O INESC Porto recebe todos os anos investigadores e
bolseiros oriundos de países como a Roménia, Brasil,
Argentina, Cuba, Venezuela, Espanha, EUA, Rússia e Myanmar.
O BIP conversou com alguns e tentou conhecer as razões que
levaram à escolha desta instituição para o acolhimento dos
seus projectos, teses de mestrado ou doutoramento. Chegados
a Portugal e ao INESC Porto, que dificuldades encontraram?
Que novos desafios se propuseram a agarrar? Está a valer a
pena? Não perca as respostas.
Giorgiana
Ciobanu, Roménia, Unidade de Telecomunicações e Multimédia
(UTM)
BIP - Há quanto tempo está cá?
GC - Estou cá há um ano.
BIP – Por que razão escolheu o INESC Porto?
GC - Na verdade foi o INESC Porto que me escolheu a mim...
Estava a fazer o mestrado em Multimédia na FEUP e o INESC
Porto convidou-me para fazer uma tese. No meu caso, acabei
por conhecer o INESC Porto através do Lucian. Nunca tinha
ouvido falar antes do Instituto.
BIP - Que problemas de integração encontrou?
GC - Não encontrei nenhum problema. Já falo português...
Gosto do ambiente de trabalho, dou-me bem com os colegas...
BIP - A relação com a instituição correspondeu às
expectativas?
GC - Quando pensava no futuro, não pensava no INESC Porto.
Mas se posso trabalhar aqui... No futuro, quando acabar o
mestrado quero trabalhar na área de Multimédia, de
preferência numa empresa por conta própria.
Lucian
Ciobanu, Roménia, UTM
BIP - Há quanto tempo está cá?
LC - Estou no INESC Porto há quase três anos.
BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
LC - Na altura, quando acabei a licenciatura encontrei
um anúncio na Faculdade da Roménia. Achei muito interessante
esta actividade de investigação e gostei da oportunidade de
a fazer. Não conhecia ninguém de cá. Mas depois ouvi dizer
que o Catalin já estava cá, e como era meu colega da
faculdade... Na altura foi uma surpresa para mim saber que
ele já estava cá. Fiquei muito feliz...
BIP - Que problemas de integração encontrou?
LC - Acho que foi sempre um ambiente muito bom, mesmo no
início em que só falava em inglês, porque não sabia falar em
português... Gostei muito de aprender a falar a língua
portuguesa. Aproveitei o facto de estar cá e fiz um curso de
português. A partir daí foi mais fácil falar com as pessoas.
Estou a trabalhar na área de Multimédia, na adaptação de
conteúdos. Já obtive uma bolsa de doutoramento e, num futuro
próximo, vou tirar doutoramento. Passarei da licenciatura
para um doutoramento. Vou continuar cá pelo menos, mais
quatro anos.
BIP - A relação com a instituição correspondeu às
expectativas?
LC - Sinceramente não sabia muito do INESC Porto...
Antes de vir para cá li algumas coisas sobre o INESC Porto
no site. Já sabia que tinha um estatuto muito sério, onde
qualquer pessoa poderia encontrar expectativas altas. Estou
muito satisfeito.
Mauro
Rosa, Brasil, Unidade de Sistemas de Energia (USE)
BIP- Há quanto tempo está cá?
MR - Estou cá há nove meses. Trabalho com agentes
artificiais e tento colocar um pouco de inteligência em
alguns processos matemáticos que não são muito inteligentes.
BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
MR - Eu já trabalho em pesquisa há alguns anos e conheço
os diversos centros dentro da minha área que são
considerados centros de excelência nesse tipo de trabalho. O
INESC Porto enquadra-se exactamente nesses centros. Assim, a
escolha veio exactamente disso: de ser um centro de
excelência e bastante direccionado. Eu já tinha estado cá no
INESC Porto em 2003, onde participei num congresso. Já sou
professor no Brasil há cerca de seis anos e na verdade já
estava a procurar um lugar para fazer o meu doutoramento. Na
altura contactei com os professores de cá e com o professor
Vladimiro e a decisão veio exactamente dessa visita.
BIP - Que problemas de integração encontrou?
MR - Na realidade não consigo identificar problemas de
integração. Não encontrei barreiras, encontrei muito apoio
como era de esperar aqui no INESC Porto. Foi mais o problema
de encontrar uma nova cultura, de ficar numa nova condição
em termos de trabalho e de me habituar a esse novo processo.
