Número 2 Público / 16 Interno (Março 2002)
Ficha técnica
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UOSE instala pré-protótipo de cabo de sensor na Ria de Aveiro

 

 

 

A Unidade de Optoelectrónica e Sistemas Electrónicos (UOSE) procedeu, no dia 18 de Fevereiro, à instalação do pré-protótipo do cabo sensor de fibra óptica no Canal de Mira da Ria de Aveiro - a primeira instalação de campo do projecto PROTEU.

Numa extensão de 1500 metros ao longo do canal, foi instalado um cabo com 5 fibras ópticas. Duas delas não tinham sensores de Bragg incorporados e serviam o propósito de referenciar eventuais perdas de potência óptica acima dum patamar de segurança. As restantes três fibras tinham nove pontos de leitura da temperatura da água distribuídos ao longo do canal.

A opção de se ter três fibras com sensores de Bragg teve a ver não só com a questão da redundância, mas também com o interesse de se obter várias leituras num determinado ponto de medição de modo a poder efectuar-se tratamento estatístico. Assim, o cabo sensor tem um total de 27 redes de Bragg, sendo a sua leitura efectuada por uma única unidade de processamento que ficou colocada na casa da Capitania do Porto de Aveiro junto à Vagueira.

A instalação, que esteve a cargo dos Irmãos Cavaco decorreu muito bem, tendo sobrevivido todos os sensores, os quais já começaram a fornecer resultados muito interessantes sobre a evolução diurna da temperatura da água ao longo do canal (sendo o ciclo das marés um factor que a influencia marcadamente).

Para além da relevância das medições que irão ser efectuadas em contínuo até ao fim do Verão, um dos objectivos principais da instalação deste pré-protótipo consiste em aferir e afinar a tecnologia por forma a avançar-se posteriormente para a instalação do protótipo final no canal principal da Ria de Aveiro.

A instalação despertou grande interesse, não só da população local, mas também da comunicação social que esteve presente desde a televisão até à radio.

Por fim, o coordenador da UOSE recorda que "nestas aventuras é sempre bom estar mentalmente preparado para o imprevisto". Neste caso, a equipa do projecto ficou surpreendida com a frequência com que a energia eléctrica falhava naquela zona. José Luís Santos salienta que essa falha é grave já que afecta toda a instrumentação de medida, a qual deve operar em contínuo. "Para já este é o problema que presentemente a equipa tem de resolver", conclui.

 

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