B o l e t i m Número 54 de Setembro 2005 - Ano IV
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D E S T A Q U E

Bolseiros e investigadores estrangeiros no INESC Porto

Todos diferentes, todos iguais

O INESC Porto recebe todos os anos investigadores e bolseiros oriundos de países como a Roménia, Brasil, Argentina, Cuba, Venezuela, Espanha, EUA, Rússia e Myanmar. O BIP conversou com alguns e tentou conhecer as razões que levaram à escolha desta instituição para o acolhimento dos seus projectos, teses de mestrado ou doutoramento. Chegados a Portugal e ao INESC Porto, que dificuldades encontraram? Que novos desafios se propuseram a agarrar? Está a valer a pena? Não perca as respostas.

Giorgiana Ciobanu, Roménia, Unidade de Telecomunicações e Multimédia (UTM)

BIP - Há quanto tempo está cá?
GC - Estou cá há um ano.

BIP – Por que razão escolheu o INESC Porto?
GC - Na verdade foi o INESC Porto que me escolheu a mim... Estava a fazer o mestrado em Multimédia na FEUP e o INESC Porto convidou-me para fazer uma tese. No meu caso, acabei por conhecer o INESC Porto através do Lucian. Nunca tinha ouvido falar antes do Instituto.

BIP - Que problemas de integração encontrou?
GC - Não encontrei nenhum problema. Já falo português... Gosto do ambiente de trabalho, dou-me bem com os colegas...

BIP - A relação com a instituição correspondeu às expectativas?
GC - Quando pensava no futuro, não pensava no INESC Porto. Mas se posso trabalhar aqui... No futuro, quando acabar o mestrado quero trabalhar na área de Multimédia, de preferência numa empresa por conta própria.

Lucian Ciobanu, Roménia, UTM

BIP - Há quanto tempo está cá?
LC
- Estou no INESC Porto há quase três anos.

BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
LC
- Na altura, quando acabei a licenciatura encontrei um anúncio na Faculdade da Roménia. Achei muito interessante esta actividade de investigação e gostei da oportunidade de a fazer. Não conhecia ninguém de cá. Mas depois ouvi dizer que o Catalin já estava cá, e como era meu colega da faculdade... Na altura foi uma surpresa para mim saber que ele já estava cá. Fiquei muito feliz...

BIP - Que problemas de integração encontrou?
LC
- Acho que foi sempre um ambiente muito bom, mesmo no início em que só falava em inglês, porque não sabia falar em português... Gostei muito de aprender a falar a língua portuguesa. Aproveitei o facto de estar cá e fiz um curso de português. A partir daí foi mais fácil falar com as pessoas. Estou a trabalhar na área de Multimédia, na adaptação de conteúdos. Já obtive uma bolsa de doutoramento e, num futuro próximo, vou tirar doutoramento. Passarei da licenciatura para um doutoramento. Vou continuar cá pelo menos, mais quatro anos.

BIP - A relação com a instituição correspondeu às expectativas?
LC
- Sinceramente não sabia muito do INESC Porto... Antes de vir para cá li algumas coisas sobre o INESC Porto no site. Já sabia que tinha um estatuto muito sério, onde qualquer pessoa poderia encontrar expectativas altas. Estou muito satisfeito.

Mauro Rosa, Brasil, Unidade de Sistemas de Energia (USE)

BIP- Há quanto tempo está cá?
MR
- Estou cá há nove meses. Trabalho com agentes artificiais e tento colocar um pouco de inteligência em alguns processos matemáticos que não são muito inteligentes.

BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
MR
- Eu já trabalho em pesquisa há alguns anos e conheço os diversos centros dentro da minha área que são considerados centros de excelência nesse tipo de trabalho. O INESC Porto enquadra-se exactamente nesses centros. Assim, a escolha veio exactamente disso: de ser um centro de excelência e bastante direccionado. Eu já tinha estado cá no INESC Porto em 2003, onde participei num congresso. Já sou professor no Brasil há cerca de seis anos e na verdade já estava a procurar um lugar para fazer o meu doutoramento. Na altura contactei com os professores de cá e com o professor Vladimiro e a decisão veio exactamente dessa visita.