No Brasil, as pessoas são mais expansivas, falam bastante...
acho que a maior dificuldade vem exactamente desse tipo de
tratamento.
BIP - A relação com a instituição correspondeu às
expectativas?
MR - Sim, correspondeu. Acho até, que encontrei um pouco
mais. Vim preparado para começar a fazer o meu doutoramento
de uma forma, e encontrei um processo, uma estrutura
bastante boa para se trabalhar. Superei todas as
expectativas em relação às dificuldades que esperava.
Daniel
Oancea, Roménia, UTM
BIP - Há quanto tempo está cá?
DO - Estou cá há quase um ano.
BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
DO - Vi um anúncio na Roménia e respondi ao apelo. Gosto
do ambiente e como tenho muitos amigos aqui da Roménia...
BIP - Que problemas de integração encontrou?
DO - Não tive problemas nenhuns de integração. Estou a
trabalhar num projecto para a União Europeia:
“Desmantelamento do conteúdo multimédia e distribuição de
tecnologias”. Ainda não sei por mais quanto tempo vou ficar
cá, vai depender dos projectos que apareçam...
BIP - A relação com a instituição correspondeu às
expectativas?
DO - Sim, estou a gostar de estar em Portugal e no INESC
Porto.
Paul
Brown, EUA, USE
BIP - Há quanto tempo está cá?
PB - Estou cá há um ano e alguns meses.
BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
PB - Um professor de Ohio State responsável por um
programa para alunos de mestrado esteve cá no Porto e depois
falou nisso numa aula do quarto ano. Fiquei logo com vontade
de vir. Durante um ano, não pensei mais nisso, mas quando
tive de escolher o sítio onde tirar o mestrado, lembrei-me
logo de Portugal.
BIP - Que problemas de integração encontrou?
PB - Não tive tantos problemas como pensei que iria ter.
Vim um mês mais cedo para aprender a língua e isso ajudou-me
bastante a falar com as pessoas, porque nem toda a gente
fala inglês e conversar em português ajuda a integração.
BIP - A relação com a instituição correspondeu às
expectativas?
PB - Sim, acho que sim. A nível profissional, era mais
ou menos o que esperava. Esperava que fosse pior, em termos
de vida pessoal, porque não sabia como eram as pessoas com
quem iria trabalhar. Estou a trabalhar num projecto sobre a
região da Madeira.
Rosane
Falate, Brasil, Unidade de Optoelectrónica e Sistemas
Electrónicos (UOSE)
BIP - Há quanto tempo está cá?
RF - Estou cá há um ano a fazer doutoramento e a
trabalhar na área de sistemas eléctricos.
BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
RF - Porque eu trabalho numa linha de pesquisa, com um
tipo de sensor que o INESC Porto trabalha há muito tempo e
isso realmente ajuda bastante para a prosseguimento do meu
trabalho.
BIP - Que problemas de integração encontrou?
RF - Na realidade as pessoas são muito simpáticas e foi
muito fácil integrar-me no INESC Porto. No começo tinha
algumas dificuldades, mas que tinham a ver comigo, com as
saudades de casa...
BIP - A relação com a instituição correspondeu às
expectativas?
RF - Sim, com certeza.
Naing
Win Oo, Myanmar (antiga Birmânia), USE
BIP - Há quanto tempo está cá?
NWO - Estou cá há quase cinco anos.
BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
NWO - Na altura estava interessado em fazer investigação
e estava a estudar na Universidade. Aí descobri o INESC
Porto que estava a trabalhar numa área que me interessava e
eu queria partilhar as pesquisas que andava a fazer. Vi um
anúncio na Internet que falava sobre a instituição e
concorri para vir para cá.
BIP - Que problemas de integração encontrou?
NWO - Nunca tive problemas de início porque no primeiro
projecto trabalhei com o professor Fidalgo e penso que até
correu bastante bem. O segundo projecto foi com o professor
Vladimiro Miranda e a meio do projecto recebi uma bolsa FCT
para estudar para o doutoramento. Nessa altura, eu e o
professor decidimos que só me iria dedicar ao doutoramento.
Quando acabar o doutoramento, e como estou a viver há tanto
tempo fora de casa, tenho vontade de ir embora e de fazer
uma pausa durante algum tempo por lá. Depois decidirei o que
fazer a seguir.
BIP - A relação com a instituição correspondeu às
expectativas?
