D E S T A Q U E Organizada pela primeira vez em Portugal
INESC Porto com nota excelente na MANUFUTURE 2007 Integrada na Presidência Portuguesa da União Europeia, a Conferência MANUFUTURE 2007 centrou-se nos desafios da indústria transformadora europeia no actual contexto de competição global e na análise da primeira fase de execução do 7º Programa Quadro para Investigação e Desenvolvimento da UE. Organizado pelo Fórum MANUFUTURE Portugal, em parceria com o INESC Porto e o IAPMEI, o evento contou com prestigiadas figuras públicas e com a elite dos empresários da Europa, tendo-se revelado um sucesso.Competitividade e Inovação Promovida pelo Fórum MANUFUTURE Portugal, a conferência foi marcada pela discussão de temas como a inovação e a competitividade no mundo empresarial, alargada a um grande número de participantes.
No decorrer do evento, além dos testemunhos de vários especialistas, foram ainda apresentados exemplos concretos de empresas ou instituições que já estão a apostar na inovação e no desenvolvimento em vários sectores.
Os objectivos Debater o futuro da indústria transformadora europeia e as condições necessárias para o seu desenvolvimento sustentável, com enfoque no papel da ciência e da tecnologia e da elevada qualificação dos recursos humanos, foram os principais objectivos da conferência.
Entre os aspectos focados encontraram-se temas como as condições estruturais que influenciam o investimento na área da investigação, desenvolvimento e inovação, assim como a modificação destas condições no que diz respeito a vantagens competitivas para empresas de produção, nas áreas da ciência e tecnologia que são determinantes para a competitividade na União Europeia.
A presidência da UE O encontro, que já foi realizado anteriormente na Itália, Holanda, Reino Unido e Finlândia, teve este ano Portugal como anfitrião da sua 5ª edição, no âmbito da Presidência Portuguesa da UE.
Assim, a conferência centrou-se principalmente nos desafios da indústria transformadora europeia no actual contexto de competição global e na análise da primeira fase de execução do 7º Programa Quadro para Investigação e Desenvolvimento da UE, nas áreas da Ciência e Tecnologia, determinantes para a sua competitividade.
Os especialistas Personalidades como Mariano Gago (Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior), Belmiro de Azevedo (Presidente do Industrial Advisory Group da Plataforma Europeia Manufuture), António Castro Guerra (Secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação) e Carlos Zorrinho (Coordenador Nacional da Estratégia de Lisboa) pronunciaram-se acerca da conjuntura que influencia o investimento em investigação, desenvolvimento e inovação e o seu impacto nos sectores industriais e nas empresas.
Entre os especialistas estrangeiros que emitiram a sua opinião sobre os mesmos assuntos contam-se nomes como Heinrich Flegel (Vice-Presidente para a Investigação do grupo Daimler), Carlos Costa (Vice-Presidente do Banco Europeu de Investimento), Mitchell Tseng (Universidade de Hong-Kong), James Thompson (Universidade da Pennsylvania) e ainda Herbert von Bose (DG Research, Comissão Europeia).
Os workshops A realização de workshops foi um dos pontos fortes da Conferência MANUFUTURE 2007. Em cada workshop, as empresas apresentaram a sua própria realidade aos demais participantes, promovendo assim, ao mesmo tempo, o debate das questões em foco na conferência.
Foram oito as empresas escolhidas para receber os workshops: Qimonda, Codizo, Multiwave Photonics, Mabera, Sonae Indústria, Bial, Frezite e Efacec. A título de exemplo refira-se a convicção de José Manuel Fernandes, presidente do grupo Frezite, que acredita que Portugal está a viver uma verdadeira revolução de mentalidades. "Os empresários e gestores estão finalmente a aperceber-se de que a matéria-prima mais importante de uma empresa são as pessoas", garante.
O Fórum MANUFUTURE Portugal Este encontro veio servir o principal objectivo da "Associação Cívica para o Progresso e Desenvolvimento da Indústria Transformadora em Portugal – Fórum MANUFUTURE Portugal". Sendo assim, foi possível promover a reflexão e o estudo dos problemas da Indústria Transformadora em Portugal e na Europa, com o intuito de criar uma estratégia para o desenvolvimento sustentado da indústria nacional e europeia.
Na opinião do director José Carlos Caldeira, um dos organizadores do evento, o INESC Porto saiu deste evento altamente prestigiado a nível nacional e internacional. “Isso resultou do profissionalismo associado à organização do evento mas sobretudo do sucesso do conceito desenvolvido para a conferência e da qualidade dos resultados. Para tal, muito contribuiu a participação activa de um conjunto de empresas nacionais que acolheram os workshops e que partilharam as suas experiências, e também de empresas de outros países europeus que vieram apresentar os seus casos.”