BIP - Que problemas de integração encontrou?
MR
- Na realidade não consigo identificar problemas de integração. Não encontrei barreiras, encontrei muito apoio como era de esperar aqui no INESC Porto. Foi mais o problema de encontrar uma nova cultura, de ficar numa nova condição em termos de trabalho e de me habituar a esse novo processo. No Brasil, as pessoas são mais expansivas, falam bastante... acho que a maior dificuldade vem exactamente desse tipo de tratamento.

BIP - A relação com a instituição correspondeu às expectativas?
MR
- Sim, correspondeu. Acho até, que encontrei um pouco mais. Vim preparado para começar a fazer o meu doutoramento de uma forma, e encontrei um processo, uma estrutura bastante boa para se trabalhar. Superei todas as expectativas em relação às dificuldades que esperava.

Daniel Oancea, Roménia, UTM

BIP - Há quanto tempo está cá?
DO
- Estou cá há quase um ano.

BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
DO
- Vi um anúncio na Roménia e respondi ao apelo. Gosto do ambiente e como tenho muitos amigos aqui da Roménia...

BIP - Que problemas de integração encontrou?
DO
- Não tive problemas nenhuns de integração. Estou a trabalhar num projecto para a União Europeia: “Desmantelamento do conteúdo multimédia e distribuição de tecnologias”. Ainda não sei por mais quanto tempo vou ficar cá, vai depender dos projectos que apareçam...

BIP - A relação com a instituição correspondeu às expectativas?
DO
- Sim, estou a gostar de estar em Portugal e no INESC Porto.

Paul Brown, EUA, USE

BIP - Há quanto tempo está cá?
PB
- Estou cá há um ano e alguns meses.

BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
PB
- Um professor de Ohio State responsável por um programa para alunos de mestrado esteve cá no Porto e depois falou nisso numa aula do quarto ano. Fiquei logo com vontade de vir. Durante um ano, não pensei mais nisso, mas quando tive de escolher o sítio onde tirar o mestrado, lembrei-me logo de Portugal.

BIP - Que problemas de integração encontrou?
PB
- Não tive tantos problemas como pensei que iria ter. Vim um mês mais cedo para aprender a língua e isso ajudou-me bastante a falar com as pessoas, porque nem toda a gente fala inglês e conversar em português ajuda a integração.

BIP - A relação com a instituição correspondeu às expectativas?
PB
- Sim, acho que sim. A nível profissional, era mais ou menos o que esperava. Esperava que fosse pior, em termos de vida pessoal, porque não sabia como eram as pessoas com quem iria trabalhar. Estou a trabalhar num projecto sobre a região da Madeira.

Rosane Falate, Brasil, Unidade de Optoelectrónica e Sistemas Electrónicos (UOSE)

BIP - Há quanto tempo está cá?
RF
- Estou cá há um ano a fazer doutoramento e a trabalhar na área de sistemas eléctricos.

BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
RF
- Porque eu trabalho numa linha de pesquisa, com um tipo de sensor que o INESC Porto trabalha há muito tempo e isso realmente ajuda bastante para a prosseguimento do meu trabalho.

BIP - Que problemas de integração encontrou?
RF
- Na realidade as pessoas são muito simpáticas e foi muito fácil integrar-me no INESC Porto. No começo tinha algumas dificuldades, mas que tinham a ver comigo, com as saudades de casa...

BIP - A relação com a instituição correspondeu às expectativas?
RF
- Sim, com certeza.

Naing Win Oo, Myanmar (antiga Birmânia), USE

BIP - Há quanto tempo está cá?
NWO
- Estou cá há quase cinco anos.

BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
NWO
- Na altura estava interessado em fazer investigação e estava a estudar na Universidade. Aí descobri o INESC Porto que estava a trabalhar numa área que me interessava e eu queria partilhar as pesquisas que andava a fazer. Vi um anúncio na Internet que falava sobre a instituição e concorri para vir para cá.

BIP - Que problemas de integração encontrou?
NWO
- Nunca tive problemas de início porque no primeiro projecto trabalhei com o professor Fidalgo e penso que até correu bastante bem. O segundo projecto foi com o professor Vladimiro Miranda e a meio do projecto recebi uma bolsa FCT para estudar para o doutoramento. Nessa altura, eu e o professor decidimos que só me iria dedicar ao doutoramento. Quando acabar o doutoramento, e como estou a viver há tanto tempo fora de casa, tenho vontade de ir embora e de fazer uma pausa durante algum tempo por lá. Depois decidirei o que fazer a seguir.

