Por Isabel
Macedo *
Conforme a ordem de chegada à Quinta, o monitor reunia os
colaboradores e familiares em equipas, entregando a cada uma
delas um mapa. Sucintamente, explicava que a “missão” deles
consistia em encontrar sete códigos de três letras inscritos
em folhas A4 espalhadas pela Quinta cujas localizações
estavam sinalizadas no mapa. Em paralelo com a procura dos
códigos, também deveriam participar nos 5 centros de
actividades no sentido de ganharem pontos para as
respectivas equipas.
De mapa na mão e ainda cépticos em relação às regras do
jogo, os grupos foram-se espalhando pela Quinta, escolhendo
instintivamente o roteiro que iriam percorrer.
Para
alguns, o primeiro centro de actividade seria nem mais nem
menos do que o Kartódromo. Desenganaram-se rapidamente
aqueles que acreditavam que seriam propulsados por motor de
explosão, bem pelo contrário, na Quinta da Segade anda-se
ecológico, seria à força das pernas se faz favor! O slalom
não era muito perigoso, mas na primeira descida o Kart
ganhava rapidamente velocidade, o que até calhava bem para
iniciar a subida que lhe seguia, ufa! Terminadas as duas
voltas regulamentares, o monitor junto da actividade dava
por concluída a prova e registava os respectivos pontos.
A caminho da actividade seguinte, os colaboradores iam
procurando os códigos, por vezes colocados por cima de
lagos, outras vezes atados nos galhos das árvores.
Noutra actividade, os colaboradores do INESC Porto
tiveram de exercitar a sua destreza através de um
tradicional Tiro à Lata. Rapidamente, se desenferrujaram
braços habitualmente colados aos ratos de computador. As
vivas dos companheiros a cada lata caída cresciam à medida
que se entrava no espírito do jogo, bem como se apontavam as
explicações à saída da actividade por se ter falhado o alvo
(bolas com pouca areia, muita distância, o vento nas
árvores, o chão inclinado (!!)).
No
topo de um pequeno monte, perto de uma pequena capela em
ruínas, estava a actividade da Zarabatana. Transformados em
índios da Papua-Nova Guiné por 10 minutos, os participantes
tinham de atingir um alvo através de um sopro certeiro. As
equipas dispunham de 10 setas - não envenenadas, refira-se -
para conseguir o máximo de pontos. Nesta prova, as crianças
revelaram-se um trunfo importante na medida em que algumas,
ficando direitas, estavam exactamente à altura do centro do
alvo. Os pontos acumulavam-se!
Logo a seguir, e já inebriados com a ideia de ganhar, já
nem se descia pelo caminho seguro por onde tinham chegado à
Zarabatana. A actividade do Tiro ao Arco estava a escassos
metros a condição de se descer uma rampa extremamente
íngreme. Pais e mães a segurar filhos, jovens a
equilibrarem-se, a febre do jogo estava no seu auge, ou
seria o calor de um sol abrasador a fazer efeito?
Chegado ao tiro ao arco, muitas equipas tiveram de
esperar. As 10 setas que deviam ser lançadas bem como a
concentração necessária para cada lançamento obrigavam a
tal. O mais difícil era aguentar a espera sem a mais pequena
sombra, debaixo daquele sol! A única salvação era mesmo uma
pequena reserva de garrafas de água bem frescas! Mas mesmo
aí, e como alguns participantes de palmo e meio refeririam e
bem, o perigo também estava à espreita: uma vespa flutuava à
tona, havia que se ter cuidado, não estivesse ela a dormir!!
À
medida que a manhã passava e se chegava perto da última
actividade - os matraquilhos - a procura dos códigos não
parava. Para encontrá-los, já não se olhava a meios,
nomeadamente electrónicos (ou não estivéssemos nós a falar
do INESC Porto): GPS nas mãos, separações estratégicas de
equipas, e até mesmo recurso à telemóveis para contactar
participantes de outras equipas!
O B4 estava desaparecido! Seria encontrado camuflado
debaixo de folhas secas depois de revirada a pequena área
onde deveria estar. O B5 estava dobrado no seu galho para
dar menos nas vistas. Duas equipas que se cruzavam no
caminho aceitavam trocar o B1 pelo B6. Estava claro que
todos se tinham prendido ao jogo!
Finalmente, após encontrados todos os códigos,
dirigiam-se para a casa principal para a última actividade:
os matraquilhos! Duas mesas de matrecos iriam ser o palco
para o confronto entre duas equipas, conforme a sua ordem de
chegada, e iriam ditar a atribuição dos últimos pontos.
Grandes e pequenos acertavam na bola com uma concentração
que só mesmo o cheiro a grelhados que começava a emanar do
outro lado do pátio podia perturbar! O almoço estava
finalmente a caminho depois de muita aventura!
* Colaboradora do Departamento de
Informação e Logística (DIL)
<< Anterior
| Seguinte >>
|