Por sugestão de vários leitores, o BIP resolveu dedicar esta
secção do BIP ao Bar do INESC Porto. Para conhecermos a
opinião generalizada dos inesquianos sobre os serviços
prestados pelo Bar, pedimos que respondessem a algumas
questões. A adesão foi muito positiva!
Dos cerca de 300 colaboradores que actualmente integram o
INESC Porto, 25 responderam ao inquérito. Obtivemos uma
amostra de 8%, o que consideramos bastante razoável. Não
perca as respostas...
1-
Está satisfeito por haver um Bar no INESC Porto? Ou
considera dispensável?
A totalidade (100%) dos inquiridos afirmou estar satisfeito
por haver um Bar no INESC Porto e considera indispensável a
sua existência.
“Acho que é muito útil, dada a escassez de oferta nesta
zona. É a alternativa mais rápida e comodista”, afirma um
dos inquiridos. “Ainda bem que existe porque sem ele teria
de tomar café na FEUP rodeado de dezenas e dezenas de
pessoas a matarem-se por croissants enjoativos e coca-cola
de lata”, ironiza outro.
“Penso que é indispensável haver um bar no INESC Porto.
Para além da função alimentar, que tanto jeito dá
(principalmente quando se está com pressa ou quando está a
chover muito) também permite um contacto saudável entre os
vários colaboradores num ambiente mais relaxado”, completa
outro dos colaboradores que responderam ao inquérito.
2-
Como classifica a diversidade de oferta do Bar: (a)
medíocre, (b) básica, (c) adequada ao contexto, (d) boa?
A maior parte dos inquiridos (48%) consideram que a
diversidade de oferta do Bar é básica. Ainda 28%
consideram-na adequada ao contexto. Há 12% que acham a
diversidade de oferta do bar boa e outros 12% consideram-na
medíocre.
Na maior parte das respostas “abertas”, a opinião comum
foi de que a oferta de cafetaria para o lanche é aceitável,
ao contrário da oferta para o almoço (refeições diárias).
Um dos inquiridos sintetiza esta ideia: “A oferta é
básica até à hora do almoço e medíocre a partir daí. À hora
do lanche, por exemplo, não há nada para comer, ou o que há
é seco e "mal amanhado"; as refeições diárias não são
agradáveis, nem à vista nem ao paladar...”.
3- Como classifica a qualidade do Bar no que respeita
a higiene, frescura dos alimentos e preparação?
No que diz respeito à higiene, a maior parte dos inquiridos
(76%) consideram que a higiene é boa ou razoável. Os
restantes 24% classificam a higiene no bar como má. Nestes
casos, as queixas vão essencialmente para a
preparação
dos alimentos em simultâneo com a manipulação de dinheiro e
para a necessidade de utilização de luvas próprias. “Também
a apresentação dos talheres é frequente motivo de
reclamação”, lembra um dos inquiridos.
Relativamente à frescura dos alimentos, as maiores
reclamações vão para o pão servido nas sandes do almoço e
para a fruta apresentada. Alguns dos inquiridos acham que,
desde que a comida começou a ser confeccionada noutro local,
se perdeu bastante em qualidade. Há ainda um inquirido que
acha que os alimentos que vêm para o bar do INESC Porto são
sobras de outros sítios. “As vitrines que estão no bar
mostram bem o pouco que há em diversidade, quantidade e
frescura dos alimentos”, conclui outro colaborador.
“Acredito que a qualidade dos produtos poderia ser
melhorada, pois não vale a pena ter um bar no INESC Porto se
temos que nos deslocar para outro devido a qualidade do que
é servido”, afirma outro inquirido.
Quanto à preparação, os inquiridos reincidem na questão
da preparação de alimentos em simultâneo com a manipulação
de dinheiro e apontam outras queixas: “A qualidade da
preparação é variável segundo o humor das funcionárias: às
vezes até capricham na aparência, outras vezes, é mesmo a
despachar”; Parece-me que se atrasam muito na preparação das
refeições, mas esta como outras situações, não é um problema
das funcionárias, mas sim do próprio serviço”.
4-
Como classifica o atendimento no Bar: (a) desagradável, (b)
normal, (c) profissional mas seco, (d) atencioso, (e)
agradável?
A maior parte dos inquiridos classificam o atendimento no
Bar entre normal (36%) e desagradável (24%). Dos restantes
inquiridos, 16% consideram o atendimento profissional mas
seco, 16% classificam-no de atencioso e 8% qualificam-no
como agradável.
As principais queixas centram-se na insuficiência de
empregadas nas horas de maior afluência de clientes, na
(falta de) simpatia das funcionárias, no horário de
funcionamento e no barulho que resulta da falta de cuidado
no manuseamento da louça.
“O atendimento no bar não é sempre desagradável, mas
frequentemente fico com a impressão que sou atendido como se
a minha presença não fosse desejada. Um simples sorriso
muitas vezes repara muita coisa”, sugere um dos inquiridos.
“Devia ser mais expedito. Por vezes, a procura é bastante
maior que a oferta (poucos empregados em algumas alturas do
dia)”, recorda outro dos colaboradores que respondeu ao
inquérito.
“Parece-me
incompreensível que um bar que serve cafés, feche às 14:30.
Em qualquer bar que conheça, normalmente o funcionamento
pela hora de almoço e vizinhas é garantida. Precisamente,
quando um restaurante/cantina já não serve, é quando mais se
conta com um bar local para salvar o almoço”, reflecte um
dos inquiridos.
Outro colaborador afirma que é frequente as empregadas
não ouvirem o que o colaborador está a pedir e servirem uma
coisa diferente ou ainda haver colaboradores à espera de
serem atendidos enquanto as empregadas estão na cozinha a
conversar. Segundo a opinião de alguns inquiridos, as
empregadas não têm muitas vezes cuidado a manusear a louça
provocando muito barulho.