NWO - É um bom sítio para trabalhar. As pessoas são
simpáticas e amáveis, assim como o professor com quem tenho
trabalhado (Vladimiro Miranda), por isso, tenho sorte de
trabalhar com essas pessoas.
Javier
Lopéz de la Cruz, Cuba, UOSE
BIP - Há quanto tempo está cá?
JLC - Estou cá há três meses a fazer pós-doutoramento.
BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
JLC - Porque é um instituto de investigação e
permitiu-me trabalhar na minha área de investigação,
candidatando-me a uma bolsa de pós-doutoramento do FCT.
BIP - Que problemas de integração encontrou?
JLC - Não encontrei muitos. Até porque as pessoas são
agradáveis e o ambiente é bastante bom.
BIP - A relação com a instituição correspondeu às
expectativas?
JLC - Sim, corresponde. Mas ainda estou no início e não
posso dizer muito sobre isso. Só o tempo o dirá...
Rogério
Almeida, Brasil, USE
BIP - Há quanto tempo está cá?
RA - Estou cá há três anos a fazer tese de doutoramento.
O objectivo da tese é estudar as novas tecnologias de
parques eólicos que estão integradas agora e de que forma
elas podem melhorar a exploração do sistema eléctrico.
BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
RA - É uma história complicada porque, na verdade, a
universidade em que fiz o mestrado tem também doutoramento.
Só que é importante ir para outra universidade e conhecer o
ambiente de trabalho, não ficar só a fazer o mestrado e o
doutoramento na mesma universidade. Quando acabei a tese de
mestrado ia para São Paulo. Na mesma altura, os professores
de cá foram dar um curso lá. O professor Peças Lopes
disse-me que precisava de pessoas que trabalhassem na área
em que eu estava a pesquisar. Havia também um convénio entre
a nossa instituição e o INESC Porto. A ideia veio mais por
causa desse convénio que havia, e eu ia receber uma bolsa do
Brasil, que depois acabaram por não dar. Mesmo assim, o
professor gostou do meu trabalho e arranjou-me uma bolsa de
pesquisa daqui. Assim, em conjunto com os projectos em que
estou envolvido, consigo pagar o doutoramento. Não tenho
bolsa de doutorado, só tenho a bolsa do INESC Porto.
BIP - Que problemas de integração encontrou?
RA - Aqui no INESC Porto não encontrei problemas de
integração. Acho que a maior dificuldade foi em casa, porque
morar com muitas pessoas estrangeiras é complicado. Mas
graças a Deus tive muita sorte porque as pessoas com quem
moro hoje são da Roménia e são espectaculares, dou-me muito
bem com eles. No início foi muito difícil, porque todos eles
falavam romeno. Só tinha o Bogdan e a esposa que falavam
português, e pouco mais. Isto foi o mais difícil e também o
facto de viver com diferentes culturas, mas acabamos por
superar isso. E, claro, as saudades de casa... É complicado.
Vir de uma região do Brasil que é muito quente e chegar aqui
em Outubro e apanhar 10 graus é muito difícil... A maior
facilidade que tive para a integração foi a língua e as
pessoas com quem tive que trabalhar. Se eu tivesse só que
fazer o doutoramento e não precisasse de realizar projectos,
estava sentado numa secretária, não teria tanto contacto com
as pessoas. Isso fez crescer um ciclo de amizades muito
grande. Conheço todos e não tive quaisquer barreiras no
início. O professor envolveu-me logo na equipa em que ele
trabalha e não houve problemas, foi muito fácil.
BIP - A relação com a instituição correspondeu às
expectativas?
RA - Sim. Só há um aspecto que eu gostaria que houvesse
aqui no INESC Porto: um laboratório. Acho que o INESC Porto,
em termos de teoria, é muito forte, mas em termos práticos
está a faltar um laboratório para provarmos aquilo que
desenvolvemos aqui. Sei que não é fácil... é preciso ter
financiamento, comprar equipamentos, etc... Mas em termos de
formação pessoal, de aprendizagem e de melhoramento de
conhecimentos não tenho razões para reclamar. Acredito que
aquilo que faço aqui poderia fazer no Brasil. Não tenho
dúvidas. Só que aqui houve uma facilidade muito grande,
porque estamos na Europa e temos um contacto muito maior do
que se estivesse lá, e se quisesse pedir um artigo, ou falar
com um professor. Nesse ponto, o INESC Porto é muito
interessante, muito forte nesse sentido. Consegue trabalhar
com várias instituições e professores. Assim, conseguimos
captar muito conhecimento e vários projectos europeus. Acho
que em termos de expectativas foi muito bom. Nestes três
anos aumentei muito este tipo de contacto, que no Brasil não
iria conseguir, uma vez que venho de São Paulo, uma região
mais pobre que o Rio de Janeiro.
