Em Outubro de 2000 era lançado o número zero do Boletim
do INESC Porto. Os anos foram passando e a nossa criança já
sabe andar e falar... Em jeito de balanço, quisemos saber o
que os leitores pensam REALMENTE do BIP, pelo que pedimos
desculpa, mas fizemos “bluff”. Enviámos um e-mail a uma
amostra significativa de inesquianos dizendo que o BIP
corria perigo de extinção e pedimos uma oração fúnebre. O
resultado foi muita tristeza e indignação, o que nos deixa
obviamente felizes.O nascimento do BIP
Na sequência de um inquérito realizado em Maio de 2000 sobre
a comunicação no INESC Porto, foi notória a necessidade de
se criar um órgão de informação interna que mantivesse
mensalmente os colaboradores informados sobre as actividades
e projectos do INESC Porto.
Assim nasceu o Boletim do INESC Porto, mais conhecido por
BIP. Nesse mesmo inquérito, pedia-se aos colaboradores que
atribuíssem um nome a um hipotético boletim informativo.
Poucos devem saber que José Silva Matos (UTM) e João Cardoso
(UESP) sugeriram “BIP”, a Direcção apreciou e assim foi baptizado o nosso
boletim.
A
equipa redactorial
Todos os meses, normalmente na primeira semana do mês,
Vladimiro Miranda, José Luís Santos, António Lucas Soares,
José Carlos Sousa, Rute Ferreira e Sandra Pinto reúnem-se na
sala de reuniões da Direcção. É a típica reunião de Agenda
onde se decidem os assuntos em foco de cada edição do BIP.
Vladimiro Miranda é director do INESC Porto e professor
catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto. É também, desde o seu início, o director do BIP e,
indiscutivelmente, uma das mentes mais criativas da equipa.
Já teve várias experiências em jornalismo, desde os tempos
em que participou activamente na concepção do jornal do
"famoso" Liceu de Gaia até colaborações no Jornal de
Notícias e mesmo num pasquim que dava pelo nome de “O Porto”
e que era o jornal oficial do FCP.
O
director aprecia a comunicação e a escrita e considera nobre
fazê-lo com ética. Relativamente às secções do BIP,
Vladimiro Miranda admite que adora o cartoon “Bamos Indo
Porreiros”. “Passo horas de gargalhada a pensar nele, antes
e depois... mas gosto também muito de "A Vós a Razão",
porque muita coisa séria tem sido vertida em verbo pelos
nossos colaboradores, ganhando dimensões que, de outro modo,
não seriam possíveis”, justifica.
Se pudesse convidar uma figura pública para integrar a
equipa do BIP, Vladimiro Miranda hesita entre “Mário B.
Resendes, pela competência que traria, Larry King, pela
mediatização que implicaria, e Laeticia Casta, por,
enfim”...
Ao participar na produção mensal do BIP, o director sente
“paixão, solidariedade, resmas de gozo”... Questionado sobre
o que o BIP tem melhor face aos melhores jornais
nacionais, Vladimiro Miranda tem resposta pronta: “Tem mais
de nós”. Et voilá...
José
Luís Santos é o coordenador da Unidade de Optoelectrónica e
Sistemas Electrónicos (UOSE) do INESC Porto e professor
associado da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
(Campo Alegre).
Integra a equipa do BIP desde a sua formação e não é com
pouca dificuldade que consegue participar nas reuniões
mensais do Boletim, mas o seu esforço é unanimemente
apreciado, pois a sua presença é considerada por todos
imprescindível.
Apesar
de sentir que a ciência o atrai mais, o físico José
Luís Santos confessa que o jornalismo não andava longe na
seriação dos sonhos profissionais.
Quando lhe pedem para escolher uma personalidade,
nacional ou estrangeira, para integrar a equipa do BIP, José
Luís Santos admite a sua imodéstia. “Escolhia o Secretário
Geral das Nações Unidas”, afirma com convicção.
Em relação ao BIP, não consegue escolher a secção que
mais gosta, pois todas lhe agradam muito. Orgulhoso
por participar na produção mensal do boletim, José Luís
Santos revela três sentimentos distintos: “Angústia, (meu
Deus, mais uma reunião!), Libertação (isto está a ter piada -
durante as reuniões) e Relaxe (uma autêntica massagem mental
- depois da reunião do BIP)”.