5- Que sugestões gostaria de encaminhar, em função da
sua ideia do que deveria ser um Bar no INESC Porto?
A maior parte dos inquiridos apontou sugestões no sentido de
se melhorar os serviços prestados pelo Bar: maior variedade
de alimentos; disponibilização de tickets para café; parte
dos artigos poderiam ser confeccionados no próprio bar; um
televisor sintonizado na SIC Notícias; café de boa
qualidade; horário contínuo sem fechar à hora do almoço
(empregadas almoçariam à vez); uma máquina de bebidas;
preços menos inflacionados; mobiliário mais funcional; sala
sem alcatifa; colocação de painel com divulgação da
informação, entre outras.
Entre aspas
“Acho que o "artigo" devia ser mais variado (já não posso
com o filete e o panado!). Por exemplo, poderiam ter vários
ingredientes disponíveis para as pessoas escolherem e
combinarem, em pão ou em prato, cobrando um determinado
valor por ingrediente. Também podiam ter uns molhos mais
variados, além do ketchup e mostarda!”
“Penso que em termos conceptuais a minha ideia não é
distante da actual. Sugeria apenas que parte dos artigos
fosse aqui confeccionado, por forma a termos refeições mais
frescas/quentes. As mesas poderiam ser mais altas mas penso
que isso foi um assunto já sobejamente discutido.”
“Sobretudo o bar não pode fechar às 14:30. As
funcionárias, que têm obviamente direito à sua hora de
almoço, deverão fazê-lo "por vez". Talvez uma das 11:30 ao
12:15 e a outra das 14 as 14:45. Este espaço deveria estar
sempre disponível, mesmo se se insistir em fechar o bar,
para que as pessoas possam consumir outros alimentos ou
simplesmente ler um artigo ou jornal num espaço diferente do
seu gabinete. Eventualmente, uma máquina dispensadora de
latas de bebida, explorada até pelo mesmo empresário, seria
conveniente, se disponível 24h. (no corredor ou então, no
espaço do bar, aberto em permanência).”
“Agradar-me-ia que a variedade no que toca às refeições
ligeiras fosse maior, por exemplo: sanduíches mais
"saudáveis", saladas mais "apetitosas", possibilidade
de sumos naturais, batidos para os lanches e pequenos
almoços, até cereais, variar os produtos sazonalmente...só
para enumerar algumas hipóteses, até se poderia criar uma
caixinha de sugestões. Se o atendimento fosse mais cuidado e
cativante também ajudaria certamente a aumentar a frequência
e o grau de satisfação dos frequentadores.”
“Penso que se deveria melhorar os produtos disponíveis,
por exemplo nas sanduíches: ter mais variedade de recheios e
tê-los em recipientes separados para se poder optar pelas
combinações; nos salgados: ter produtos menos "oleosos" e
mais variados; nos doces: fazerem mais "coisas" caseiras e
apresentá-las em tamanhos mais reduzidos (cubos de bolos
caseiros, brigadeiros, mini queijadinhas...). Além disso, os
preços estão um pouco inflacionados e o mobiliário é pouco
funcional.”
“Penso que o único sítio do INESC Porto onde existe
alcatifa é no último lugar onde deveria existir, ou seja, no
bar! Os bancos individuais não são nada confortáveis, sendo
apenas superados pelas pequenas mesas de estabilidade
duvidosa.”
“Creio que acima de tudo o bar deve ser um local
agradável, tranquilo, como o ambiente do INESC, e se
possível minimamente alegre. O bar é até um local bom para
efectuar a divulgação de informação interna, nomeadamente
trabalhos, actividades... Um painel de divulgação deste
género seria talvez uma ideia interessante.”
“Horário
contínuo e mais alargado. Maior diversidade e melhor
qualidade em geral, da pastelaria em particular. Em vez de
terem quase exclusivamente sandes já feitas, deveriam ter os
ingredientes, e em maior diversidade, já preparados para
fazerem as sandes com mais flexibilidade a pedido. O mesmo
se aplica a saladas. Para além disso poderiam ter maior
diversidade no tipo de pão.”
“Umm... gostaria que houvesse pão :-) , croissants e pão
de forma... fresco e macio! Mais variedade de iogurtes (por
exemplo) porquê "só há iogurte de morango" ou "só há
iogurtes de frutos tropicais". Porque não e/ou... Mais
variedade e qualidade de salgados (empadas, croissants,
croquetes, etc..). Certamente já repararam que os croissants
de chocolate e os de ovo, que fazem de vez em quando, são
muito procurados - até é necessário reservar. Se agradam,
porquê não fazer mais vezes e diversificar? Fruta variada,
mas com qualidade e sem estar maltratada!”
“A sugestão que eu gostaria de encaminhar é que este
inquérito seja útil para se poder analisar a opinião geral
dos inesquianos sobre os serviços prestados pelo Bar e que
corresponda depois às expectativas de melhoramentos que
possa haver.”
O outro lado da questão
Uma vez que a qualidade do atendimento prestado pelas
empregadas do Bar foi avaliada, o BIP achou por bem ouvir a
opinião das mesmas, as suas queixas e expectativas.
Questionadas sobre as condições de trabalho, as
empregadas consideram que “de um modo geral são boas”. A
“variedade dos alimentos” é o que Mónica e Susana apontam
como passível de ser melhorado no serviço que prestam.
Quanto ao nível de exigência dos clientes, as empregadas
são peremptórias. “Não deviam ser demasiado exigentes, mas
antes dar mais sugestões para podermos melhorar o nosso
serviço”, sublinham.