BIP - A relação com a instituição correspondeu às expectativas?
NWO
- É um bom sítio para trabalhar. As pessoas são simpáticas e amáveis, assim como o professor com quem tenho trabalhado (Vladimiro Miranda), por isso, tenho sorte de trabalhar com essas pessoas.

Javier Lopéz de la Cruz, Cuba, UOSE

BIP - Há quanto tempo está cá?
JLC
- Estou cá há três meses a fazer pós-doutoramento.

BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
JLC
- Porque é um instituto de investigação e permitiu-me trabalhar na minha área de investigação, candidatando-me a uma bolsa de pós-doutoramento do FCT.

BIP - Que problemas de integração encontrou?
JLC
- Não encontrei muitos. Até porque as pessoas são agradáveis e o ambiente é bastante bom.

BIP - A relação com a instituição correspondeu às expectativas?
JLC
- Sim, corresponde. Mas ainda estou no início e não posso dizer muito sobre isso. Só o tempo o dirá...

Rogério Almeida, Brasil, USE

BIP - Há quanto tempo está cá?
RA
- Estou cá há três anos a fazer tese de doutoramento. O objectivo da tese é estudar as novas tecnologias de parques eólicos que estão integradas agora e de que forma elas podem melhorar a exploração do sistema eléctrico.

BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
RA
- É uma história complicada porque, na verdade, a universidade em que fiz o mestrado tem também doutoramento. Só que é importante ir para outra universidade e conhecer o ambiente de trabalho, não ficar só a fazer o mestrado e o doutoramento na mesma universidade. Quando acabei a tese de mestrado ia para São Paulo. Na mesma altura, os professores de cá foram dar um curso lá. O professor Peças Lopes disse-me que precisava de pessoas que trabalhassem na área em que eu estava a pesquisar. Havia também um convénio entre a nossa instituição e o INESC Porto. A ideia veio mais por causa desse convénio que havia, e eu ia receber uma bolsa do Brasil, que depois acabaram por não dar. Mesmo assim, o professor gostou do meu trabalho e arranjou-me uma bolsa de pesquisa daqui. Assim, em conjunto com os projectos em que estou envolvido, consigo pagar o doutoramento. Não tenho bolsa de doutorado, só tenho a bolsa do INESC Porto.

BIP - Que problemas de integração encontrou?
RA
- Aqui no INESC Porto não encontrei problemas de integração. Acho que a maior dificuldade foi em casa, porque morar com muitas pessoas estrangeiras é complicado. Mas graças a Deus tive muita sorte porque as pessoas com quem moro hoje são da Roménia e são espectaculares, dou-me muito bem com eles. No início foi muito difícil, porque todos eles falavam romeno. Só tinha o Bogdan e a esposa que falavam português, e pouco mais. Isto foi o mais difícil e também o facto de viver com diferentes culturas, mas acabamos por superar isso. E, claro, as saudades de casa... É complicado. Vir de uma região do Brasil que é muito quente e chegar aqui em Outubro e apanhar 10 graus é muito difícil... A maior facilidade que tive para a integração foi a língua e as pessoas com quem tive que trabalhar. Se eu tivesse só que fazer o doutoramento e não precisasse de realizar projectos, estava sentado numa secretária, não teria tanto contacto com as pessoas. Isso fez crescer um ciclo de amizades muito grande. Conheço todos e não tive quaisquer barreiras no início. O professor envolveu-me logo na equipa em que ele trabalha e não houve problemas, foi muito fácil.

BIP - A relação com a instituição correspondeu às expectativas?
RA
- Sim. Só há um aspecto que eu gostaria que houvesse aqui no INESC Porto: um laboratório. Acho que o INESC Porto, em termos de teoria, é muito forte, mas em termos práticos está a faltar um laboratório para provarmos aquilo que desenvolvemos aqui. Sei que não é fácil... é preciso ter financiamento, comprar equipamentos, etc... Mas em termos de formação pessoal, de aprendizagem e de melhoramento de conhecimentos não tenho razões para reclamar. Acredito que aquilo que faço aqui poderia fazer no Brasil. Não tenho dúvidas. Só que aqui houve uma facilidade muito grande, porque estamos na Europa e temos um contacto muito maior do que se estivesse lá, e se quisesse pedir um artigo, ou falar com um professor. Nesse ponto, o INESC Porto é muito interessante, muito forte nesse sentido. Consegue trabalhar com várias instituições e professores. Assim, conseguimos captar muito conhecimento e vários projectos europeus. Acho que em termos de expectativas foi muito bom. Nestes três anos aumentei muito este tipo de contacto, que no Brasil não iria conseguir, uma vez que venho de São Paulo, uma região mais pobre que o Rio de Janeiro.

