INESC Porto
Boletim INESC Porto
 
B o l e t i m N ú m e r o : 4 0 ( i n t e r n o ) / 2 6 ( p ú b l i c o )
 
 


O p i n i ã o

A Vós a Razão
Leitor sugere: “Gostaria, então, de propor uma ideia à Direcção do INESC Porto. Não sei se a ideia é boa ou má, mas é uma ideia. Porque não a criação de cursos em áreas tecnológicas aqui, no INESC Porto?”»

Galeria do Insólito
Pensa que nós somos apenas o Boletim do INESC Porto (BIP), que actualiza mensalmente a informação na Intra e na Internet? Pois engana-se, somos muito mais do que isso! Somos gases, imóveis, motards, poesia... Somos uma personagem teatral, uma biblioteca, um banco... Até somos um bar de samba no Brasil!»

Asneira Livre
Leitor empreendedor: “Venho propor aos inesquianos e a quem de direito que se faça uma versão em formato de papel deste nosso BIP.” »

Biptoon
Bamos Indo Porreiros »

Especial
Depois do anúncio da atribuição de uma compensação monetária de 1000 euros por cada artigo publicado em revistas científicas, o BIP quis avaliar o impacto que esta medida teve no INESC Porto e pediu aos colaboradores que respondessem a algumas questões. Não perca as respostas!»

Notícias »

 

Uma pequena sugestão...


Por Hugo Caldeira * 

Frequentemente, aparecem notícias nos jornais em relatam a falta de profissionais qualificados nas áreas tecnológicas, com especial incidência na área das Tecnologias de Informação. Este facto é, com certeza, uma das muitas razões para o atraso de Portugal relativamente aos outros países UE.

Essa falta de conhecimento verifica-se a todos os níveis inclusive no ensino superior. Dou como exemplo as minhas aulas de Investigação Operacional no ISEP, poucos alunos conseguem sentir-se à vontade quando utilizamos o Excel. Como consequência, perco metade do tempo da aula a ensinar os alunos a trabalhar com o Excel.

Gostaria, então, de propor uma ideia à direcção do INESC Porto. Não sei se a ideia é boa ou má, mas é uma ideia. Porque não a criação de cursos em áreas tecnológicas aqui, no INESC Porto? Temos pessoal bastante qualificado (e não me refiro só aos docentes que aqui estão), temos instalações, a “marca” INESC Porto é reconhecida. E não teriam que ser forçosamente cursos presenciais, porque não apostar no e-learning?

É uma boa maneira de rentabilizar os recursos que existem e de contribuir para minorar a falta de profissionais nas áreas tecnológicas. Obviamente que seria necessário criar as estruturas, analisar as necessidades do mercado, criar manuais, salas com computadores, etc., etc.. Ou seja, é importante um bom trabalho para serem criados cursos com alguma credibilidade e manter a boa imagem que o INESC Porto tem.

Sei que no passado esses cursos existiram aqui com apoios comunitários. Talvez agora seja difícil conseguir esses apoios. Se calhar teriam que ser as pessoas que frequentariam os cursos a pagá-los.

O que me diz, Consultor do Leitor?

* Colaborador da Engenharia de Sistemas de Produção (UESP)

O CONSULTOR DO LEITOR COMENTA

Caro Hugo,

A oferta de formação é sempre uma possibilidade que temos em mente, mas tem que ser justificada economicamente porque dá muito trabalho.

A tua ideia é muito interessante e fiz uma averiguação pessoal. Na verdade, já estamos a equacionar a possibilidade de uma vertente de formação, até aproveitando uns programas nacionais que, até há bem pouco tempo, nos vedavam o acesso a esse tipo de actividades.

Identificaste correctamente que não temos instalações nem equipamentos de formação. Mas temos “aliados” que os têm - obviamente, a FEUP.

Para darmos formação, teríamos que ser certificados como Entidade habilitada. O processo de candidatura envolve alguns problemas, a falta de instalações é apenas um deles - é preciso também certificar os formadores. Para o caso dos universitários, é bastante fácil, mas já não o é para os outros. Depois, manter o estatuto implica ter actividade regular: e nós só queremos ter actividade de formação quando ela for manifestamente vantajosa para nós, não é um negócio central nosso, queremos ter a liberdade de ter a intermitência que nos convenha.

Mas a FEUP tem possibilidades que nós, sozinhos, não temos. Vamos, então, procurar averiguar se podemos “fazer jogo” com a FEUP.

Essa foi a decisão da DIP sobre o assunto, e se quiseres mais informações, colaborar mesmo, podes contactar o Prof. Mário Jorge Leitão.

Quanto a apostas em ensino-e, eu sempre direi que é preciso fazer - mas também é uma grande lavoura começar, porque é preciso primeiro dispormos das plataformas necessárias para suporte à actividade. Agora, tu tocaste num outro aspecto de grande importância, que é a forma e qualidade do ensino da informática e seus instrumentos à população geral de alunos. Isto é tema para outro debate, espero que voltes a ele com mais ideias.

 

 

A Vós a Razão

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