O balanço positivo Para José Carlos Caldeira, o balanço é muito positivo. "Esta classificação não resulta da minha opinião pessoal (que poderá ser sempre tendenciosa), mas do conjunto de mensagens e comentários que nos foram transmitidos pelos participantes, quer durante o evento, quer posteriormente por escrito.” O engenheiro acrescenta ainda que “as referências não poderiam ser mais elogiosas.”
Luís Guardão da Unidade de Engenharia de Sistemas de Produção (UESP) considera igualmente que o evento foi um sucesso. "A conferência foi muito bem organizada e orientada por forma a que os objectivos a que se propunha fossem cumpridos na íntegra, nomeadamente que se extraíssem recomendações e conclusões úteis de cada workshop. Os participantes estiveram interessados e participaram activamente nos workshops.”
O futuro da indústria transformadora O director do INESC Porto considera que em Portugal e na Europa, a indústria transformadora representa um pilar fundamental da sustentabilidade económica e social, e assim continuará por muitos anos. "Acredito sinceramente que o futuro depende sobretudo da nossa atitude e das nossas acções e não tanto de fatalidades ou de cenários pré-definidos por “peritos” como sendo “verdades” absolutas", garante o engenheiro.
"Se a indústria nacional tomar o seu futuro nas suas mãos, tiver uma atitude arrojada e desinibida, apostar a sério nos factores que constroem verdadeiras vantagens competitivas (nomeadamente na I&D e na formação), se desenvolver parcerias com os centros de saber e exigir ao Estado a criação de um contexto competitivo, não tenho qualquer dúvida de que a probabilidade do futuro ser melhor é muito grande”, afirma José Carlos Caldeira.
O caminho para a evolução necessária O engenheiro sustenta ainda que se a indústria ficar refém das teorias e conjecturas da moda; se não for capaz de discutir e resolver os problemas e os desafios nos níveis certos; se apostar nos caminhos mais imediatistas e fáceis e; sobretudo, se não acreditar nela própria, então será a própria indústria nacional (e europeia) que estará a cavar a sua sepultura (e não os asiáticos, os americanos ou os políticos).
José Carlos Caldeira assegura que esta evolução tem forçosamente de envolver toda a indústria, incluindo os sectores mais maduros, os sectores mais avançados já instalados e também os sectores emergentes. Só assim será possível garantir a dimensão e massa crítica necessárias à manutenção do modelo social europeu e assegurar uma evolução suave e sustentada da nossa matriz industrial.
Os ganhos da indústria portuguesa O director considera que com este evento a indústria nacional beneficiou em duas vertentes: através do conjunto de empresas que acolheram os workshops, onde se transmitiu uma imagem de uma indústria moderna, competitiva, tecnologicamente avançada e que, em diversos sectores, está à altura das suas congéneres europeias; e também porque se colocou na agenda política europeia e nacional um conjunto de preocupações e de recomendações relevantes para Portugal em geral e em particular para a indústria transformadora nacional.
José Carlos Caldeira recorda que foram muitas as pessoas que colaboraram nesta "aventura". Este evento reuniu cerca de 350 pessoas de 35 países, onde foram apresentadas 41 comunicações, entre as quais 16 casos de estudo em oito workshops paralelos realizados em empresas nacionais.
As pessoas envolvidas Para o organizador, há pessoas e entidades que contribuíram para a realização da conferência e merecem destaque, tais como “o Prof. José Manuel Mendonça, o Dr. Carlos Costa, do BEI, o Eng. Belmiro de Azevedo e o Prof. Heinrich Flegel, da Daimler, que formaram o núcleo estratégico do evento; também a Ana Isabel e a Sónia Pinto pelo esforço adicional, pela disponibilidade e pela qualidade do trabalho desenvolvido; e as empresas portuguesas que acolheram os workshops: Qimonda, Codizo, Multiwave Photonics, Mabera, Sonae Indústria, Bial, Frezite e Efacec.
Além destes, e o director agradece ainda aos restantes colegas do INESC Porto que colaboraram na iniciativa às empresas europeias que vieram apresentar os seus casos e partilhar as suas experiências, pagando os respectivos custos: Acciona, Homag, Bitecic, Karcher, PTC, Sintesi, Claas e Aviation Valley e, finalmente, às diversas instituições que apoiaram o evento.
Pode obter mais informações em http://manufuture2007.inescporto.pt
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