Hussein
Khödr, Líbano, USE
BIP - Há quanto tempo está cá?
HK - Estou cá há uma semana a fazer um pós-doutoramento.
BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
HK - Porque o INESC Porto caracteriza-se por ter
investigadores com reputação internacional, como o professor
Matos, ou o Professor Peças Lopes. Também o professor
Vladimiro Miranda tem saído muitas vezes na revista
internacional onde todos os investigadores do ramo eléctrico
e electrónico publicam artigos. Vi-os na Internet e tentei
contactar com o professor Vladimiro. Depois vi um artigo
publicado pela professora Maria Teresa Ponce de Leão e
escrevi-lhe. Depois disso, ela recomendou-me o professor
Matos, e a partir daí, consegui uma bolsa do FCT. Foi por
isso que escolhi o INESC Porto.
BIP - Que problemas de integração encontrou?
HK - O ambiente é muito bom, com muitos estrangeiros
(assim como eu). Sinto-me como se estivesse em casa. Tenho
recebido bastante apoio, principalmente da Paula Castro, que
é como uma mãe para todos nós e ajudou-me a resolver todos
os problemas que tive quando cá cheguei...
BIP - A relação com a instituição correspondeu às
expectativas?
HK - Sim, temos o apoio dos professores, temos
computador, orientador...
Sebastian
Tabarce, Roménia, UTM
BIP - Há quanto tempo está cá?
ST - Estou cá há oito meses a trabalhar num projecto de
domínios livres, redes e electrónica analógica integrada.
BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
ST - Tive a possibilidade de trabalhar numa área onde na
Roménia não era possível tirar o doutoramento.
BIP - Que problemas de integração encontrou?
ST - Quase nenhuns, apesar do facto de não falar bem
português. As pessoas são simpáticas e sempre prontas a
ajudar. Tenho também a sorte de ter muitos romenos a
trabalhar aqui.
BIP - A relação com a instituição correspondeu às
expectativas?
ST - Sim, se calhar até um pouco mais. Vou ficar cá pelo
menos mais um ano.
Bogdan
Lucus, Roménia, USE
BIP - Há quanto tempo está cá?
BL - Estou cá há três anos a fazer mestrado e a
desenvolver um projecto na área da energia eléctrica.
BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
BL - Estava a viver em Lisboa quando vi um anúncio na
Internet para uma bolsa cá no INESC Porto.
BIP - Que problemas de integração encontrou?
BL - Não encontrei problemas nenhuns, apesar de na
altura não haver cá romenos... Mas desde o início que me dou
bem com toda a gente.
BIP - A relação com a instituição correspondeu às
expectativas?
BL - Sim, posso dizer que sim.
Ariel
Rocha, Argentina, UTM
BIP - Há quanto tempo está cá?
AR - Estou cá há um ano a fazer o mestrado e a
desenvolver um projecto na Unidade de Telecomunicações e
Multimédia que tem a ver com o processamento digital na área
de áudio.
BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
AR - Estava a fazer um mestrado na Argentina e recebemos
uma convocatória para uma bolsa internacional de
investigação do INESC Porto. Realmente não conhecia antes,
nem tinha referências muito específicas acerca da
instituição. Fiquei com um maior conhecimento através da
convocatória e senti-me logo muito interessado. Já tinha
tido oportunidade de viver em alguns sítios da Europa (como
a França), mas ainda não conhecia Portugal e pareceu-me uma
boa possibilidade de ter uma nova experiência, conhecer uma
nova cultura.
BIP - Que problemas de integração encontrou?
AR - Não encontrei problemas de integração nem no INESC
Porto, nem em Portugal. A única coisa que melhorava mais a
integração era estarmos todos no mesmo lugar físico. Estou
na FEUP porque não há espaço no edifício do INESC Porto para
todo o equipamento que precisamos ter para trabalhar. Era a
única coisa que podia melhorar a integração.
BIP - A relação com a instituição correspondeu às
expectativas?
