Por Diana Viegas*
Quando recebi o convite da equipa BIP para escrever na
Asneira Livre, vários temas me vieram à mente, mas apenas um
deles prevaleceu... as obras no Departamento de Física da
Faculdade de Ciências.
Antes de continuar devo dizer que a minha presença no
INESC Porto é muito recente. Aqui tive o primeiro contacto
com a investigação e é nesta “casa” que tenho evoluído. A
experiência tem sido extremamente enriquecedora. Contudo,
tenho pena que a Unidade de Optoelectrónica e Sistemas
Electrónicos esteja “separada” fisicamente das restantes
unidades, por isso mesmo, a minha experiência no INESC Porto
limita-se à UOSE.
A Unidade em que me encontro, é extremamente dinâmica
mas, neste momento estamos em crise. Nestes últimos tempos a
convivência, aliás a sobrevivência nos nossos laboratórios
tem sido complicada. Só falta mesmo o dístico à entrada do
corredor a dizer: “Estamos fechados por motivo de obras!”.
Ultimamente a investigação na UOSE tem sido muito
condicionada pelas obras que estão a ser feitas no
Departamento de Física, mesmo em frente aos laboratórios.
Neste momento, quem se quiser dirigir aos laboratórios para
realizar alguma experiência, ou simplesmente ir buscar
material, depara-se com um cenário no mínimo surreal. O
acesso está totalmente condicionado por emaranhados de
plástico de alto a baixo, que fazem lembrar algo semelhante
ao Star Trek, já para não falar da constante névoa que paira
no ar, que reforça ainda mais a ideia de termos entrado
noutra dimensão.
Bem sei que as obras têm de ser feitas, mas o que
acontece ao material? Existe uma poeira fina que cobre os
laboratórios e, nem mesmo com as portas fechadas e
devidamente isoladas, se consegue evitar a quantidade
industrial de pó que entra. Os lasers, os componentes
ópticos e todos os dispositivos electrónicos que se
encontram dentro dos laboratórios estão literalmente
cobertos de uma camada branca de poeira. Enfim... não julgo
que isto seja muito saudável para este material. Oxalá tudo
volte ao normal o mais rápido possível e que os danos sejam
os menores possíveis...
Saudações Inesquianas
* Colaboradora da Unidade de
Optoelectrónica e Sistemas Electrónicos (UOSE)
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