Hussein Khödr, Líbano, USE

BIP - Há quanto tempo está cá?
HK
- Estou cá há uma semana a fazer um pós-doutoramento.

BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
HK
- Porque o INESC Porto caracteriza-se por ter investigadores com reputação internacional, como o professor Matos, ou o Professor Peças Lopes. Também o professor Vladimiro Miranda tem saído muitas vezes na revista internacional onde todos os investigadores do ramo eléctrico e electrónico publicam artigos. Vi-os na Internet e tentei contactar com o professor Vladimiro. Depois vi um artigo publicado pela professora Maria Teresa Ponce de Leão e escrevi-lhe. Depois disso, ela recomendou-me o professor Matos, e a partir daí, consegui uma bolsa do FCT. Foi por isso que escolhi o INESC Porto.

BIP - Que problemas de integração encontrou?
HK
- O ambiente é muito bom, com muitos estrangeiros (assim como eu). Sinto-me como se estivesse em casa. Tenho recebido bastante apoio, principalmente da Paula Castro, que é como uma mãe para todos nós e ajudou-me a resolver todos os problemas que tive quando cá cheguei...

BIP - A relação com a instituição correspondeu às expectativas?
HK
- Sim, temos o apoio dos professores, temos computador, orientador...

Sebastian Tabarce, Roménia, UTM

BIP - Há quanto tempo está cá?
ST
- Estou cá há oito meses a trabalhar num projecto de domínios livres, redes e electrónica analógica integrada.

BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
ST
- Tive a possibilidade de trabalhar numa área onde na Roménia não era possível tirar o doutoramento.

BIP - Que problemas de integração encontrou?
ST
- Quase nenhuns, apesar do facto de não falar bem português. As pessoas são simpáticas e sempre prontas a ajudar. Tenho também a sorte de ter muitos romenos a trabalhar aqui.

BIP - A relação com a instituição correspondeu às expectativas?
ST
- Sim, se calhar até um pouco mais. Vou ficar cá pelo menos mais um ano.

Bogdan Lucus, Roménia, USE

BIP - Há quanto tempo está cá?
BL
- Estou cá há três anos a fazer mestrado e a desenvolver um projecto na área da energia eléctrica.

BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
BL
- Estava a viver em Lisboa quando vi um anúncio na Internet para uma bolsa cá no INESC Porto.

BIP - Que problemas de integração encontrou?
BL
- Não encontrei problemas nenhuns, apesar de na altura não haver cá romenos... Mas desde o início que me dou bem com toda a gente.

BIP - A relação com a instituição correspondeu às expectativas?
BL
- Sim, posso dizer que sim.

Ariel Rocha, Argentina, UTM

BIP - Há quanto tempo está cá?
AR
- Estou cá há um ano a fazer o mestrado e a desenvolver um projecto na Unidade de Telecomunicações e Multimédia que tem a ver com o processamento digital na área de áudio.

BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
AR
- Estava a fazer um mestrado na Argentina e recebemos uma convocatória para uma bolsa internacional de investigação do INESC Porto. Realmente não conhecia antes, nem tinha referências muito específicas acerca da instituição. Fiquei com um maior conhecimento através da convocatória e senti-me logo muito interessado. Já tinha tido oportunidade de viver em alguns sítios da Europa (como a França), mas ainda não conhecia Portugal e pareceu-me uma boa possibilidade de ter uma nova experiência, conhecer uma nova cultura.

BIP - Que problemas de integração encontrou?
AR
- Não encontrei problemas de integração nem no INESC Porto, nem em Portugal. A única coisa que melhorava mais a integração era estarmos todos no mesmo lugar físico. Estou na FEUP porque não há espaço no edifício do INESC Porto para todo o equipamento que precisamos ter para trabalhar. Era a única coisa que podia melhorar a integração.

