A Unidade de
Optoelectrónica e Sistemas Electrónicos (UOSE) procedeu, no dia 18
de Fevereiro, à instalação do pré-protótipo do cabo sensor de
fibra óptica no Canal de Mira da Ria de Aveiro - a primeira
instalação de campo do projecto PROTEU.
Numa extensão de
1500 metros ao longo do canal, foi instalado um cabo com 5 fibras
ópticas. Duas delas não tinham sensores de Bragg incorporados e
serviam o propósito de referenciar eventuais perdas de potência
óptica acima dum patamar de segurança. As restantes três fibras
tinham nove pontos de leitura da temperatura da água distribuídos ao
longo do canal.
A opção de se ter
três fibras com sensores de Bragg teve a ver não só com a questão
da redundância, mas também com o interesse de se obter várias
leituras num determinado ponto de medição de modo a poder
efectuar-se tratamento estatístico. Assim, o cabo sensor tem um total
de 27 redes de Bragg, sendo a sua leitura efectuada por uma única
unidade de processamento que ficou colocada na casa da Capitania do
Porto de Aveiro junto à Vagueira.
A instalação, que
esteve a cargo dos Irmãos Cavaco decorreu muito bem, tendo
sobrevivido todos os sensores, os quais já começaram a fornecer
resultados muito interessantes sobre a evolução diurna da
temperatura da água ao longo do canal (sendo o ciclo das marés um
factor que a influencia marcadamente).
Para além da
relevância das medições que irão ser efectuadas em contínuo até
ao fim do Verão, um dos objectivos principais da instalação deste
pré-protótipo consiste em aferir e afinar a tecnologia por forma a
avançar-se posteriormente para a instalação do protótipo final no
canal principal da Ria de Aveiro.
A instalação
despertou grande interesse, não só da população local, mas também
da comunicação social que esteve presente desde a televisão até à
radio.
Por fim, o
coordenador da UOSE recorda que "nestas aventuras é sempre bom
estar mentalmente preparado para o imprevisto". Neste caso, a
equipa do projecto ficou surpreendida com a frequência com que a
energia eléctrica falhava naquela zona. José Luís Santos salienta
que essa falha é grave já que afecta toda a instrumentação de
medida, a qual deve operar em contínuo. "Para já este é o
problema que presentemente a equipa tem de resolver", conclui.
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