António Lucas Soares é o benjamim do grupo, não pela sua
idade, mas por ter sido o último a integrar a equipa.
Investigador da Unidade de Engenharia de Sistemas de
Produção (UESP) e professor na FEUP, Lucas Soares admite que
o jornalismo foi um sonho sempre presente na sua vida.
“Sempre sonhei apresentar o jornal nacional ao lado da MMG”,
declara bem disposto.
A
exemplo da generalidade dos leitores do BIP, a secção que
Lucas Soares mais aprecia é o cartoon “Bamos Indo
Porreiros”. Se lhe oferecessem a hipótese de convidar uma
figura pública para integrar a equipa do BIP, o professor
escolheria Bárbara Guimarães. “Para a Galeria Jorge de
Sena”, justifica. Questão da equipa: quem fotografaria esta
peça de arte de carne e osso?
António Lucas Soares confessa que participar na produção
mensal do BIP desperta nele sentimentos de euforia, êxtase
e surpresa. Talvez seja porque, na sua opinião, o que o BIP
tem de melhor do que as destacadas publicações nacionais é a
equipa redactorial.
José
Carlos Sousa é técnico do Departamento de Comunicações e
Informática (DCI) e frequenta actualmente o mestrado em
“Redes e Serviços de Comunicação” da FEUP.
Integrando desde sempre a equipa do BIP, José Carlos
Sousa tem uma participação na produção do boletim que
ultrapassa largamente o foro informático, sendo muitas vezes
responsável pelas ideias mais criativas e originais.
No
que diz respeito às secções do BIP, José Carlos Sousa é fã
nº 1 do cartoon “Bamos Indo Porreiros” porque, na sua
opinião, podem dizer-se umas 'berdades' a 'vrincar'... Para
integrar a equipa redactorial, o técnico escolheria a
Ministra das Finanças. “O nosso grande desafio seria tentar
convencer a senhora de que o BIP devia ter pelo menos 2
páginas...”, justifica.
Questionado sobre o que tem o BIP melhor do que as
grandes publicações nacionais, José Carlos Sousa não tem
dúvidas. “A informação é gerada dentro do Instituto...é um
novo filho todos os meses”, explica.
Na equipa redactorial desde a formação do BIP, José
Carlos confessa que sente “Orgulho”, pelos três verões do
Boletim, “Saudade”, ao desfolhar o nosso álbum de
recordações e “Satisfação”, quando divulgamos o que de
melhor se faz no INESC Porto.
Rute
Ferreira pode não ser internacionalmente conhecida, mas os
seus desenhos são de certeza conhecidos e apreciados pelos
colaboradores do INESC Porto. A mais nova da equipa tem
formação em Design e Multimédia e é a cartoonista do BIP. É
ela quem desenha todos os meses os bonecos do “Bamos Indo
Porreiros”, que fazem as delícias dos leitores do BIP.
Integrando a Unidade de Sistemas de Energia, Rute
Ferreira tem sido responsável por outros trabalhos de
carácter geral, como o design actual (e anterior) do BIP e o
último postal de Natal electrónico do INESC Porto.
Quanto
ao Boletim, não é de espantar que a secção preferida de Rute
Ferreira seja o cartoon “Bamos Indo Porreiros”. “É esta
secção que faz a diferença no BIP”, reforça.
A desenhadora divide em três momentos a concepção do
cartoon do BIP ao longo dos tempos: “Inicialmente era
divertido, depois começou a ser de rir, agora tem dias que é
à gargalhada”. Quando lhe perguntámos qual foi a pessoa do
INESC Porto que lhe deu mais trabalho a desenhar, Rute
Ferreira não hesita em nomear José Carlos Dores (DIL/RH).
“Um verdadeiro «cromo» como aquele não é possível fazer
igual”, explica.
Se pudesse convidar uma figura pública para integrar a
equipa do BIP, Rute Ferreira responde bem humorada:
“escolhia o Valentim Loureiro, porque assim o Prof.
Vladimiro dizia «mata» e ele dizia «esfola» :)))”.
Sandra
Pinto trabalha no Serviço de Comunicação e é responsável
pela recolha de artigos e redacção de notícias para o BIP.
Desde pequena que adora ler, escrever, enfim... comunicar.
“Na escola primária, apanhei várias reguadas por falar
demais”, revela.
