A Unidade de
Telecomunicações e Multimédia (UTM) apresentou recentemente os
resultados do projecto G-FORS - Generic Format for Storage a
convidados de todo o mundo e à Comissão Europeia, ou seja, a cerca de
45 pessoas.
Segundo Vítor
Teixeira, responsável pelo projecto, "apesar do demonstrador só
ter funcionado segundos antes do início do dia da demonstração,
quase tudo funcionou como previsto à hora certa, para jubilo de todos
os que participaram no G-FORS e da plateia".
O investigador
acrescentou que a apresentação levou "os mais apreensivos, como
o Martyn Suker (produtor da BBC em Bristol onde se fazem programas
como a BBC vida selvagem), renderem-se à evidência e, no final, este
produtor já era um acérrimo defensor do G-FORS ou sistemas que
virão a usar o MXF".
Contudo, se para o
INESC Porto o dia de demonstração correu bem, o dia da avaliação
correu ainda melhor. Após a apresentação de todos os parceiros e
uma breve reunião de análise pela Comissão e os avaliadores do
projecto, foram apresentados os comentários ao consórcio: Excelente!
Albert Gautier
rotulou o G-FORS como o melhor projecto que a comissão tinha
actualmente em mãos e congratulou-se por ter trabalhado numa equipa
em "equipe", coisa não muito comum em certos projectos.
Segundo Gautier,
apesar do G-FORS ter objectivos ambiciosos, os parceiros souberam
responder muito bem ao desafio e o projecto conseguiu com um elevado
grau de qualidade a atingi-los. Salientou ainda que o G-FORS, como
entidade independente, conseguiu guiar o MXF e que foi devido à sua
independência que foi possível que este formato não ficasse
negativamente rotulado à Sony.
No entanto, segundo
Vítor Teixeira, o melhor ainda estava para vir... Ao finalizar a
avaliação ao G-FORS, o avaliador do projecto, Knut Holmquist, não
quis deixar de realçar o que considera ter sido a peça fundamental
para o sucesso do G-FORS: o SDK do MXF, realizado pelo INESC Porto.
Apesar de não querer
tirar o mérito da câmara de filmar da Thomson, do servidor, do
editor nativo de MXF, da cartridge, do Logger da Snell e de toda a
infra-estrutura do demonstrador, Holmquist quis deixar bem claro que
se não houvesse o SDK talvez o MXF e o G-FORS não tivessem
conseguido chegar a bom porto. |