B o l e t i m Número 44 de Outubro 2004 - Ano IV
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E D I T O R I A L

 

 

O Conselho dos Laboratórios Associados decidiu organizar um Encontro em Aveiro subordinado ao tema das redes de cooperação.

A iniciativa é louvável e generosa.

Porém, a poucos dias da sua realização, confrontamo-nos com uma reflexão de fundo: afinal, para quê uma rede?

O INESC Porto beneficiará de todas as cumplicidades que lhe permitam ambicionar alvos mais importantes ou mais vastos, e formar recursos humanos de forma multidisciplinar. Isso implica alianças e cumplicidades entre instituições, mais do que entre investigadores.

Todavia, o desporto nacional é a inveja, e a cultura local é o de ser "rei de coisa nenhuma". Isto são forças culturais muito fortes que se opõem às alianças e aos compromissos. É uma das causas de sermos tão carentes em massas críticas.

Será que os Laboratórios Associados, com sua classificação de Excelente atribuída pela FCT, podem também ser catalisador de mudança de atitudes? E, pelo exemplo prático, mais que pelo discurso, serem também referências a balizar o comportamento de outros grupos e pessoas?

Não podemos afirmar com certeza que sim. Mas o desafio está aí, e já houve coragem só em lançá-lo.

Como dizia o fundador do INESC, Prof. Tribolet, o país precisa de menos excelências e de mais pessoas excelentes. Essas pessoas temos que ser nós, também.



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