A técnica de comunicação sente dificuldades em indicar a secção de
que mais gosta no BIP por estar envolvida em
todas. Admite que sente um carinho especial pelas secções
“Bamos Indo Porreiros”, “Galeria do Insólito” e “Roleta
Russa” pois considera que “fazem a diferença em relação às
publicações institucionais cinzentas e chatas”.
Para integrar a equipa do BIP, Sandra Pinto convidaria
Gabriel García Marquez (para conviver uma vez por mês com um
dos seus escritores preferidos) e todos os colaboradores do
INESC Porto (um em cada mês). “A sério, não é para passar a
graxa, só gostava que soubessem como é divertido fazer o
BIP”, argumenta.
Questionada
sobre o que o BIP tem melhor do que as melhores
publicações nacionais, a técnica de comunicação não precisou
de pensar muito: “É mais barato, mais divertido e não suja
as mãos”. Para terminar, Sandra Pinto confessa que fazer o
BIP a realiza profissionalmente, além de a encher de alegria
e de orgulho, sobretudo por saber que a publicação agrada
aos leitores..
Não seríamos justos se não destacássemos ainda o empenho
incondicional de António Carlos Sá do DCI, que trata de
gerar a versão electrónica do BIP, mês após mês. Os nossos
agradecimentos pelo profissionalismo, paciência e dedicação.
Os momentos
mais marcantes
Após o seu
lançamento em Outubro de 2000, o BIP já tem uma história
para contar. Em Fevereiro de 2001, Flávia Ferreira (DIP)
vencia o BIP Concurso, que pedia sugestões para concursos.
“Rir para Descontrair” foi a ideia eleita, que entrou em
vigor em Março de 2001. As anedotas vencedoras das três
fases do concurso foram as de Marco Rocha (USIC), Fernando
Garrido Silva (USIC) e Pedro Branco (Custos e Benefícios
Comuns).
Em
Junho de 2001 foi lançado o concurso de fotografia “Olho
BIP”, vencido por António Lucas Soares (UESP), Marcus Dahlem
(UOSE), Ireneu Dias (UOSE) e Fernando Sousa (DCI). Os
prémios foram entregues numa sessão comemorativa do primeiro
aniversário do BIP, que contou com uma exposição das
fotografias a concurso e de algumas secções destacadas do
BIP e com um painel sobre "A Comunicação como Instrumento de
Coesão e Afirmação nas Instituições de Ciência e
Tecnologia”.
Em Fevereiro de 2002, ao lançarmos o 15º número, o BIP
tornou-se pela primeira vez acessível do exterior. Em Abril
do mesmo ano, António Lucas Soares substituiu João José
Pinto Ferreira, que devido a missões importantes na UESP já
não podia garantir a sua colaboração assídua.
Em
Julho de 2002 foi lançada a segunda edição do concurso de
fotografia do BIP, que viria a ter como vencedores José
Carlos Dores (DIL), Cláudio Monteiro (USE), João Paulo
Rodrigues (USIC) e Fernando Sousa (DCI).
O segundo aniversário do BIP, em Outubro de 2002,
comemorou-se com o lançamento de um novo design gráfico,
mais uma vez da autoria de Rute Ferreira, desenhadora de
serviço na equipa. Em Março de 2003 era lançado o concurso
"Quadras de S. João", que viria a ser vencido por Jorge
Santos (DIL).
O
teste à popularidade
Carentes de
elogios, ao comemorarmos o terceiro aniversário, resolvemos
pregar uma partida aos nossos queridos leitores. Pedimos
muita desculpa aos inquiridos, mas fizemos “bluff”.
Enviámos um e-mail a uma amostra significativa de
colaboradores dizendo que o BIP corria perigo de extinção
por razões financeiras e pedimos uma oração fúnebre.
Os leitores que responderam mostraram desilusão, tristeza, e
mesmo indignação. Ficámos felizes por sentirmos o nosso
trabalho tão apreciado, mas temos consciência de que nos
arriscámos a receber respostas do género: “Acho bem que o
BIP acabe, na verdade não era grande coisa”. Felizmente isso
não aconteceu, tal como comprovam as seguintes respostas:
“Vi, nascer-te pequenino
Vi, crescer devagar
Vi, ser-te o elo de nós todos
Que pena ver-te terminar
Tudo na vida começa
Tudo na vida termina
BIP Pequenino fica
Nem que seja por mais um bocadinho”
“O quê? Não posso acreditar que até isso vai acabar??!!!
