Espera-se acção
Vamos a meio do período de contrato de
Laboratório Associado, impõe-se uma reflexão colectiva sobre
a nossa actividade nesse contexto.
Não só para eventualmente nos satisfazermos com alguns
resultados, que sempre aparecerão, mas fundamentalmente para
compreendermos onde e como é necessário agir para garantir
que, na avaliação que inevitavelmente se seguirá, poderemos
manter um estatuto privilegiado de reconhecimento de que
agora dispomos - o título de Laboratório Associado.
Importa recordar que o julgamento executado pela FCT é
essencialmente de natureza científica e que, portanto, há
que olhar com redobrada atenção para os índices objectivos
que traduzam a nossa actividade. Os mais clássicos são:
publicação de artigos em revistas; doutoramentos concluídos;
projectos de investigação executados.
Todos concordaremos que em matéria de projectos
científicos a actividade do INESC Porto é, de uma forma
geral, de um nível de qualidade que não compromete o
objectivo atrás enunciado.
Mas talvez também todos coincidamos na análise que nos
primeiros dois índices a situação, vista isoladamente,
poderia ser bem melhor e não é sequer representativa da
nossa realidade. Um levantamento recente sobre a situação de
2003 revela que houve 174 publicações, um número apreciável
- mas que apenas houve em revistas 44 artigos (menos que um
por doutorado). Destes, 34 competiram à UOSE, 5 à UESP e 5 à
USE. Há aqui desequilíbrios que não é preciso evidenciar
mais, todos os sabemos ler.
Às orientações estratégicas têm que corresponder
actuações tácticas congruentes. Da parte das Unidades, dos
seus responsáveis e dos seus doutorados, e da Direcção,
espera-se acção.