B o l e t i m Número 54 de Setembro 2005 - Ano IV
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A Vós a Razão
Colaborador partilha: “Entrei para o INESC Norte em 1986, convidado pelo meu amigo, então meu professor António Pereira Leite, inicialmente para trabalhar em tempo parcial. Rapidamente se concluiu que eu não sabia trabalhar nesse regime...”

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Muitas são as histórias insólitas que chegam ao BIP... Desta vez, chegou-nos um e-mail de uma senhora muito amável, uma verdadeira “fada madrinha”, que nos vem solicitar emprego para o seu “protegido” que trabalha em Lisboa...

Asneira Livre
Colaboradora desabafa: “Provavelmente já terão ouvido falar na epidemia que grassa um pouco por toda a parte no edifício-sede do INESC Porto, com especial incidência no 4º andar, mais propriamente na área do DIL”

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A S N E I R A  L I V R E

Rentrée barriguda

Fig.1 Fig.2

Por Graça Barbosa*

Provavelmente já terão ouvido falar na epidemia que grassa um pouco por toda a parte no edifício-sede do INESC Porto, com especial incidência no 4º andar, mais propriamente na área do DIL! Aos distraídos que ainda não ouviram falar, passo a explicar: essa afecção, felizmente benigna, costuma manifestar-se visivelmente, a partir de algum tempo de incubação, no crescimento anormal das barrigas das pessoas afectadas (fig.1). É também habitual durar nove meses a “incubar” e quatro ou cinco meses a “curar”. Saliente-se que é – para já - exclusiva de mulheres, apesar de alguns homens apresentarem aquele mesmo sintoma (fig.2).

O contágio é de tal ordem que atingiu mesmo pessoas exteriores ao DIL, mas que estão localizadas no mesmo espaço ou que, por motivos profissionais, ali passam muito tempo. Cuidem-se, pois, aquelas que ainda não foram afectadas, pois o mais provável é que o sejam brevemente!

E o que deverá fazer, em tais circunstâncias, a responsável de um Departamento maioritariamente constituído por mulheres, em que quase metade delas está na fase de “incubação” ou da “cura”? Rir ou chorar? Confesso que a minha primeira reacção foi de incredulidade e a vontade foi mesmo de chorar. Mas depois pensei: há que apoiar o rejuvenescimento da população portuguesa, há que encontrar um antídoto contra a crise e a depressão, há que renovar a esperança em melhores dias. E que maior prova de esperança no futuro que esta vontade de ter filhos, por parte de mulheres informadas, profissionais competentes e dedicadas? Tenho a certeza que não aconteceu por acaso ou descuido! Não, tenho a certeza que tudo foi muito bem planeado! Senão, como haveriam de ficar grávidas todas ao mesmo tempo (Socorro!)? Só com um planeamento rigoroso poderia chegar-se a tal resultado!

Agora a sério: vendo as coisas pelo lado positivo, acho que a época que se avizinha será um excitante desafio à capacidade de planeamento e organização, à capacidade de adaptação a novas circunstâncias e de lidar com situações imprevistas. Por outro lado, será uma oportunidade única de refrescar os quadros do DIL, substituindo as “barrigudas” por pessoas novas, sem vícios e até, quem sabe, muito mais produtivas. Vai ser uma animação, umas a sair, outras a entrar, nada de ver sempre as mesmas caras e de fazer as coisas sempre da mesma maneira! Será a verdadeira oportunidade para a inovação nos serviços!

Como já terão pressentido, estou à beira de um ataque de nervos! Faço, desde já, um pedido especial à Direcção: se eu sobreviver, mantendo um razoável estado de sanidade mental, assim que a última das “barrigudas” regressar ao trabalho, posso tirar dois meses de férias, seguidinhos, seja em que altura for? Obrigada!

P.S. Agora mesmo, mesmo a sério: claro que estou preocupada, pois refiro-me a profissionais competentes e dedicadas, com quem estou habituada a contar e que me farão muita falta. Não obstante, estou feliz e solidária com elas e desejo-lhes as maiores alegrias para os próximos tempos! 
 

* Colaboradora do Departamento de Informação e Logística (DIL)



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