Nem consigo pensar na morte do BIP, ainda é tão novinho,
tem só 3 aninhos...que tristeza!”
“NNNNNNNNNÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOO!!!!!!!
Com a extinção do BIP é o INESC PORTO que começa a
morrer! Ou...será que já está a morrer???
Se está a morrer, devemos tomar medidas para o salvar!
Mas todos, todos e todos!
Será que a causa da enfermidade do INESC PORTO é o BIP?
Ou haverá várias outras causas!!!!
Vamos todos salvar o BIP!!!”
“:o( Será um perda lastimável !!! É uma MUITO BOA forma
de sabermos o que o INESC Porto vai fazendo e de nos
conhecermos melhor. Espero que o BIP não encerre!”
“Extinguir o BIP? Tenho pena, muita pena mesmo... Gosto
muito e leio-o de uma ponta à outra. Acho que a equipa
tem feito um óptimo trabalho.
Por razões económicas? Essa preocupa-me MESMO.
É
assim tão dispendioso editar o BIP? Não faço ideia dos
custos, mas preocupa-me pensar que continuamos a cortar
em pequenas coisas (ou talvez não) primeiro a
racionalização da água, agora a extinção do BIP.”
“Acho que pior do que extinguir o BIP, é confessar que
se está a considerar essa hipótese por razões
económicas. A esta hora, outros, além de mim, estarão
provavelmente a pensar: E a seguir? vão extinguir o quê,
ou que posto de trabalho?”
“Na minha opinião, o BIP foi uma das melhores (senão a
melhor) iniciativas levadas a cabo no INESC Porto. É um
veículo privilegiado de informação, cheio de
criatividade e bom humor. Penso que quer internamente
quer ao nível da comunicação para o exterior muito se
perderia com a sua extinção!
Não estou muito inspirada para escrever uma "oração
fúnebre" mas não poderia deixar de partilhar a minha
opinião sobre este assunto.”
"Porquê a Racionalização Económica? E porquê o BIP?
Quanto custa fazer o BIP??" - é única coisa para já que
posso questionar! Oração fúnebre...só se for para o
INESC em geral!!”
“Cara Equipa do BIP,
A
possível extinção do BIP deixa-me consternada! Peço
imensa desculpa, mas a minha vontade não seria escrever
um elogio fúnebre, mas sim um Manifesto!
O
BIP ultrapassou há muito tempo o seu simples papel de
boletim informativo, sendo uma autêntica lufada de ar
fresco quando comparado com as comunicações monocórdicas
meramente destinadas ao bom funcionamento do INESC
Porto.
Ao ritmo da actividade do INESC Porto, o BIP foi
quebrando a rotina, tornando-se num espaço de troca
entre todos os membros do instituto. Pergunto: onde mais
se espelha a alma do INESC Porto a não ser no BIP?! A
coesão no seio de um organismo é fundamental para o seu
bom funcionamento. Temo que com o fim do BIP, toda a
informação veiculada, que contribui para uma ideia de
identidade e de unidade do INESC Porto, desapareça com
ele.
O
INESC Porto não pode esquecer que a sua maior força é e
será sempre os seus recursos humanos, leia-se
“colaboradores”. Neste sentido, não pode deixar de
apostar num ambiente de trabalho descontraído e flexível
(para o qual o BIP muito contribui!) onde as capacidades
e motivações dos seus colaboradores possam despertar.
Assim sendo, o BIP não pode extinguir-se!”
“O quê, o BIP vai ser extinto, nem pensar...isso de
extinção leva-nos ao período jurássico...dinossauros e
afins.
Por isso não é preciso oração fúnebre para o BIP.”
“Os meus pêsames:)
aqui vai uma sugestão para, uma oração fúnebre não
diria, mas um pensamento:)
Não importa se demora 3 dias ou 3 anos...mas todos
aguardamos que ressuscite!”
“NNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNN
ÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
O BIP é a principal forma de nos conhecermos melhor, de
saber as actividades desenvolvidas no INESC PORTO, de
conhecer o que de melhor e mais notório se faz nesta
"casa ".
É por vezes a única forma de mandar umas "bocas" e de
alertar para certas situações, que de outra forma seria
quase impossível.
Os meus agradecimentos a toda a equipa do BIP e com a
esperança de não ouvir o canto do BIP (do cisne).” |