AR - Sim, correspondeu. Desde o primeiro minuto que
cheguei cá recebi um apoio muito importante por parte das
secretárias da Unidade, desde a procura de alojamento até às
informações gerais para começar a minha vida cá no Porto,
sempre com paciência para ultrapassar as minhas dificuldades
(língua portuguesa, a profissão...).
Paulo
Jesus, Venezuela, USE
BIP - Há quanto tempo está cá?
PJ - Estou cá há dois anos a tirar doutoramento e a
desenvolver um projecto com a professora Maria Teresa Ponce
de Leão na área das energias renováveis.
BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
PJ - Na altura fiz uma sondagem de todas as instituições
da Europa que faziam investigação e onde pudesse fazer o
doutoramento. Concorri a várias bolsas em Espanha,
Inglaterra, Itália, Alemanha e Portugal. A primeira bolsa
que saiu foi a portuguesa. Como sou também português (os
meus pais são portugueses), preferi vir para Portugal.
BIP - Que problemas de integração encontrou?
PJ - Nenhuns. Acho que é muito interessante trabalhar
com pessoas de diferentes nacionalidades.
BIP - A relação com a instituição correspondeu às
expectativas?
PJ - Completamente. Tenho tido um grande apoio. Vim de
um país da América do Sul, que é a Venezuela, que tem alguns
problemas no âmbito da investigação, e é muito bom ter
apoios na investigação, poder publicar artigos, poder ir a
congressos...
Raluca
Savu, Roménia, UOSE
BIP - Há quanto tempo está cá?
RS - Estou cá há um ano e meio. Apresentei a tese e foi
rejeitada, escrevi uma queixa e agora estou à espera de uma
resposta.
BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
RS - Na verdade, não escolhi. Só respondi a um apelo na
Internet para desenvolver um projecto cá no INESC Porto, que
tinha a ver com a minha área: Física.
BIP - Que problemas de integração encontrou?
RS - Não tive problemas de integração. Toda a gente se
mostrou muito simpática e rapidamente fiz amigos cá. Hoje
falamos de tudo e partilhamos os nossos problemas,
experiências...
BIP - A relação com a instituição correspondeu às
expectativas?
RS - Sim. Na maior parte das vezes tenho bastante apoio
naquilo que faço.
Catalin
Calistru, Roménia, UTM
BIP - Há quanto tempo está cá?
CC - Estou cá há três anos.
BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
CC - Depois de acabar a faculdade, mandei o currículo
para cá para uma bolsa de doutoramento. Era um anúncio que
vi na faculdade... O currículo ficou na base de dados do
INESC Porto e fui chamado para um projecto europeu aqui.
Passado um ano obtive uma bolsa de doutoramento e foi assim
que comecei o doutoramento. Já estou no segundo ano.
BIP - Que problemas de integração encontrou?
CC - Posso dizer que a integração foi muito fácil. As
pessoas foram muito simpáticas e mostraram-se abertas a
ajudar. Não foi muito difícil aprender a língua e não tive
problemas de integração.
BIP - A relação com a instituição correspondeu às
expectativas?
CC - Na maior parte, sim. Só acho que o INESC Porto
poderia aproveitar mais os trabalhos que estamos a fazer, os
nossos projectos. Mas é uma situação normal. O trabalho está
muito organizado, não há razões de grande queixa. Estou a
trabalhar em bases de dados multimédia.
Rosa
Muniz, Espanha, UOSE
BIP - Há quanto tempo está cá?
RM - Estou cá há quatro anos e meio. Acabei a tese e
estou a desenvolver um plano de negócios para uma empresa e
vários projectos no sentido de introduzir a física nas
escolas...
BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
RM - Porque esta instituição oferecia-me aquilo que eu
queria, ou seja, fazer uma tese de doutoramento na área
experimental que tinha a ver com a fibra óptica. Portanto, o
INESC Porto tinha todas aquelas características que eu
precisava numa instituição de acolhimento.
BIP - Que problemas de integração encontrou?
RM - No INESC Porto não encontrei problemas de
integração. Encontrei mais problemas de integração no Porto.
BIP – A relação com a instituição correspondeu às
expectativas?
RM - Correspondeu.
Cezarina
Cela Mardare, Roménia, UOSE
BIP - Há quanto tempo está cá?
CCM - Estou cá há cerca de quatro anos a fazer
doutoramento.
BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
CCM - Primeiro para participar num projecto europeu e
depois para fazer o doutoramento. Encontrei informação
acerca do INESC Porto na Internet.