BIP - A relação com a instituição correspondeu às expectativas?
AR
- Sim, correspondeu. Desde o primeiro minuto que cheguei cá recebi um apoio muito importante por parte das secretárias da Unidade, desde a procura de alojamento até às informações gerais para começar a minha vida cá no Porto, sempre com paciência para ultrapassar as minhas dificuldades (língua portuguesa, a profissão...).

Paulo Jesus, Venezuela, USE

BIP - Há quanto tempo está cá?
PJ
- Estou cá há dois anos a tirar doutoramento e a desenvolver um projecto com a professora Maria Teresa Ponce de Leão na área das energias renováveis.

BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
PJ
- Na altura fiz uma sondagem de todas as instituições da Europa que faziam investigação e onde pudesse fazer o doutoramento. Concorri a várias bolsas em Espanha, Inglaterra, Itália, Alemanha e Portugal. A primeira bolsa que saiu foi a portuguesa. Como sou também português (os meus pais são portugueses), preferi vir para Portugal.

BIP - Que problemas de integração encontrou?
PJ
- Nenhuns. Acho que é muito interessante trabalhar com pessoas de diferentes nacionalidades.

BIP - A relação com a instituição correspondeu às expectativas?
PJ
- Completamente. Tenho tido um grande apoio. Vim de um país da América do Sul, que é a Venezuela, que tem alguns problemas no âmbito da investigação, e é muito bom ter apoios na investigação, poder publicar artigos, poder ir a congressos...

Raluca Savu, Roménia, UOSE

BIP - Há quanto tempo está cá?
RS
- Estou cá há um ano e meio. Apresentei a tese e foi rejeitada, escrevi uma queixa e agora estou à espera de uma resposta.

BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
RS
- Na verdade, não escolhi. Só respondi a um apelo na Internet para desenvolver um projecto cá no INESC Porto, que tinha a ver com a minha área: Física.

BIP - Que problemas de integração encontrou?
RS
- Não tive problemas de integração. Toda a gente se mostrou muito simpática e rapidamente fiz amigos cá. Hoje falamos de tudo e partilhamos os nossos problemas, experiências...

BIP - A relação com a instituição correspondeu às expectativas?
RS
- Sim. Na maior parte das vezes tenho bastante apoio naquilo que faço.

Catalin Calistru, Roménia, UTM

BIP - Há quanto tempo está cá?
CC
- Estou cá há três anos.

BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
CC
- Depois de acabar a faculdade, mandei o currículo para cá para uma bolsa de doutoramento. Era um anúncio que vi na faculdade... O currículo ficou na base de dados do INESC Porto e fui chamado para um projecto europeu aqui. Passado um ano obtive uma bolsa de doutoramento e foi assim que comecei o doutoramento. Já estou no segundo ano.

BIP - Que problemas de integração encontrou?
CC
- Posso dizer que a integração foi muito fácil. As pessoas foram muito simpáticas e mostraram-se abertas a ajudar. Não foi muito difícil aprender a língua e não tive problemas de integração.

BIP - A relação com a instituição correspondeu às expectativas?
CC
- Na maior parte, sim. Só acho que o INESC Porto poderia aproveitar mais os trabalhos que estamos a fazer, os nossos projectos. Mas é uma situação normal. O trabalho está muito organizado, não há razões de grande queixa. Estou a trabalhar em bases de dados multimédia.

Rosa Muniz, Espanha, UOSE

BIP - Há quanto tempo está cá?
RM
- Estou cá há quatro anos e meio. Acabei a tese e estou a desenvolver um plano de negócios para uma empresa e vários projectos no sentido de introduzir a física nas escolas...

BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
RM
- Porque esta instituição oferecia-me aquilo que eu queria, ou seja, fazer uma tese de doutoramento na área experimental que tinha a ver com a fibra óptica. Portanto, o INESC Porto tinha todas aquelas características que eu precisava numa instituição de acolhimento.

BIP - Que problemas de integração encontrou?
RM
- No INESC Porto não encontrei problemas de integração. Encontrei mais problemas de integração no Porto.

BIP – A relação com a instituição correspondeu às expectativas?
RM
- Correspondeu.

Cezarina Cela Mardare, Roménia, UOSE

BIP - Há quanto tempo está cá?
CCM
- Estou cá há cerca de quatro anos a fazer doutoramento.

BIP - Por que razão escolheu o INESC Porto?
CCM
- Primeiro para participar num projecto europeu e depois para fazer o doutoramento. Encontrei informação acerca do INESC Porto na Internet.

