Por Gaudêncio Grilo*
Analisando o INESC Porto cá do alto, verifica-se que
este está bem situado, pelo menos no aspecto paisagístico:
edifício novo, bonito, com tecnologia de ponta, acessos
razoáveis e uma Direcção bastante funcional, simples e
inteligente.
Assim se vão resolvendo os problemas da actualidade com
a mesma dificuldade com que lutam as empresas privadas e
semi-privadas, mas o certo é que o INESC Porto já existe
há mais de 15 anos na região norte, se a memória não me
falha.
É lógico que isto de estar bem situado é relativo
pois, se para uns traz vantagens (como é o meu caso), para
outros provavelmente seria muito melhor onde estava antes,
no centro do Porto. Para as meninas tinha especialmente a
vantagem de poderem ir comprar lingerie e bibelots à hora
do almoço.
Agora os acessos ao INESC Porto são razoáveis para quem
vem do lado sul (FEUP) mas, para quem se apresente do lado
norte, a lama e os dejectos dos cães no caminho não ajudam
muito.
Todos os anos a Direcção faz uma festa aos
funcionários e colaboradores. É mais uma nota positiva que
resulta do grande empenho e dedicação da Direcção. O
INESC Porto agora até bar tem, outra melhoria substancial.
O parqueamento para a maioria dos funcionários e
colaboradores é que não está muito bom (pelo menos para
alguns), mas aceito. Temos computadores até dizer basta,
600 pontos de acesso à Internet, segurança 24 horas por
dia, etc.
Pergunta: Mas então está tudo bem? Resposta: Claro que
não! Se eu pertencesse à Direcção, outras coisas
melhorava...
- Se nos lembrarmos que este ano quase toda a gente, de
uma forma geral, trabalhou imenso para a mudança do INESC
Porto, quase todos merecem prémio de colaboração e não
só alguns, como vem sendo hábito. Mas isso implicava muita
despesa? Não, pelo contrário, não era necessário
aumentar a despesa, o que era necessário era dividir o mal
pelas "aldeias". Assim, se uma dada linha tem 800
contos para atribuir a dois ou três, distribuía a verba a
todos da linha e, de acordo com a antiguidade e hierarquia,
atribuía valores diferentes. Se eu pertencesse à
Direcção, nunca daria tudo a uns e nada a outros.
- Faria também toda a pressão para instalar uma caixa
de Multibanco no INESC Porto e, dado que tem segurança
sempre presente, não haveria qualquer risco.
- O parqueamento seria apenas simbólico: 5 euros por
mês para cada um. Assim, aumentava o número de carros
estacionados no parque e ajudava a Direcção a pagar o
aluguel.
- Contactava a Câmara do Porto para arranjo da rua de
acesso do lado norte (quem vem da Circunvalação) e acabava
com a lama no caminho.
- Fazia chegar um comunicado a todos os inesquianos
dizendo: Há pessoas que se queixam que não conseguem
trabalhar devido ao barulho que outros fazem, que é mau
para quem gosta de trabalhar em silêncio (parece uma
feira). Mas, para outros, nem uma mosca pode zumbir (parece
uma igreja ou um velório). Não é o caso, por isso vamos
lá ser compreensivos e moderados e não fundamentalistas
nos dois sentidos.
*
Colaborador do Departamento de Comunicações e Informática
(DCI)