na UESP já não podia garantir a sua colaboração assídua.

Em Julho de 2002 foi lançada a segunda edição do concurso de fotografia do BIP, que viria a ter como vencedores José Carlos Dores (DIL), Cláudio Monteiro (USE), João Paulo Rodrigues (USIC) e Fernando Sousa (DCI).

O segundo aniversário do BIP, em Outubro de 2002, comemorou-se com o lançamento de um novo design gráfico, mais uma vez da autoria de Rute Ferreira, desenhadora de serviço na equipa. Em Março de 2003 era lançado o concurso "Quadras de S. João", que viria a ser vencido por Jorge Santos (DIL).

O teste à popularidade

Carentes de elogios, ao comemorarmos o terceiro aniversário, resolvemos pregar uma partida aos nossos queridos leitores. Pedimos muita desculpa aos inquiridos, mas fizemos “bluff”. Enviámos um e-mail a uma amostra significativa de colaboradores dizendo que o BIP corria perigo de extinção por razões financeiras e pedimos uma oração fúnebre.

Os leitores que responderam mostraram desilusão, tristeza, e mesmo indignação. Ficámos felizes por sentirmos o nosso trabalho tão apreciado, mas temos consciência de que nos arriscámos a receber respostas do género: “Acho bem que o BIP acabe, na verdade não era grande coisa”. Felizmente isso não aconteceu, tal como comprovam as seguintes respostas:

“Vi, nascer-te pequenino

Vi, crescer devagar

Vi, ser-te o elo de nós todos

Que pena ver-te terminar

 

 

Tudo na vida começa

Tudo na vida termina

BIP Pequenino fica

Nem que seja por mais um bocadinho”

 

“O quê? Não posso acreditar que até isso vai acabar??!!! Nem consigo pensar na morte do BIP, ainda é tão novinho, tem só 3 aninhos...que tristeza!”

 

“NNNNNNNNNÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOO!!!!!!!

Com a extinção do BIP é o INESC PORTO que começa a morrer! Ou...será que já está a morrer???

Se está a morrer, devemos tomar medidas para o salvar! Mas todos, todos e todos!

Será que a causa da enfermidade do INESC PORTO é o BIP? Ou haverá várias outras causas!!!!

Vamos todos salvar o BIP!!!”

 

“:o( Será um perda lastimável !!! É uma MUITO BOA forma de sabermos o que o INESC Porto vai fazendo e de nos conhecermos melhor. Espero que o BIP não encerre!”

 

“Extinguir o BIP? Tenho pena, muita pena mesmo... Gosto muito e leio-o de uma ponta à outra. Acho que a equipa tem feito um óptimo trabalho.

Por razões económicas? Essa preocupa-me MESMO.

É assim tão dispendioso editar o BIP? Não faço ideia dos custos, mas preocupa-me pensar que continuamos a cortar em pequenas coisas (ou talvez não) primeiro a racionalização da água, agora a extinção do BIP.”

 

“Acho que pior do que extinguir o BIP, é confessar que se está a considerar essa hipótese por razões económicas. A esta hora, outros, além de mim, estarão provavelmente a pensar: E a seguir? vão extinguir o quê, ou que posto de trabalho?”

 

“Na minha opinião, o BIP foi uma das melhores (senão a melhor) iniciativas levadas a cabo no INESC Porto. É um veículo privilegiado de informação, cheio de criatividade e bom humor. Penso que quer internamente quer ao nível da comunicação para o exterior muito se perderia com a sua extinção!

Não estou muito inspirada para escrever uma "oração fúnebre" mas não poderia deixar de partilhar a minha opinião sobre este assunto.”

 

"Porquê a Racionalização Económica? E porquê o BIP? Quanto custa fazer o BIP??" - é única coisa para já que posso questionar! Oração fúnebre...só se for para o INESC em geral!!”

 

“Cara Equipa do BIP,

A possível extinção do BIP deixa-me consternada! Peço imensa desculpa, mas a minha vontade não seria escrever um elogio fúnebre, mas sim um Manifesto!

O BIP ultrapassou há muito tempo o seu simples papel de boletim informativo, sendo uma autêntica lufada de ar fresco quando comparado com as comunicações monocórdicas meramente destinadas ao bom funcionamento do INESC Porto.

Ao ritmo da actividade do INESC Porto, o BIP foi quebrando a rotina, tornando-se num espaço de troca entre todos os membros do instituto. Pergunto: onde mais se espelha a alma do INESC Porto a não ser no BIP?! A coesão no seio de um organismo é fundamental para o seu bom funcionamento. Temo que com o fim do BIP, toda a informação veiculada, que contribui para uma ideia de identidade e de unidade do INESC Porto, desapareça com ele.

O INESC Porto não pode esquecer que a sua maior força é e será sempre os seus recursos humanos, leia-se “colaboradores”. Neste sentido, não pode deixar de apostar num ambiente de trabalho descontraído e flexível (para o qual o BIP muito contribui!) onde as capacidades e motivações dos seus colaboradores possam despertar.

Assim sendo, o BIP não pode extinguir-se!”

 

“O quê, o BIP vai ser extinto, nem pensar...isso de extinção leva-nos ao período jurássico...dinossauros e afins.

Por isso não é preciso oração fúnebre para o BIP.”

 

“Os meus pêsames:)

aqui vai uma sugestão para, uma oração fúnebre não diria, mas um pensamento:)

Não importa se demora 3 dias ou 3 anos...mas todos aguardamos que ressuscite!”

 

“NNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNN

ÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOO

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!

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O BIP é a principal forma de nos conhecermos melhor, de saber as actividades desenvolvidas no INESC PORTO, de conhecer o que de melhor e mais notório se faz nesta "casa ".

É por vezes a única forma de mandar umas "bocas" e de alertar para certas situações, que de outra forma seria quase impossível.

Os meus agradecimentos a toda a equipa do BIP e com a esperança de não ouvir o canto do BIP (do cisne).”