BIP - Que problemas de integração encontrou?
CCM
- Acho que não encontrei problemas de integração aqui.

BIP - A relação com a instituição correspondeu às expectativas?
CCM
- Sim.

Andrei Mardare, Roménia, UOSE

BIP - Há quanto tempo está cá?
AM
- Estou cá há cerca de quatro anos a fazer o doutoramento, depois de ter trabalhado dois anos num projecto.

BIP – Por que razão escolheu o INESC Porto?
AM
- Porque naquele momento foi a única alternativa que tive. Encontrei informação sobre o INESC Porto na Internet.

BIP - Que problemas de integração encontrou?
AM
- Acho que não encontrei nenhuns problemas.

BIP - A relação com a instituição correspondeu às expectativas?
AM
- Sim.

Cláudia Chituc, Roménia, Unidade de Engenharia de Sistemas de Produção (UESP)

BIP - Há quanto tempo está cá?
CC
- Estou cá há cerca de três anos a fazer doutoramento, após ter acabado o mestrado, e a trabalhar em vários projectos.

BIP – Por que razão escolheu o INESC Porto?
CC
- A razão porque escolhi Portugal (Porto), foi para terminar o meu mestrado na FEUP e, claro, arranjar uma maneira de me sustentar... O INESC Porto constitui um dos institutos R&D de interface com a FEUP e na altura oferecia diferentes bolsas de estudos... O INESC Porto foi uma boa alternativa por várias razões. Primeiro porque oferece aos estudantes a oportunidade de desenvolver a investigação juntamente com uma equipa de trabalho, enquanto terminam os estudos de pós-graduações. Enviei o meu currículo e fui chamada para uma entrevista, logo depois recebi a boa notícia...

BIP - Que problemas de integração encontrou?
CC
– Não encontrei nenhuns problemas. Todas as pessoas foram sempre muito simpáticas e dispostas a ajudar. Desde o início que tenho tido o apoio e a amizade do Eng. José Carlos Caldeira, Ana Isabel, Marta Oliveira e Sónia Pinto.

BIP - A relação com a instituição correspondeu às expectativas?
CC
– Para ser sincera, não tinha nenhumas expectativas quando cheguei ao INESC Porto, talvez porque nunca fui uma sonhadora... A verdade é que foi tudo muito depressa: a chegada ao Porto, a inscrição na FEUP, o pedido de bolsa no INESC Porto, a entrevista, etc... que nem tive tempo de pensar nas expectativas. O que quero deixar aqui bem claro é que, após três anos de trabalho de investigação desenvolvido no INESC Porto, sinto-me muito feliz por ter tomado a decisão de ter pedido a bolsa de estudos. Durante estes anos, tive a oportunidade de trabalhar em projectos nacionais, e europeus, fazer parte de uma equipa de investigação, enquanto termino os meus estudos. Tenho a sorte de trabalhar com óptimos profissionais, num ambiente agradável e aqui menciono os nomes do Professor Américo Azevedo, Professor José Manuel Mendonça, e Eng. José Carlos Caldeira que são orientadores que me dão todas as indicações que necessito e partilham comigo as suas experiências e pontos de vista na área da investigação.


Luís Carneiro, coordenador da UESP

BIP - Qual é a mais valia para o INESC Porto e para os seus orientadores acolherem bolseiros e investigadores estrangeiros?
LC
- O acolhimento de bolseiros ou investigadores estrangeiros obriga a explicar e discutir aspectos que normalmente são dados como subentendidos, o que por vezes obriga a discutir e repensar aspectos básicos da nossa actuação. Por outro lado, estes investigadores podem criar oportunidades de desenvolvimento de novas actividades e projectos nos seus países de origem.

Manuel Matos, coordenador da USE

BIP - Qual é a mais valia para o INESC Porto e para os seus orientadores acolherem bolseiros e investigadores estrangeiros?
MM
- Por um lado, a diversidade técnica, científica e até cultural associados à integração de bolseiros/investigadores estrangeiros é muito boa para os grupos, abrindo perspectivas e contrariando tendências isolacionistas. Por outro lado, temos por vezes hipóteses de recrutar pessoas de um nível muito elevado, que não encontraríamos em Portugal com facilidade. Finalmente, são amigos que disseminamos por esse mundo fora.
 



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