BIP - Que problemas de integração encontrou?
CCM - Acho que não encontrei problemas de integração
aqui.
BIP - A relação com a instituição correspondeu às
expectativas?
CCM - Sim.
Andrei
Mardare, Roménia, UOSE
BIP - Há quanto tempo está cá?
AM - Estou cá há cerca de quatro anos a fazer o
doutoramento, depois de ter trabalhado dois anos num
projecto.
BIP – Por que razão escolheu o INESC Porto?
AM - Porque naquele momento foi a única alternativa que
tive. Encontrei informação sobre o INESC Porto na Internet.
BIP - Que problemas de integração encontrou?
AM - Acho que não encontrei nenhuns problemas.
BIP - A relação com a instituição correspondeu às
expectativas?
AM - Sim.
Cláudia
Chituc, Roménia, Unidade de Engenharia de Sistemas de
Produção (UESP)
BIP - Há quanto tempo está cá?
CC - Estou cá há cerca de três anos a fazer
doutoramento, após ter acabado o mestrado, e a trabalhar em
vários projectos.
BIP – Por que razão escolheu o INESC Porto?
CC - A razão porque escolhi Portugal (Porto), foi para
terminar o meu mestrado na FEUP e, claro, arranjar uma
maneira de me sustentar... O INESC Porto constitui um dos
institutos R&D de interface com a FEUP e na altura oferecia
diferentes bolsas de estudos... O INESC Porto foi uma boa
alternativa por várias razões. Primeiro porque oferece aos
estudantes a oportunidade de desenvolver a investigação
juntamente com uma equipa de trabalho, enquanto terminam os
estudos de pós-graduações. Enviei o meu currículo e fui
chamada para uma entrevista, logo depois recebi a boa
notícia...
BIP - Que problemas de integração encontrou?
CC – Não encontrei nenhuns problemas. Todas as pessoas
foram sempre muito simpáticas e dispostas a ajudar. Desde o
início que tenho tido o apoio e a amizade do Eng. José
Carlos Caldeira, Ana Isabel, Marta Oliveira e Sónia Pinto.
BIP - A relação com a instituição correspondeu às
expectativas?
CC – Para ser sincera, não tinha nenhumas expectativas
quando cheguei ao INESC Porto, talvez porque nunca fui uma
sonhadora... A verdade é que foi tudo muito depressa: a
chegada ao Porto, a inscrição na FEUP, o pedido de bolsa no
INESC Porto, a entrevista, etc... que nem tive tempo de
pensar nas expectativas. O que quero deixar aqui bem claro é
que, após três anos de trabalho de investigação desenvolvido
no INESC Porto, sinto-me muito feliz por ter tomado a
decisão de ter pedido a bolsa de estudos. Durante estes
anos, tive a oportunidade de trabalhar em projectos
nacionais, e europeus, fazer parte de uma equipa de
investigação, enquanto termino os meus estudos. Tenho a
sorte de trabalhar com óptimos profissionais, num ambiente
agradável e aqui menciono os nomes do Professor Américo
Azevedo, Professor José Manuel Mendonça, e Eng. José Carlos
Caldeira que são orientadores que me dão todas as indicações
que necessito e partilham comigo as suas experiências e
pontos de vista na área da investigação.
Luís
Carneiro, coordenador da UESP
BIP - Qual é a mais valia para o INESC Porto e para os
seus orientadores acolherem bolseiros e investigadores
estrangeiros?
LC - O acolhimento de bolseiros ou investigadores
estrangeiros obriga a explicar e discutir aspectos que
normalmente são dados como subentendidos, o que por vezes
obriga a discutir e repensar aspectos básicos da nossa
actuação. Por outro lado, estes investigadores podem criar
oportunidades de desenvolvimento de novas actividades e
projectos nos seus países de origem.
Manuel
Matos, coordenador da USE
BIP - Qual é a mais valia para o INESC Porto e para os
seus orientadores acolherem bolseiros e investigadores
estrangeiros?
MM - Por um lado, a diversidade técnica, científica e
até cultural associados à integração de
bolseiros/investigadores estrangeiros é muito boa para os
grupos, abrindo perspectivas e contrariando tendências
isolacionistas. Por outro lado, temos por vezes hipóteses de
recrutar pessoas de um nível muito elevado, que não
encontraríamos em Portugal com facilidade. Finalmente, são
amigos que disseminamos por esse mundo fora.
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